Bayer anuncia corte global de empregos em meio a reestruturação e processos bilionários por suposto risco de câncer
Segundo informações da FDR e dados oficiais da própria companhia, a gigante da indústria farmacêutica Bayer confirmou nesta quarta-feira (6) a demissão de aproximadamente 12 mil funcionários em todo o mundo. A medida faz parte de um plano global de reestruturação que visa acelerar decisões internas e reduzir posições administrativas e gerenciais.
A multinacional alemã, que encerrou junho de 2024 com cerca de 90 mil colaboradores, enfrenta um dos momentos mais delicados de sua história recente. Além da pressão para melhorar eficiência e competitividade, a empresa também lida com litígios de grande repercussão envolvendo o herbicida Roundup, acusado de causar câncer em consumidores e trabalhadores.
O que está por trás das demissões
De acordo com o comunicado da Bayer, a decisão de cortar postos de trabalho está ligada à necessidade de simplificar sua estrutura e tornar as operações mais ágeis. O objetivo é eliminar camadas de gestão que, segundo a empresa, dificultam respostas rápidas a mudanças do mercado.
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O enxugamento da folha de pagamento ocorre em meio a uma conjuntura de desafios financeiros, alta competitividade e cobrança de resultados por parte dos investidores. O movimento também é visto como parte de uma estratégia para reposicionar a Bayer diante de um cenário global cada vez mais exigente.
O caso Roundup e o peso das ações judiciais
O herbicida Roundup é o epicentro de milhares de ações judiciais nos Estados Unidos. O produto, amplamente utilizado na agricultura, foi acusado de causar câncer, resultando em danos à reputação da Bayer e em custos jurídicos elevados.
Para lidar com as possíveis indenizações, a empresa já provisionou US$ 7,4 bilhões e anunciou mais 1,2 bilhão de euros (cerca de US$ 1,37 bilhão) para despesas legais adicionais. Esses valores impactam diretamente a saúde financeira da gigante farmacêutica, aumentando a pressão por mudanças internas.
Pressão de investidores e possíveis mudanças estruturais
A gigante da indústria farmacêutica também enfrenta pressões para vender parte de suas operações, incluindo a divisão de saúde do consumidor, ou até abrir capital de sua unidade agrícola. Apesar das especulações, a Bayer afirma que não há planos concretos para divisão ou venda de ativos no momento.
Ainda assim, especialistas apontam que a empresa precisa adotar medidas de eficiência e adaptação para manter relevância no mercado global, considerando a concorrência acirrada e os altos custos legais que enfrenta.
Um futuro de incertezas
Com mais de 150 anos de atuação, a Bayer construiu uma reputação sólida no setor farmacêutico e agrícola, mas agora enfrenta um período turbulento. O sucesso da reestruturação dependerá de sua capacidade de equilibrar o corte de custos com investimentos em inovação e gestão de crises.
A combinação de demissões em massa, litígios bilionários e mudanças estratégicas coloca a empresa em um momento decisivo — e o mercado acompanhará de perto cada passo dado.
E você, acredita que a reestruturação e o corte de 12 mil funcionários serão suficientes para estabilizar a gigante da indústria farmacêutica ou o impacto das acusações de câncer será irreversível? Deixe sua opinião nos comentários — queremos ouvir quem acompanha de perto o setor.