Descubra o que acontece com o corpo quando você para de consumir glúten. Entenda os benefícios e riscos de cortar o trigo da dieta!
Nos últimos anos, a dieta sem glúten se tornou uma das grandes tendências alimentares, sendo adotada por muitas pessoas que buscam melhorar a saúde e a qualidade de vida. O glúten, proteína presente no trigo, na cevada e no centeio, é frequentemente associado a diversos problemas de saúde, o que levou ao aumento de produtos e dietas sem glúten.
Mas será que essa exclusão é necessária para todos? Vamos explorar o que a ciência diz sobre os benefícios e riscos de cortar o trigo da alimentação.
O que é o glúten e como ele afeta o corpo?
O glúten é uma proteína encontrada em certos grãos, como o trigo, e é responsável por proporcionar elasticidade e estrutura a alimentos como pães, massas e bolos.
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Para a maioria das pessoas, ele não representa perigo algum e pode ser consumido sem problemas. “O trigo é uma excelente fonte de nutrientes, como fibras, proteínas, ferro e vitaminas”, explica a nutricionista Melinda Dennis, coordenadora de nutrição no Centro Celíaco de Boston.
Entretanto, algumas condições de saúde exigem que o glúten seja excluído da alimentação. A doença celíaca, um distúrbio autoimune, é uma das principais condições em que a pessoa precisa evitá-lo, já que a ingestão da proteína causa danos ao intestino delgado.
Além disso, existe a sensibilidade ao glúten, que provoca desconforto digestivo em algumas pessoas, mas sem os danos intestinais da doença celíaca. Para esses casos, a dieta sem glúten é essencial.
Por que o glúten tem ganho tanta rejeição?
Nos últimos anos, a alimentação sem glúten se tornou uma verdadeira febre, principalmente entre aqueles que não possuem qualquer diagnóstico de doença celíaca ou sensibilidade ao glúten.
Com a crescente adesão à dieta, o mercado global de produtos sem essa proteína tem se expandido, sendo projetado para atingir bilhões de dólares até 2032.
No entanto, será que a dieta sem glúten é realmente benéfica para todos?
Muitas pessoas têm aderido à essa alimentação acreditando que ela proporciona uma melhora na saúde geral, mas a verdade é que, para a maioria da população, não existem evidências científicas que comprovem esses benefícios.
A nutricionista Janelle Smith, especialista em doenças digestivas, aponta que a exclusão do glúten, em muitas situações, é apenas uma resposta ao marketing de alimentos.
“Sem glúten” passou a ser um rótulo associado a produtos “mais saudáveis”, embora isso nem sempre seja verdade. Na realidade, muitos produtos sem glúten são mais processados e menos nutritivos do que suas versões tradicionais.
Além disso, os meios de comunicação desempenham um papel importante na popularização dessa dieta, muitas vezes exagerando os supostos benefícios de cortá-lo da alimentação.
No entanto, pesquisas científicas têm mostrado que esta dieta não tem impacto positivo em condições como artrite reumatoide, doenças autoimunes ou até no desempenho atlético, como sugerido por algumas campanhas publicitárias.
O que acontece quando você para de comer glúten?
Embora a dieta sem glúten seja indispensável para aqueles que sofrem de doenças como a celíaca, ela pode não trazer benefícios significativos para a maioria das pessoas.
Na verdade, eliminar o glúten sem necessidade pode prejudicar a saúde de algumas formas. Muitos alimentos sem glúten contêm menos fibras, menos proteínas e mais gorduras do que as versões com trigo.
“Ao cortar o trigo, você pode estar deixando de consumir nutrientes importantes para o corpo”, alerta Melinda Dennis. Além disso, esses produtos costumam ser mais ricos em calorias e açúcares, o que pode levar ao ganho de peso.
Um estudo de 2021 mostrou que alimentos sem glúten frequentemente contêm mais gordura saturada e carboidratos do que seus equivalentes com glúten. E, se você não substituir esses alimentos por opções nutritivas, pode acabar sofrendo de deficiências de ferro, folato e fibras, nutrientes essenciais para o bom funcionamento do organismo.
Diante do que foi exposto, vemos que para a grande maioria das pessoas, a exclusão do glúten não é necessária e pode até prejudicar a saúde.
Embora existam condições específicas, como a doença celíaca e a sensibilidade ao glúten, que exigem que a proteína seja cortada da dieta, para quem não tem esses problemas, não há uma razão científica para eliminar o glúten. O trigo, especialmente o integral, é uma excelente fonte de nutrientes essenciais, como fibras e proteínas.
Em vez de seguir modismos alimentares, é importante priorizar uma alimentação equilibrada, com a inclusão de grãos integrais, vegetais, frutas e proteínas magras.
Para aqueles que realmente precisam cortar o glúten, é essencial consultar um nutricionista ou médico para garantir que a dieta seja equilibrada e atenda às necessidades do corpo.
Lembre-se: o glúten, em si, não é o vilão, e sim a forma como ele é consumido em excesso ou sem a devida atenção às necessidades nutricionais individuais.