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Governo autoriza construção de túnel de 6 BILHÕES que liga duas cidades através do mar no litoral de São Paulo e vai gerar 9 MIL empregos

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 24/10/2024 às 12:57
O túnel Santos-Guarujá vai revolucionar a mobilidade no litoral paulista, com investimento de R$ 6 bilhões e geração de 9 mil empregos.
O túnel Santos-Guarujá vai revolucionar a mobilidade no litoral paulista, com investimento de R$ 6 bilhões e geração de 9 mil empregos.

Túnel submerso Santos-Guarujá, uma obra de R$ 6 bilhões, promete transformar a mobilidade no litoral paulista. A construção, que será a primeira desse tipo na América Latina, também trará grande impacto econômico, gerando 9 mil empregos diretos e indiretos.

A obra mais aguardada do litoral paulista finalmente está a caminho, mas poucos imaginam o impacto transformador que um túnel de bilhões de reais poderá trazer para a região.

O projeto que promete revolucionar a mobilidade entre Santos e Guarujá começou a dar seus primeiros passos com a aprovação recente.

No entanto, o verdadeiro efeito dessa construção vai muito além de um simples túnel. Você saberia o quanto isso pode impactar o dia a dia de quem vive ou visita o litoral de São Paulo?

Na última quarta-feira (23), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, sancionou o Projeto de Lei n° 655/2024, que autoriza a construção do Túnel Imerso Santos-Guarujá, uma parceria público-privada (PPP) que envolve investimentos impressionantes na ordem de R$ 6 bilhões.

A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) aprovou o projeto no início de outubro, consolidando os planos para essa obra monumental, que visa melhorar a infraestrutura de transporte da Baixada Santista e reduzir drasticamente o tempo de deslocamento entre as duas cidades.

O governador destacou a importância do túnel para a economia e o cotidiano das pessoas.

Segundo ele, a obra trará uma mudança significativa na vida dos moradores, possibilitando que cheguem mais rápido em casa e alavancando a economia regional.

Essa não é uma simples questão de mobilidade, mas uma resposta a uma demanda histórica da população local e de quem visita o litoral paulista.

Conforme ressaltou o secretário de Parcerias em Investimentos, Rafael Benini, o túnel proporcionará uma travessia que antes durava cerca de 20 minutos em apenas cinco.

O projeto faz parte do Programa de Parcerias de Investimentos do Estado de São Paulo (PPI-SP) e também está integrado ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), uma iniciativa do governo federal.

Com uma previsão de geração de 9 mil empregos diretos e indiretos, a obra promete estimular o crescimento econômico e abrir novas oportunidades de trabalho na região.

O financiamento será dividido entre três frentes: Governo de São Paulo, União e setor privado.

A maior parte dos recursos, 86%, virá de aportes públicos, igualmente distribuídos entre o governo estadual e federal.

Um túnel submerso inédito na América Latina

O Túnel Imerso Santos-Guarujá será o primeiro desse tipo a ser construído na América Latina, com uma extensão total de 1,5 km, dos quais 870 metros serão submersos.

Essa estrutura permitirá o tráfego de veículos de passeio, ônibus, caminhões e até ciclistas e pedestres, graças à inclusão de ciclofaixa e espaço para caminhada.

Esse detalhe do projeto torna a obra ainda mais especial, pois atende a diferentes necessidades de mobilidade, promovendo a integração de modais de transporte.

O impacto na travessia entre as duas cidades será imediato. Atualmente, cerca de 21 mil veículos atravessam diariamente o canal entre Santos e Guarujá utilizando balsas e barcos de pequeno porte.

Além disso, 7,7 mil ciclistas e 7,6 mil pedestres fazem essa travessia todos os dias, o que demonstra a importância de uma infraestrutura mais moderna e eficiente.

O túnel será uma solução definitiva para um problema que afeta milhares de pessoas diariamente, representando uma verdadeira revolução na logística da região.

Próximos passos e desafios

Apesar da grandiosidade do projeto, ainda há obstáculos a serem superados antes do início das obras.

Um novo traçado do túnel será apresentado na próxima segunda-feira (28) para os moradores do bairro Macuco, em Santos, pelo Governo do Estado, que também está aguardando a aprovação do Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto sobre o Meio Ambiente (EIA-Rima).

A licença ambiental é um passo crucial para a viabilização do empreendimento, e as autoridades esperam ter toda a documentação pronta para encaminhar ao Tribunal de Contas da União (TCU) até dezembro.

O processo de licitação também já tem previsão.

O edital da Parceria Público-Privada para a construção, operação e manutenção do túnel deverá ser publicado no segundo trimestre de 2025, com o leilão ocorrendo no segundo semestre do mesmo ano.

Se tudo correr como planejado, as obras podem começar em breve, trazendo finalmente à realidade um sonho de décadas para a população da Baixada Santista.

Parcerias essenciais

Além do Governo de São Paulo, outros importantes atores estão envolvidos na realização dessa obra monumental.

O Ministério de Portos e Aeroportos, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), a Autoridade Portuária de Santos (APS) e a Agência de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp) são peças-chave nesse complexo processo de execução.

A cooperação entre esses órgãos garantirá que a obra siga as melhores práticas e atenda aos mais altos padrões de segurança e eficiência.

A partir dessa cooperação, espera-se que o túnel melhore não só a mobilidade urbana, mas também o fluxo de mercadorias, facilitando o transporte de cargas entre o Porto de Santos e o restante do estado.

Com o aumento da demanda logística nos próximos anos, essa obra poderá desempenhar um papel vital no desenvolvimento econômico do estado e, consequentemente, do país.

O impacto regional

Ao final, o túnel Santos-Guarujá não será apenas uma obra de infraestrutura.

Ele será um marco para o desenvolvimento do litoral paulista, transformando o cotidiano de milhares de pessoas e abrindo novas perspectivas econômicas para a região.

O litoral de São Paulo se tornará ainda mais atraente para investidores e turistas, fortalecendo a economia local.

Mas será que o impacto dessa obra poderá ser sentido em outras regiões do Brasil? O que o futuro reserva para outros estados com grandes demandas por infraestrutura? Essas perguntas podem direcionar as discussões sobre o desenvolvimento nacional nos próximos anos.

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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