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Governo do Rio de Janeiro pretende aproveitar indústria de óleo e gás para projetos de energia eólica offshore e hidrogênio verde

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 13/07/2022 às 09:29
O Governo do estado do Rio de Janeiro aguarda a regulamentação nacional quanto aos projetos de energia eólica offshore e hidrogênio verde e pretende utilizar a sua indústria de óleo e gás consolidada para garantir competitividade nesse novo segmento.
Foto: Pixabay

O governo do estado do Rio de Janeiro aguarda a regulamentação nacional quanto aos projetos de energia eólica offshore e hidrogênio verde e pretende utilizar a sua indústria de óleo e gás consolidada para garantir competitividade nesse novo segmento.

A Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Energia e Relações Internacionais do governo do Rio de Janeiro promoveu na quinta-feira, (07/07), um encontro com petrolíferas que pretendem investir no ramo de energia eólica offshore e hidrogênio no estado. Dessa forma, o governo estadual espera uma grande relevância da região quanto aos projetos nesse novo mercado e pretende aproveitar a indústria de óleo e gás fluminense para impulsionar a atração de investidores no futuro.

Energia eólica offshore e hidrogênio verde serão grandes mercados para o Rio de Janeiro no futuro e governo do estado se prepara para os projetos

O mercado brasileiro de energia se prepara para um grande avanço do setor com os projetos de energia eólica offshore e hidrogênio verde nos próximos anos e o governo do Rio pretende utilizar a sua indústria de óleo e gás para crescer no segmento. Dessa forma, a autoridade fluminense está projetando um investimento da ordem de US$ 85 bilhões na geração de energia em alto mar nos próximos anos. 

Para isso, o governo estadual pretende fazer a sua própria regulamentação voltada para projetos desse tipo, mas ainda aguarda o marco regulatório nacional antes de anunciar suas especificações. Atualmente, o estado é um dos que possuem uma infraestrutura mais atrativa para os projetos de hidrogênio verde e energia eólica offshore. Isso acontece, pois o Rio conta com a infraestrutura de rodovias, portos, gasodutos e a proximidade dos grandes centros de carga, o que facilitaria a instalação desse tipo de empreendimento. 

Assim, o encontro da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Energia e Relações Internacionais do governo estadual com as empresas BH2, BP, Equinor, Petrobras e TotalEnergies nesta semana garantiu relações ainda mais estreitas com as petroleiras para os projetos nesse segmento.

A Secretaria apresentou os estudos dos potenciais de produção de energia eólica offshore e hidrogênio verde no estado e pretende atrair as empresas para a região. Segundo os dados do governo, o estado possui atualmente  nove projetos offshore em fase de licenciamento no Ibama que totalizam 27,5 GW de potência, mas pretende expandir esses números. 

Indústria de óleo e gás do Rio de Janeiro é o grande diferencial do estado para projetos de energia e hidrogênio verde

Durante a reunião com as empresas da indústria de óleo e gás, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Energia e Relações Internacionais do governo estadual discutiu os principais impasses para essas companhias e, segundo elas, a necessidade de uma regulamentação segura é a maior questão atualmente.

No entanto, ainda há a necessidade de aguardar a regulamentação nacional oficial, que espera ser lançada pelo Governo Federal ainda neste ano. 

Além disso, as empresas destacaram a possibilidade da avaliação de mecanismos de financiamento e incentivo fiscal e mais celeridade no licenciamento ambiental, como forma de facilitar a instalação desses projetos. Dessa forma, o governo do Rio precisará garantir segurança e infraestrutura às companhias para que o mercado offshore e de hidrogênio possa crescer como o previsto. 

Apesar das exigências, o subsecretário de Petróleo e Gás do Rio, Daniel Lamassa, confia na consolidada indústria de óleo e gás fluminense para garantir a atração dos investimentos e destaca: “O Rio tem a grande vantagem de ter uma indústria do petróleo e uma indústria naval muito fortes. Isso vai nos permitir utilizar a mão de obra especializada na construção de barcos de apoio e logística, assim como permitirá que a Petrobras, por exemplo, tenha eólicas offshore em suas concessões de petróleo e gás, e possa produzir energia elétrica para as suas plataformas”.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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