Google vai utilizar energia nuclear para alimentar seus data centers, um passo ousado que pode transformar a indústria.
Com a parceria com a Kairos Power, a gigante tecnológica visa reduzir suas emissões e atender à crescente demanda por energia limpa.
Essa decisão pode redefinir o futuro energético das grandes empresas de tecnologia.
Na última segunda-feira, dia 14, uma notícia que pode transformar o cenário energético mundial foi revelada: o Google anunciou que utilizará energia nuclear para abastecer seus data centers.
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Em uma decisão audaciosa, a gigante da tecnologia firmou um acordo com a Kairos Power, uma empresa que conta com o apoio do Departamento de Energia dos EUA.
A escolha pela energia nuclear não é casual. “Acreditamos que a energia nuclear tem um papel crítico a desempenhar no suporte ao nosso crescimento limpo e ajudando a entregar o progresso da IA,” afirmou Michael Terrell, diretor sênior de energia e clima do Google, durante uma coletiva de imprensa.
A demanda crescente por tecnologias que consomem cada vez mais energia exige fontes limpas e confiáveis, e o Google acredita que a energia nuclear pode ser a solução ideal.
O que são SMRs?
Para dar suporte a essa iniciativa, o Google planeja adquirir pequenos reatores nucleares, conhecidos como SMRs (Small Modular Reactors).
Essa estratégia tem um duplo objetivo: garantir uma oferta de energia confiável e enviar um “importante sinal de demanda ao mercado”.
A empresa revelou que o primeiro reator deve entrar em operação até 2030, e outros reatores estão previstos para começar a funcionar até 2035.
De acordo com uma reportagem da CNBC, atualmente, apenas três SMRs estão operando no mundo, e nenhum deles está localizado nos Estados Unidos.
A expectativa é que esses reatores sejam uma solução mais econômica e eficiente para expandir a produção de energia nuclear.
Historicamente, grandes projetos de reatores nucleares enfrentaram problemas de orçamento e cronograma, mas a aposta nos SMRs representa uma nova esperança para a indústria.
“É um território desconhecido até o momento,” ressaltou um especialista.
A necessidade de energia confiável
Os data centers do Google precisam de uma fonte de energia estável, funcionando 24 horas por dia, 7 dias por semana.
Neste cenário, a energia nuclear se destaca como a única fonte de energia livre de emissões poluentes.
Com muitas empresas adotando metas climáticas ambiciosas, este é o momento ideal para que a energia nuclear ganhe destaque como uma solução viável.
A Constellation Energy, por exemplo, está reiniciando a usina Three Mile Island para fornecer energia aos data centers da Microsoft.
Além disso, a Amazon também deu passos semelhantes, adquirindo um data center da Talen Energy, que é alimentado pela usina nuclear de Susquehanna.
Google: emissões crescentes e soluções inovadoras
Recentemente, o Google admitiu que suas emissões aumentaram quase 50% em relação a 2019, em grande parte devido ao aumento no consumo de energia de seus data centers.
“É uma aposta incrivelmente promissora, e se conseguirmos fazer esses projetos ganharem escala e, então, escalar globalmente, trará enormes benefícios para comunidades e redes elétricas ao redor do mundo,” acrescentou Terrell.
Com a crescente pressão para reduzir as emissões de carbono e a necessidade de fontes de energia mais sustentáveis, a iniciativa do Google pode ser vista como um passo significativo para a indústria de tecnologia.
Ao buscar energia nuclear como uma solução, o Google não apenas se posiciona na vanguarda da inovação, mas também se compromete com uma abordagem mais responsável em relação ao meio ambiente.
A adoção de energia nuclear por uma das maiores empresas do mundo levanta uma série de questões sobre o futuro energético e as implicações ambientais da tecnologia.
Estamos preparados para essa mudança? É um questionamento que será fundamental para o debate sobre as soluções energéticas do futuro.
E você, o que acha dessa nova estratégia do Google? A energia nuclear é o caminho certo para o futuro sustentável? Deixe sua opinião nos comentários!