Porto de Santos é um dos que estão em processo de privatização através do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), encomendado pelo Ministério da Infraestrutura.
Em informativo enviado à Imprensa, a Maersk no Brasil informou que seu presidente, Julian Thomas, pediu aumento de investimentos para desenvolver a infraestrutura dos portos brasileiros, especialmente o Porto de Santos em São Paulo. O local está em processo de privatização em um projeto coordenado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), encomendado pelo Ministério da Infraestrutura. O desejo da gigante em movimentação de cargas é que o calado seja ampliado em 17 metros já na primeira fase da concessão.
Atualmente, o Porto de Santos – principal complexo portuário do Brasil – opera com calado de 14,45 metros. “Esse é o investimento mais crítico para maximizar o potencial do maior complexo portuário do país”, analisa Thomas.
Segundo dados do processo de privatização do Porto de Santos, se o calado chegar a 17 metros já em 2026, geraria uma economia de aproximadamente R$ 45 milhões.
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Essa antecipação geraria custos adicionais com dragagem de manutenção em cerca de R$ 40 milhões ao ano, no período de 2026 a 2033. Os benefícios gerados pela economia de escala, bem como a possibilidade de uma expansão dos mercados exportador e importador geradas por um porto mais profundo, superam o custo adicional com a dragagem de manutenção.
“A expansão direta tornará o porto mais competitivo. Portanto, dividi-la em duas fases não seria eficiente”, ressalta o presidente da Maersk no Brasil. “Quase todo navio porta-contêineres que vem ao Brasil para também em Santos. Se o Porto de Santos tem uma limitação que impede a operação dos navios mais eficientes do país, isso impacta todos os outros portos, assim como o desenvolvimento da economia brasileira”, justifica Thomas.
Aumento de profundidade do canal permitirá acesso de navios maiores
Aumentar a profundidade do canal para 17 metros permitirá o acesso de navios maiores ao Porto de Santos, a exemplo dos de 15 mil TEUs, em comparação com os navios de 9 mil TEUs que escalam no local. A antecipação para um calado de 17 metros permitiria o transporte adicional de 1700 a 2300 TEUs por escala já no primeiro ano em que se estabeleceria a nova profundidade.
A demanda pelo transporte marítimo no início da pandemia do coronavírus cresceu devido ao comércio eletrônico. O frete de importação da Ásia para o Brasil alcançou US$ 11.150 em janeiro deste ano, representando um valor 5,7 vezes maior que o de janeiro de 2020 (período pré-pandemia). A disparada foi de mais de 470%.
Assim, houve um aumento em investimentos de contratação de novos navios ao nível global. De acordo com Julian Thomas, os novos navios que devem entrar em operação em 2023, têm capacidade para 22 mil TEUs.
Leilão de terminais de contêineres no Porto de Santos tem polêmica envolvendo a Maersk
A possível participação da Maersk na disputa de um leilão de um megaterminal de contêineres (STS10) tem gerado debates entre representantes de setores navais. Acontece que existe um temor de que haja a concentração de mercado excessivo por parte da gigante global ou da MSC, outra companhia que atua em logística naval no mundo todo, que também pode arrendar o espaço.
A opinião da Associação Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados (Abtra) é de preocupação. As empresas de navegação escolhem onde vão estacionar os navios e pagam os terminais pra isso. Naturalmente, a companhia escolhe parar no seu próprio terminal.
Já a opinião da Terminal Investment Limited (TIL- MSC), o temor é infundado, sendo que as reclamações partem de interessados no leilão do STS10, que não querem concorrência.
“A história da Terminal Investment Limited no mundo não é predatória, é de desenvolvimento, geração de empregos e manutenção de preços em valores de mercado. Quem está falando (contra as empresas) quer participar e não quer que a gente entre na competição”. comenta o , diretor de investimentos em terminais da TIL, Patrício Júnior.
O governo proibiu a participação da Maersk e da MSC no leilão do megaterminal no Porto de Santos. Porém, as empresas poderão concorrer separadamente, ou em consórcio com outros grupos.