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Google usa 2 bilhões de celulares Android para sistema global de alerta de terremotos em 98 países que se mostra eficaz e promissor

Publicado em 31/07/2025 às 22:07
Terremotos, Google, Sensores, tremores
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Com dados de 2 bilhões de celulares, sistema do Google já emitiu mais de 1.200 alertas de terremoto em 98 países

O Google transformou celulares em ferramentas de segurança. A empresa revelou que mais de 2 bilhões de smartphones com Android foram usados como sensores para detectar terremotos em tempo real. O sistema, chamado Android Earthquake Alerts (AEA), conseguiu emitir 1.279 alertas em 98 países entre 2021 e 2024.

A base desse sistema está nos acelerômetros, sensores comuns em celulares. Esses dispositivos registram movimentos bruscos e, com o uso de algoritmos, conseguem identificar tremores de terra.

Mesmo sem o nível de precisão dos sismômetros tradicionais, o volume de dados compensa. Ao reunir informações de bilhões de aparelhos, o Google construiu uma rede capaz de detectar terremotos com eficácia comparável à de sistemas nacionais.

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Segundo o estudo publicado em 17 de julho na revista Science, o AEA capturou mais de 11 mil terremotos.

Isso ampliou o acesso a alertas, passando de 250 milhões de pessoas em 2019 para 2,5 bilhões atualmente.

Alerta de terremotos com segundos de vantagem

De acordo com o comunicado oficial do Google, a ideia é oferecer alguns segundos preciosos antes que o tremor atinja. “Esse tempo pode ser suficiente para descer uma escada, se afastar de objetos perigosos e se proteger”, destacou a empresa.

Sistemas semelhantes já existem em países como China, México, Japão, Coreia do Sul e Estados Unidos. No entanto, eles dependem de estações sísmicas fixas, que são caras.

Isso significa que muitos países ainda não têm qualquer tipo de cobertura. Foi justamente essa lacuna que o Google quis preencher com o uso da tecnologia dos smartphones.

O sistema detecta ondas P, as primeiras a chegar durante um terremoto, que são mais rápidas, mas menos destrutivas.

Em seguida, alerta os usuários sobre a chegada das ondas S, que costumam causar mais danos. A ideia é agir antes que o pior aconteça.

Problemas enfrentados

Apesar do sucesso, os pesquisadores enfrentaram vários desafios. Acelerômetros de celular são menos precisos, e os dados variam de acordo com o modelo do aparelho, tipo de solo e construção dos prédios.

Para contornar isso, o Google utilizou técnicas de agrupamento de sinais e padronização de informações.

Mesmo assim, algumas falhas ocorreram. Em fevereiro de 2023, terremotos na Turquia foram subestimados pelo sistema. Os responsáveis atribuíram o erro a falhas nos algoritmos, que já foram atualizados.

Outro ponto importante é a baixa taxa de falsos alertas. Dos mais de 1.200 avisos emitidos, apenas três foram considerados enganosos: dois por causa de tempestades e um por um evento que fez vibrar vários celulares ao mesmo tempo.

Reações e limites

Segundo dados coletados até março de 2024, 85% dos usuários que sentiram um terremoto confirmaram que receberam um alerta. Desses, 36% foram avisados antes do tremor, 28% durante e 23% depois.

Mesmo com bons resultados, o sistema levanta debates. Alguns especialistas questionam o fato de uma gigante da tecnologia operar uma ferramenta potencialmente ligada à vida de milhões de pessoas.

O Google, por sua vez, afirma que a AEA não pretende substituir os sistemas oficiais, mas sim complementá-los.

O estudo conclui que a rede global de smartphones pode contribuir de forma significativa para o aprimoramento dos sistemas de alerta precoce.

A coleta rápida de dados e o retorno dos usuários são ferramentas poderosas para ajustar e evoluir os algoritmos usados.

Com informações de Live Science.

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Romário Pereira de Carvalho

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