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A ideia de Sylvan Goldman em 1937 mudou a experiência de compra nos supermercados, superou resistências e criou um hábito global ainda presente.
Em 1937, um empresário de Oklahoma mudou para sempre a forma como milhões de pessoas fazem compras. O nome dele era Sylvan Goldman, e sua ideia simples, mas revolucionária, transformou os supermercados em espaços mais práticos e eficientes.
O carrinho de compras, hoje presente em todo o mundo, nasceu de uma necessidade comum e encontrou resistência antes de se tornar um sucesso absoluto.
As origens de Goldman
Sylvan Nathan Goldman nasceu em 1898, no então Território de Oklahoma, filho de imigrantes. Ainda jovem, trabalhou na mercearia da família, aprendendo o funcionamento do comércio.
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Depois de servir na Primeira Guerra Mundial, ele e o irmão Alfred investiram em supermercados. Criaram a Sun Grocery Company e, mais tarde, adquiriram a rede Humpty Dumpty. Foi justamente nessa última que Goldman teria sua grande ideia.
Nos anos 1930, os supermercados ainda eram novidade. A ideia de “autoatendimento” ganhava espaço, mas havia um problema prático: os clientes precisavam carregar cestas pesadas durante todo o percurso.
Esse detalhe, simples, dificultava a experiência de compra, especialmente para famílias ou pessoas mais velhas. Goldman percebeu a oportunidade.
O nascimento do carrinho
Em 1936, Goldman imaginou algo que pudesse facilitar a vida do consumidor. Inspirado em uma cadeira dobrável, ele projetou um suporte com rodinhas e cestas. Com a ajuda de um mecânico, criou o protótipo do primeiro carrinho de supermercado.
O lançamento oficial aconteceu em junho de 1937, em Oklahoma City. O dispositivo foi patenteado como “Folding Basket Carriage for Self-Service Stores” e colocado à disposição dos clientes da rede Humpty Dumpty.
O conceito era claro: o carrinho permitiria carregar mais produtos sem esforço, incentivando compras maiores e proporcionando conforto.
Resistência dos clientes
Apesar da inovação, a aceitação não foi imediata. Homens achavam que usar carrinho parecia “coisa de mulher”. Muitas mulheres, por sua vez, comparavam o objeto a um carrinho de bebê e recusavam-se a empurrá-lo pelos corredores.
Goldman reagiu com criatividade. Contratou modelos para circular pelos supermercados utilizando o carrinho, além de treinar funcionários para demonstrar sua praticidade.
Pouco a pouco, o hábito se espalhou. Logo, os clientes perceberam que o novo dispositivo realmente facilitava a vida.
Evolução do design
O modelo inicial tinha limitações: não era fácil de guardar, e ocupava espaço quando não estava em uso.
A solução veio em 1946, quando Orla Watson criou o sistema de encaixe, permitindo que vários carrinhos fossem empilhados uns nos outros. Goldman rapidamente adotou a novidade, licenciando o design e lançando o “Nest-Kart”, padrão que se mantém até hoje.
O impacto da invenção
O carrinho de supermercado transformou a relação das pessoas com o consumo. Ele permitiu que famílias comprassem mais de uma vez só, reduziu o esforço físico e aumentou as vendas.
Em pouco tempo, tornou-se o objeto sobre rodas mais utilizado em espaços públicos, perdendo apenas para o automóvel.
Goldman enriqueceu com a invenção e investiu em filantropia, apoiando universidades e projetos sociais em Oklahoma. Foi reconhecido em vida, entrando para o Hall da Fama do estado em 1971. Faleceu em 1984, deixando um legado que atravessa gerações.
Um legado duradouro
Hoje, é impossível imaginar um supermercado sem carrinhos alinhados na entrada. A invenção de Goldman, nascida de uma necessidade simples, tornou-se símbolo da vida moderna.
O que começou como uma cadeira dobrável com cestas é agora parte inseparável da rotina de milhões de consumidores no mundo
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