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Governo do Brasil convocou uma reunião de emergência com ministros e líderes militares para discutir o futuro da Avibras

Escrito por Rafaela Fabris
Publicado em 14/05/2024 às 17:48
Governo do Brasil convocou uma reunião de emergência com ministros e líderes militares para discutir o futuro da Avibras
Foto: SCBR Defesa Nacional/Divulgação

Com dívidas que ultrapassam 600 milhões de reais e sérios problemas trabalhistas, a empresa enfrenta o risco de ser vendida a interesses estrangeiros, o que poderia comprometer segredos tecnológicos brasileiros. A reunião, presidida pelo governo do Brasil, visa encontrar soluções para manter a capacidade tecnológica e os empregos, além de garantir a continuidade das operações da Avibras no território nacional.

O Governo do Brasil, preocupado com o futuro da Avibras, convocou ministros e especialistas para discutir soluções para a crise financeira e operacional enfrentada pela empresa, conhecida por seus avançados projetos militares como o sistema Astros. A Avibras, que acumulou dívidas superiores a 600 milhões de reais e enfrenta problemas trabalhistas, corre o risco de fechar as portas ou de ser vendida para investidores estrangeiros, o que poderia comprometer a segurança nacional ao permitir o acesso a tecnologias sensíveis.

Em uma reunião de emergência realizada na última quarta-feira, liderada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, marcaram presença o Ministro da Casa Civil, Rui Costa, o Ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, o Comandante do Exército, General Thomas Paiva, e o presidente do BNDES, Aloísio Mercadante.

Crise na Avibras não apenas ameaça a segurança dos empregos mas também coloca em risco a autonomia tecnológica do Brasil

A reunião teve como foco principal discutir o futuro da Avibras e encontrar uma solução que preserve a capacidade de inovação tecnológica da empresa, garanta a continuidade dos empregos e evite o risco de desativação das operações.

A crise na Avibras não apenas ameaça a segurança dos empregos mas também coloca em risco a autonomia tecnológica do Brasil no setor de defesa. A empresa está atualmente desenvolvendo o míssil tático de cruzeiro, uma arma de alta precisão capaz de atingir alvos a até 300 quilômetros de distância com uma margem de erro inferior a 9 metros, colocando o Brasil entre os poucos países com essa capacidade avançada.

Governo do Brasil, ao intervir na situação da Avibras, sinaliza seu compromisso

A possível venda da Avibras para a DefendTex, um grupo australiano, gerou debates acalorados. Sindicatos e políticos da esquerda criticam a ideia de desnacionalização, argumentando que tal movimento seria um desfecho desastroso para uma empresa estratégica no setor de defesa nacional.

O Governo do Brasil, ao intervir na situação da Avibras, sinaliza seu compromisso com a manutenção da soberania nacional e a importância de preservar uma indústria crucial para a defesa do país. A resolução dessa crise será determinante para o futuro da capacidade defensiva brasileira e para a preservação de tecnologias críticas desenvolvidas no país.

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Rafaela Fabris

Fala sobre inovação, energia renováveis, petróleo e gás. Atualiza diariamente sobre oportunidades no mercado de trabalho brasileiro.

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