Google reativa usina nuclear nos EUA com investimento de US$ 1,6 bi para sustentar a IA e garantir energia limpa e constante.
Google aposta em energia nuclear para impulsionar inteligência artificial
Em um movimento ousado e histórico, o Google decidiu reativar uma usina nuclear nos Estados Unidos para alimentar seus sistemas de inteligência artificial (IA).
Para isso, o projeto — que envolve investimento superior a US$ 1,6 bilhão — será conduzido em parceria com a NextEra Energy, uma das maiores empresas de energia do país.
Localizada no estado de Iowa, a usina Duane Arnold Energy Center está desativada desde 2020, após 45 anos de operação.
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Agora, ela deve voltar a funcionar em 2029, com o objetivo de fornecer energia limpa e estável aos data centers do Google, que enfrentam demanda elétrica crescente devido à expansão acelerada da IA.
O acordo bilionário entre Google e NextEra Energy
O contrato de 25 anos firmado entre o Google e a NextEra Energy prevê o fornecimento contínuo de energia nuclear para sustentar a infraestrutura digital da big tech. Segundo a NextEra, o acordo comercial é o que viabiliza a reabertura da usina, considerada estratégica para a economia de baixo carbono.
“A parceria serve como modelo para os investimentos necessários em todo o país para ampliar a capacidade energética e fornecer energia limpa e confiável, sem comprometer a acessibilidade e com geração de empregos que impulsionarão a economia movida por IA”, afirmou Ruth Porat, presidente e diretora de investimentos da Alphabet e do Google.
Com esse investimento, o Google reforça seu compromisso com fontes sustentáveis, além de abrir caminho para novas iniciativas de geração nuclear em colaboração com a NextEra.
O avanço da IA e a corrida energética global
O avanço da inteligência artificial (IA) muda rapidamente o consumo de energia no mundo. De acordo com a Agência Internacional de Energia (AIE), o uso elétrico dos data centers pode dobrar até 2030. Isso ocorre por causa da expansão acelerada da IA.
Com esse aumento, as big techs buscam fontes estáveis e limpas. Por isso, a energia nuclear surge como alternativa estratégica. Ela garante eficiência, estabilidade e sustentabilidade nessa nova era digital.
Energia nuclear e IA: uma aliança estratégica nos EUA
O projeto do Google não é único. Em 2023, a Microsoft também firmou um acordo com a Constellation Energy para reativar a usina de Three Mile Island, na Pensilvânia, até 2028.
Dessa forma, essas iniciativas mostram como a IA redefine o mapa energético dos EUA, impulsionando investimentos nucleares e mudando o perfil de consumo do setor tecnológico.
Além disso, o reaproveitamento de usinas desativadas, como a Duane Arnold, permite economizar tempo e recursos, aproveitando estruturas já licenciadas e conectadas à rede elétrica.
Especialistas pedem cautela na reativação das usinas nucleares
Apesar do otimismo, especialistas reforçam que reativar usinas nucleares requer cautela extrema. De acordo com fontes do setor, qualquer tentativa de reabrir plantas desativadas deve seguir padrões rigorosos de segurança e regulação, para evitar riscos ambientais e operacionais.
Ainda assim, a perspectiva permanece positiva, pois os investimentos nucleares tendem a crescer nos próximos anos.
À medida que empresas como o Google intensificam a busca por energia limpa e constante, o setor nuclear se fortalece e assume papel estratégico no avanço da inteligência artificial.
Reação do mercado e o “renascimento” da energia nuclear nos EUA
A reativação da usina nuclear Duane Arnold marca uma mudança de paradigma na economia energética dos EUA. Antes desacreditado, o setor nuclear retoma força e volta a ser visto como peça essencial para o futuro da inteligência artificial e da transição verde.
Com o apoio de gigantes como o Google e a NextEra, os investimentos em energia nuclear ganham novo impulso, reduzindo emissões de carbono, gerando empregos e estabilizando o fornecimento elétrico.
Dessa forma, os EUA se consolidam como líderes na união entre inovação tecnológica e sustentabilidade, abrindo caminho para uma nova era energética movida pela IA.



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