Em meio à guerra tarifária, governo chinês recomenda cautela a turistas e estudantes que pretendem visitar os Estados Unidos
As tensões entre China e Estados Unidos voltaram a subir — e dessa vez, o aviso veio direto de cima. O governo chinês emitiu dois alertas oficiais pedindo que seus cidadãos “avaliem cuidadosamente os riscos” antes de viajar ou estudar em solo americano.
Um recado que veio em dobro
Os comunicados foram emitidos nesta quarta-feira (9) pelos Ministérios da Cultura e Turismo e da Educação da China. Ambos reforçam que o cenário atual, marcado por atritos comerciais e instabilidade diplomática, exige mais prudência dos chineses em relação aos EUA.
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“Devido à deterioração das relações econômicas e comerciais entre China e EUA e à situação da segurança interna nos Estados Unidos, o governo chinês alerta os turistas chineses para que avaliem cuidadosamente os riscos de viajar”, destacou o Ministério da Cultura e Turismo em nota.
O Ministério da Educação foi além, pedindo também que estudantes reconsiderem seus planos acadêmicos em universidades americanas.
Guerra tarifária reaquece e gera retaliações
A motivação por trás do posicionamento do governo chinês é clara: a escalada na guerra tarifária. Tudo começou quando os EUA decidiram elevar novamente as taxas sobre produtos chineses. Pequim não deixou barato e respondeu aumentando para 84% as tarifas sobre itens norte-americanos.
Como reação, Washington anunciou que a tarifa sobre produtos vindos da China será de 104%, acirrando ainda mais a disputa comercial entre as duas maiores potências do mundo.
Um recado com múltiplos alvos
Embora os alertas tenham como público principal os próprios cidadãos chineses, o gesto do governo chinês é também uma mensagem geopolítica. Ao desestimular viagens e estudos nos EUA, Pequim pressiona setores econômicos e educacionais americanos que dependem do fluxo de visitantes e estudantes estrangeiros.
Especialistas apontam que essa movimentação pode causar impacto direto em universidades, agências de turismo e companhias aéreas americanas, especialmente se o alerta ganhar adesão popular.
E o mundo assiste de camarote
O embate entre China e Estados Unidos está longe de terminar. E com o governo chinês subindo o tom e os EUA respondendo com novas tarifas, a pergunta que fica é: até onde essa guerra comercial pode ir antes de respingar em outros países?
Enquanto isso, o clima é de tensão e cautela. Afinal, em um cenário tão polarizado, até um simples bilhete de viagem virou uma decisão geopolítica.