Reino Unido impõe sanções à “frota fantasma” de petroleiros que a Rússia usa para evitar o embargo ocidental
A medida contra 10 navios petroleiros representa a mais recente ofensiva contra a fonte de receita que financia a máquina de guerra de Putin. O anúncio ocorreu enquanto o chanceler britânico viajava para Kiev junto com o Secretário de Estado dos EUA.
O governo britânico anunciou nesta quarta-feira novas sanções contra a “frota fantasma” de petroleiros russos que Moscou usa para exportar petróleo, burlando um embargo ocidental imposto após a invasão da Ucrânia.
Especialistas afirmam que a chamada frota fantasma de petroleiros de propriedade opaca ou sem seguro adequado permitiu que o Kremlin continuasse exportando, apesar do embargo às exportações e do teto de preço imposto ao petróleo nas vendas globais. petroleiros
O que é a frota fantasma de petroleiros e como funciona
A frota fantasma refere-se a uma rede de navios petroleiros que são usados para contornar sanções e regulamentos internacionais. Esses navios geralmente têm propriedade oculta, navegam sob bandeiras de conveniência ou apagam seus sistemas de rastreamento para evitar a detecção.
Essa frota tem sido essencial para a Rússia manter o fluxo de receitas do petróleo, uma das maiores fontes de financiamento para a guerra na Ucrânia. Segundo estimativas, a Rússia continua a exportar milhões de barris de petróleo por dia, e grande parte desse volume é transportado pela frota fantasma.
O uso dessas táticas tem sido criticado por países ocidentais, que tentam sufocar a economia russa e cortar o financiamento à guerra. petroleiros
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Novas sanções britânicas: impacto nas exportações russas
O anúncio das novas sanções foi feito enquanto o Ministro das Relações Exteriores, David Lammy, viajava a Kiev em uma visita inédita junto com o Secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, no momento em que a suposta aquisição de mísseis iranianos pela Rússia gerava preocupações.
É a terceira vez que o Reino Unido tenta reprimir o que, segundo o Ministério das Relações Exteriores britânico, são “fontes de renda críticas que financiam a máquina de guerra de Putin”, elevando o número total de navios sancionados para 25.
As exportações de petróleo da Rússia são a principal fonte de receita do Kremlin para financiar sua guerra na Ucrânia, e os 10 navios afetados por esta nova rodada de sanções eram “violadores de alto volume”, segundo as autoridades britânicas.
Com as sanções, esses navios estão proibidos de entrar nos portos do Reino Unido e de acessar o Registro de Navios do país, limitando sua capacidade de operar no mercado internacional. petroleiros
Rússia se adapta à pressão internacional
Apesar dos esforços do Ocidente para restringir as receitas da Rússia, o Kremlin tem encontrado maneiras criativas de contornar as sanções. A Rússia vem explorando rotas alternativas para seus produtos energéticos, incluindo acordos bilaterais com países como China e Índia.
Além disso, o uso da frota fantasma permite que a Rússia continue vendendo petróleo a preços abaixo do teto imposto, mas ainda lucrativo, para sustentar sua economia. Estima-se que a frota fantasma seja responsável por uma parte significativa das exportações russas, tornando-se uma ferramenta estratégica na guerra econômica com o Ocidente. petroleiros
Colaboração entre Reino Unido e EUA
A última medida britânica para aumentar o apoio à Ucrânia ocorre enquanto Lammy e Blinken planejam discutir a flexibilização das restrições sobre o uso de armas ocidentais pela Ucrânia contra a Rússia.
Na terça-feira, o presidente Joe Biden declarou que os Estados Unidos estavam considerando a possibilidade de levantar as restrições sobre mísseis de longo alcance fabricados nos EUA, dando à Ucrânia mais capacidade de atacar alvos estratégicos dentro do território russo.
As sanções também seguem um dia após Londres e Washington sancionarem empresas e autoridades militares iranianas e russas por seu papel no fornecimento de equipamentos militares, especialmente mísseis balísticos, do Irã para a Rússia. Esses acordos militares, cada vez mais próximos, aumentam as tensões geopolíticas e podem escalar o conflito na Ucrânia. petroleiros