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Governo escolhe construir túnel submerso ao invés de uma ponte; motivo é para lá de inusitado

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 24/05/2025 às 16:55
Governo opta por túnel submerso entre Itajaí e Navegantes, prometendo revolucionar a mobilidade catarinense e impulsionar a economia local.
Governo opta por túnel submerso entre Itajaí e Navegantes, prometendo revolucionar a mobilidade catarinense e impulsionar a economia local.
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Decisão do governo em construir um túnel submerso ao invés de uma ponte entre cidades surpreende e instiga. Essa escolha promete transformar a mobilidade regional com uma infraestrutura inovadora, desafiando modelos tradicionais no Brasil.

Conectar cidades vizinhas por meio de uma ponte monumental costuma ser a solução mais comum para superar obstáculos naturais, como rios e canais.

No entanto, em Santa Catarina, essa lógica foi subvertida com uma escolha ousada e inovadora.

Em vez de erguer uma ponte, o governo estadual optou por um túnel submerso, um projeto inédito no Brasil que promete transformar a mobilidade e a economia da região. Mas qual foi o motivo para essa decisão inesperada?

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Decisão estratégica para evitar restrições estruturais

De acordo com o NSC Total, o coordenador do projeto de mobilidade, João Luiz Demantova, explicou que a decisão de abandonar a ponte se deu por restrições estruturais impostas pelo tráfego naval e pela proximidade do aeroporto local.

O Rio Itajaí-Açu, por onde transitam grandes navios rumo aos portos catarinenses, exigiria que a ponte tivesse uma altura de 65 metros em seu ponto mais alto para não interferir na navegação. No entanto, essa exigência esbarrou em uma limitação aérea.

O Aeroporto de Navegantes, localizado nas proximidades, impõe uma altura máxima de 45 metros para qualquer construção na área de aproximação de aeronaves. Esse conflito inviabilizou a construção da ponte.

Túnel submerso: a alternativa viável e inovadora

Diante desse impasse, o governo de Santa Catarina recorreu a uma solução inovadora. O túnel submerso permitirá a travessia sob o rio sem interferir no tráfego aéreo ou marítimo, garantindo uma infraestrutura eficiente para a região.

Embora seja um modelo raro no Brasil, a tecnologia já foi aplicada com sucesso em outros países.

O projeto prevê que blocos pré-moldados sejam submersos e vedados no fundo do rio, criando um corredor subterrâneo seguro para veículos.

Essa tecnologia foi usada em diversas partes do mundo para solucionar problemas semelhantes, garantindo segurança e eficiência na travessia entre cidades separadas por cursos d’água.

Comparativos com outros projetos no Brasil

A experiência brasileira com túneis submersos ainda é limitada. Atualmente, um projeto semelhante está sendo desenvolvido para conectar Santos e Guarujá, em São Paulo, mas enfrenta diversos atrasos e desafios financeiros.

Com isso, Santa Catarina tem a oportunidade de liderar um novo modelo de infraestrutura, podendo se tornar referência para futuros projetos em outras regiões do país.

A expectativa do governo catarinense é de que a licitação para a Parceria Público-Privada (PPP) responsável pela obra seja lançada no primeiro semestre do próximo ano.

Além de proporcionar uma nova solução para a mobilidade, o túnel tem potencial para impulsionar o desenvolvimento econômico da região, reduzindo o tempo de deslocamento entre Itajaí e Navegantes.

Benefícios econômicos e impacto regional

A escolha do túnel submerso representa mais do que uma solução técnica. Trata-se de uma estratégia para fortalecer a economia local e melhorar a infraestrutura logística de Santa Catarina.

O Porto de Itajaí, um dos mais importantes do Brasil, poderá se beneficiar diretamente dessa conexão mais rápida e eficiente.

Além disso, a obra tem potencial para gerar milhares de empregos diretos e indiretos durante sua construção.

O impacto positivo também deve se refletir na valorização imobiliária e no crescimento do comércio local.

A melhoria no deslocamento entre as cidades tende a atrair novos investimentos, impulsionando setores como turismo, serviços e indústria.

Desafios e preocupações futuras

Apesar dos benefícios esperados, o projeto enfrenta desafios significativos. A engenharia de um túnel submerso exige planejamento detalhado para garantir a segurança estrutural e a durabilidade da obra.

Há também preocupações ambientais, pois a intervenção no leito do rio pode afetar o ecossistema local.

Outro ponto de atenção é o cumprimento de prazos e custos. Obras de grande porte no Brasil frequentemente enfrentam atrasos e orçamentos que ultrapassam o planejado.

A transparência na execução do projeto será essencial para garantir que os benefícios previstos se concretizem.

O futuro da mobilidade catarinense com o novo túnel

O túnel submerso entre Itajaí e Navegantes pode se tornar um marco na infraestrutura brasileira, inaugurando um modelo mais eficiente de conexão entre cidades.

A iniciativa posiciona Santa Catarina na vanguarda da engenharia e pode inspirar soluções semelhantes em outras regiões do país.

A população local, por sua vez, aguarda com expectativa os próximos passos. O projeto será executado dentro do cronograma? Os custos serão mantidos dentro do previsto? O impacto econômico será tão positivo quanto o esperado? Essas são perguntas que apenas o tempo poderá responder.

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, passagens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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