Túnel submerso Santos-Guarujá, uma obra de R$ 6 bilhões, promete transformar a mobilidade no litoral paulista. A construção, que será a primeira desse tipo na América Latina, também trará grande impacto econômico, gerando 9 mil empregos diretos e indiretos.
A obra mais aguardada do litoral paulista finalmente está a caminho, mas poucos imaginam o impacto transformador que um túnel de bilhões de reais poderá trazer para a região.
O projeto que promete revolucionar a mobilidade entre Santos e Guarujá começou a dar seus primeiros passos com a aprovação recente.
No entanto, o verdadeiro efeito dessa construção vai muito além de um simples túnel. Você saberia o quanto isso pode impactar o dia a dia de quem vive ou visita o litoral de São Paulo?
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Na última quarta-feira (23), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, sancionou o Projeto de Lei n° 655/2024, que autoriza a construção do Túnel Imerso Santos-Guarujá, uma parceria público-privada (PPP) que envolve investimentos impressionantes na ordem de R$ 6 bilhões.
A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) aprovou o projeto no início de outubro, consolidando os planos para essa obra monumental, que visa melhorar a infraestrutura de transporte da Baixada Santista e reduzir drasticamente o tempo de deslocamento entre as duas cidades.
O governador destacou a importância do túnel para a economia e o cotidiano das pessoas.
Segundo ele, a obra trará uma mudança significativa na vida dos moradores, possibilitando que cheguem mais rápido em casa e alavancando a economia regional.
Essa não é uma simples questão de mobilidade, mas uma resposta a uma demanda histórica da população local e de quem visita o litoral paulista.
Conforme ressaltou o secretário de Parcerias em Investimentos, Rafael Benini, o túnel proporcionará uma travessia que antes durava cerca de 20 minutos em apenas cinco.
O projeto faz parte do Programa de Parcerias de Investimentos do Estado de São Paulo (PPI-SP) e também está integrado ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), uma iniciativa do governo federal.
Com uma previsão de geração de 9 mil empregos diretos e indiretos, a obra promete estimular o crescimento econômico e abrir novas oportunidades de trabalho na região.
O financiamento será dividido entre três frentes: Governo de São Paulo, União e setor privado.
A maior parte dos recursos, 86%, virá de aportes públicos, igualmente distribuídos entre o governo estadual e federal.
Um túnel submerso inédito na América Latina
O Túnel Imerso Santos-Guarujá será o primeiro desse tipo a ser construído na América Latina, com uma extensão total de 1,5 km, dos quais 870 metros serão submersos.
Essa estrutura permitirá o tráfego de veículos de passeio, ônibus, caminhões e até ciclistas e pedestres, graças à inclusão de ciclofaixa e espaço para caminhada.
Esse detalhe do projeto torna a obra ainda mais especial, pois atende a diferentes necessidades de mobilidade, promovendo a integração de modais de transporte.
O impacto na travessia entre as duas cidades será imediato. Atualmente, cerca de 21 mil veículos atravessam diariamente o canal entre Santos e Guarujá utilizando balsas e barcos de pequeno porte.
Além disso, 7,7 mil ciclistas e 7,6 mil pedestres fazem essa travessia todos os dias, o que demonstra a importância de uma infraestrutura mais moderna e eficiente.
O túnel será uma solução definitiva para um problema que afeta milhares de pessoas diariamente, representando uma verdadeira revolução na logística da região.
Próximos passos e desafios
Apesar da grandiosidade do projeto, ainda há obstáculos a serem superados antes do início das obras.
Um novo traçado do túnel será apresentado na próxima segunda-feira (28) para os moradores do bairro Macuco, em Santos, pelo Governo do Estado, que também está aguardando a aprovação do Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto sobre o Meio Ambiente (EIA-Rima).
A licença ambiental é um passo crucial para a viabilização do empreendimento, e as autoridades esperam ter toda a documentação pronta para encaminhar ao Tribunal de Contas da União (TCU) até dezembro.
O processo de licitação também já tem previsão.
O edital da Parceria Público-Privada para a construção, operação e manutenção do túnel deverá ser publicado no segundo trimestre de 2025, com o leilão ocorrendo no segundo semestre do mesmo ano.
Se tudo correr como planejado, as obras podem começar em breve, trazendo finalmente à realidade um sonho de décadas para a população da Baixada Santista.
Parcerias essenciais
Além do Governo de São Paulo, outros importantes atores estão envolvidos na realização dessa obra monumental.
O Ministério de Portos e Aeroportos, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), a Autoridade Portuária de Santos (APS) e a Agência de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp) são peças-chave nesse complexo processo de execução.
A cooperação entre esses órgãos garantirá que a obra siga as melhores práticas e atenda aos mais altos padrões de segurança e eficiência.
A partir dessa cooperação, espera-se que o túnel melhore não só a mobilidade urbana, mas também o fluxo de mercadorias, facilitando o transporte de cargas entre o Porto de Santos e o restante do estado.
Com o aumento da demanda logística nos próximos anos, essa obra poderá desempenhar um papel vital no desenvolvimento econômico do estado e, consequentemente, do país.
O impacto regional
Ao final, o túnel Santos-Guarujá não será apenas uma obra de infraestrutura.
Ele será um marco para o desenvolvimento do litoral paulista, transformando o cotidiano de milhares de pessoas e abrindo novas perspectivas econômicas para a região.
O litoral de São Paulo se tornará ainda mais atraente para investidores e turistas, fortalecendo a economia local.
Mas será que o impacto dessa obra poderá ser sentido em outras regiões do Brasil? O que o futuro reserva para outros estados com grandes demandas por infraestrutura? Essas perguntas podem direcionar as discussões sobre o desenvolvimento nacional nos próximos anos.