Concessionária desativa 7.500 carros remotamente de forma injusta nos Estados Unidos, deixando clientes sem opção. Entenda o caso dos 7.500 carros desativados via GPS!
Concessionária desativa 7.500 carros via GPS: Uma concessionária nos Estados Unidos desativou remotamente 7.500 carros via GPS, mesmo quando os pagamentos estavam em dia. O caso envolve a U.S. Auto Sales, empresa que operava 39 lojas no sudeste do país e vendia veículos para clientes com crédito ruim. Como parte do seu modelo de negócios, a concessionária instalava rastreadores GPS e dispositivos de bloqueio remoto nos carros. No entanto, milhares de veículos foram desativados indevidamente, afetando motoristas que estavam com suas contas em dia.
Sistema da empresa enviou mais de 70 mil alertas falsos de desligamento
O objetivo declarado pela empresa era garantir que os clientes realizassem os pagamentos de forma correta, contudo, investigações federais mostraram que a empresa usou de forma abusiva desse poder, deixando motoristas presos em estradas, estacionamentos e até mesmo impossibilitados de chegar ao trabalho ou buscar os filhos na escola.
Segundo um processo dirigido pelo Departamento de Proteção Financeira ao Consumidor dos EUA, a concessionária desativa 7.500 carros remotamente de forma indevida. Estes 7.500 carros desativados via GPS estavam com pagamentos em dia, dentro do período de carência ou até mesmo já tinham combinado um acerto.
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O sistema da empresa enviou cerca de 71 mil alertas de desligamento falsos. Segundos clientes, seus carros não ligavam sem qualquer aviso, muitas vezes quando estavam saindo do trabalho ou tentando visitar um parente no hospital.
Caso o problema acontecesse no período da noite, por exemplo, quando o atendimento ao cliente da empresa estava fechado, os motoristas simplesmente não teriam opções. A concessionária desativa 7.500 carros remotamente, com registros de clientes presos em supermercados, estacionamentos e até mesmo dormindo no carro porque não conseguiam voltar para casa.
7.500 carros desativados via GPS injustamente causam multa milionária
A USASF Servicing, empresa de financiamento da concessionária, foi condenada pela justiça a pagar uma multa de 42,6 milhões por essas e outras práticas abusivas, como cobrança excessiva de juros e taxas, seguros cobrados duas vezes e retenção ilegal de reembolsos.
Contudo, a decisão veio um tanto tarde, visto que a empresa já havia fechado suas portas e declarado falência, tornando improvável que os clientes que foram prejudicados com os 7.500 carros desativados via GPS pudessem receber algum reembolso significativo.
A concessionária desativa 7.500 carros remotamente de forma indevida e, além disso, ex-funcionários revelaram que a empresa ignorava reclamações e, em alguns casos, até se aproveitava da confusão para extorquir ainda mais os clientes.
Aqueles que ameaçavam levar o caso para a imprensa ou para órgãos reguladores podia receber um crédito na conta ou até mesmo um vale-presente para se “acalmar”. Contudo, aqueles que não reclamam simplesmente ficavam sem resposta e perdiam dinheiro.
Impactos da falência para os consumidores
O impacto da concessionária também trouxe problemas novos para os clientes. Quando a concessionária fechou, uma nova empresa chamada Westlake Portfólio Management assumiu a cobrança das dívidas, mas muitos consumidores descobriram que seus pagamentos anteriores não foram registrados.
Alguns motoristas tiveram seus saldos reajustados como se nunca tivessem pago nenhum valor, e outros continuaram enviando dinheiro para a antiga concessionária sem saber que a mesma já havia falido.
No meio desta confusão, muitos clientes tiveram seus carros tomados por empresas de financiamento, como ocorreu com Ingrid Jackson, que comprou um Nissan Altima da U.S. Auto em 2021. Mesmo com todos os pagamentos em dia, ela foi surpreendida durante a noite por um agente de recolhimento de veículos, que simplesmente levou seu carro.
As investigações contra a empresa continuam, contudo, especialistas afirmam que casos como esses são difíceis de punir, visto que as empresas costumam sumir antes que a justiça consiga agir.