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Governo anuncia data para início da reconstrução da ponte que desabou — investimento entre R$ 100 milhões e R$ 150 milhões

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 23/12/2024 às 14:21
ponte
Foto: REPRODUÇÃO

A ponte Juscelino Kubitschek, que conecta os estados de Tocantins e Maranhão, sofreu um colapso parcial no domingo (22), resultando em ao menos uma morte confirmada e 15 desaparecidos. Entre as vítimas estão duas crianças, além de motoristas e passageiros de veículos que transitavam na estrutura no momento do acidente.

O Ministro dos Transportes, Renan Filho, anunciou nesta segunda-feira (23) que a reconstrução da ponte deve custar entre R$ 100 milhões e R$ 150 milhões. Ele também confirmou que as obras estão previstas para iniciar no começo de 2025, após a retirada dos escombros e avaliações técnicas dos danos submersos.

Vista aérea da ponte Juscelino Kubitscheck após a queda do trecho sobre o rio Tocantins – Reprodução/ Vshenrique no Instagram

Ponte estratégica com mais de 60 Anos

Construída na década de 1960, a ponte é um elo fundamental entre as rodovias Belém-Brasília e Transamazônica, conectando os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA).

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), responsável pela manutenção, será investigado por meio de sindicância instaurada pelo Ministério dos Transportes para apurar as causas do colapso e eventuais negligências.

A importância estratégica da ponte ficou ainda mais evidente com o impacto imediato no tráfego. Governadores dos dois estados afetados, Carlos Brandão (Maranhão) e Wanderlei Barbosa (Tocantins), alinharam um plano emergencial para redirecionar o tráfego rodoviário via Imperatriz (MA), apesar de já haver registros de congestionamentos na região.

Impacto Socioeconômico e ambiental

Além do impacto na mobilidade, as consequências socioeconômicas para os dois estados são evidentes. “O comércio vai sofrer com o isolamento parcial, mas é um desafio que precisamos enfrentar com planejamento”, declarou o governador Carlos Brandão.

No entanto, as buscas por desaparecidos enfrentaram um obstáculo adicional. Dois caminhões que despencaram na queda transportavam ácido sulfúrico, contaminando o rio Tocantins. A operação de resgate foi suspensa temporariamente e a população local foi orientada a evitar contato com a água.

Outros veículos envolvidos no acidente carregavam materiais como defensivos agrícolas e placas de MDF. A combinação do impacto ambiental com a tragédia humana exige uma resposta coordenada entre autoridades federais, estaduais e municipais.

Moradores Denunciam Problemas estruturais

Relatos de problemas estruturais na ponte não são novidade para os moradores da região. O vereador de Aguiarnópolis, Elias Cabral Júnior, capturou um vídeo pouco antes do colapso, mostrando rachaduras visíveis e alertando sobre o risco iminente. “Essa ponte já tem mais de 60 anos e não está suportando o fluxo intenso de veículos pesados”, afirmou.

Victor Costa, morador de Aguiarnópolis, utilizou um drone para registrar imagens aéreas que mostram o estado da ponte antes e depois do acidente. “Diversas denúncias já foram feitas pela população, tanto sobre buracos quanto sobre a estrutura comprometida. A gente passava com medo, mas sem alternativas”, comentou.

Reconstrução e medidas Futuras

Durante pronunciamento no Maranhão, o ministro Renan Filho destacou a complexidade das obras necessárias. “Além da reconstrução, será preciso remover os escombros e avaliar os custos adicionais. Queremos entregar essa ponte no ano de 2025 com o compromisso de evitar tragédias futuras”, declarou.

O plano inclui a inclusão das obras no orçamento de 2024 e o início dos trabalhos logo nos primeiros dias do ano seguinte. Para isso, equipes técnicas já iniciaram os levantamentos preliminares no local.

Enquanto as buscas pelos desaparecidos continuam, a tragédia da ponte Juscelino Kubitschek expõe a fragilidade da infraestrutura rodoviária brasileira e reforça a necessidade de manutenção preventiva em estruturas estratégicas para o país.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail flclucas@hotmail.com.

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