MENU
Menu
Início Gerar eletricidade com água encanada agora é possível! Essa tecnologia inovadora existe e já está disponível no Brasil

Gerar eletricidade com água encanada agora é possível! Essa tecnologia inovadora existe e já está disponível no Brasil

14 de abril de 2024 às 14:16
Compartilhe
Compartilhar no WhatsApp
Compartilhar no Facebook
Compartilhar no LinkedIn
Compartilhar no Telegram
Compartilhar no Twitter
Compartilhar no E-mail
Siga-nos no Google News
Gerar eletricidade com água encanada agora é possível! Essa tecnologia inovadora existe e já está disponível no Brasil.
Foto: Esquema de geração de energia /Lucid Energy

Empresa desenvolve tecnologia surpreendente capaz de gerar eletricidade com água encanada para cidades inteiras. Conheça o novo método da Lucid Energy.

Atualmente, o acesso à água é tão simples quanto abrir uma torneira. No entanto, para que a água chegue às nossas residências, ela precisa passar por bombas e extensas redes de tubulação, processos que consomem uma quantidade significativa de energia, além do tratamento necessário. A boa notícia é que uma empresa desenvolveu uma tecnologia inovadora capaz de gerar eletricidade a partir da água encanada.

Entenda como funciona essa tecnologia inovadora de geração de eletricidade

Com a escassez dos métodos de geração de energia não renováveis, as empresas e cidades têm que aderir a soluções ecologicamente corretas. A cidade de Portland, no estado norte-americano do Oregon, por exemplo, desenvolveu uma solução muito criativa: gerar eletricidade com água encanada.

Artigos recomendados

Essa tecnologia foi desenvolvida em parceria com a LucidEnergy, uma empresa especializada em gerar energia elétrica a partir de tubulações de água. O sistema atua com pequenas turbinas instaladas nos canos, que giram devido ao fluxo d’água e enviam essa eletricidade para um gerador, que é direcionado à rede elétrica da cidade. Apesar de não parecer uma tecnologia tão inovadora assim, a impressão passa a ser outra com alguns dados.

A estimativa é que 6% de toda a energia dos Estados Unidos seja usada apenas para o tratamento d’água, sendo que na Califórnia esse número sobe para 20%. Companhias de saneamento básico que filtram e purificam água, por exemplo, podem usar os tubos da LucidEnergy para reduzir o custo de produção da água limpa.

Indústrias que utilizam alto volume de água para processar ou resfriar máquinas, como fábricas de alumínio, termelétricas e até datacenters, podem instalar este tipo de tubo para reduzir os gastos. Além disso, empresas de irrigação ou de transmissão e distribuição de água podem aproveitar o método para vender eletricidade para a cidade, por exemplo. Todos saem ganhando.

Empresa utiliza nova tecnologia em outras iniciativas

Outro projeto da LucidEnergy que gera eletricidade com água encanada, feito na cidade de Riverside, na Califórnia, utiliza a tubulação para alimentar os postes de luz e outros pontos de iluminação na cidade. Durante o dia, quando os preços da eletricidade sobem, eles podem reaproveitar essa energia para reduzir os custos operacionais da cidade.

Segundo Gregg Semler, presidente da Lucid Energy, água e eletricidade são duas coisas extremamente relacionadas. O executivo comenta que é necessária uma grande quantidade de energia para entregar água potável e é necessária uma quantidade de água para gerar energia.

Desta forma, qualquer município que precisa de água e energia precisa buscar outra forma de gerar energia, com isso, a empresa surge como uma ótima opção, gerando eletricidade com água encanada.

Entenda como funciona a tecnologia

A tubulação instalada em Portland possui 4 turbinas de 107 cm de diâmetro, que ficam no meio dos tubos comuns de água. O projeto é o primeiro nos Estados Unidos a fechar um Acordo de Compra de Energia (PPA) por energia renovável produzida por energia hidrelétrica em uma tubulação de água municipal.

A eletricidade com água encanada, também chamada de Conduit 3 Hydroeletric Project, é financiada por uma agência privada e comprada pela empresa responsável pela distribuição de energia em Portland, a Portland General Electric.

O sistema possui 200 kW e é esperado que ele produza 1.100 MWh de energia elétrica anualmente, suficiente para abastecer cerca de 150 residências.

Entretanto, nem tudo são flores, já que a tecnologia não gera eletricidade em qualquer localização. O gerador só funciona se a água está sob um fluxo gerado pela força da gravidade. Vale mencionar que, para aproveitar o método, a empresa resolveu instalar sensores de pressão para descobrir se ocorreu algum vazamento no cano, além de sensores para monitorar a qualidade da água e julgar se ela está limpa o suficiente para ser consumida.

É possível gerar eletricidade utilizando água encanada no Brasil?

Sim! Conhecida como UGES, esta tecnologia inovadora transforma as caixas-d’água em pequenas usinas hidrelétricas. O acrônimo UGES vem de Unidade Geradora de Energia Sustentável, uma invenção dos engenheiros Mauro Serra e Jorgea Marangon. Esta solução é prática e adaptável a qualquer caixa-d’água, independentemente do tamanho.

“A UGES aproveita o fluxo de água que abastece os reservatórios para gerar energia. É importante salientar que o consumo diário de água per capita no Brasil é de cerca de 250 litros, uma quantidade que, até então, não era utilizada para produzir energia. Com esse sistema, conseguimos gerar eletricidade limpa e sem emissões de gases prejudiciais”, explicou Mauro Serra em uma entrevista concedida à Faperj.

A patente da ideia já foi registrada e em breve estará disponível no mercado. O sistema UGES não só fica instalado dentro do reservatório de água, mas também inclui uma unidade móvel que converte a energia captada em eletricidade para uso doméstico, operando independentemente de fontes externas de energia.

Gerar eletricidade com água encanada agora é possível! Essa tecnologia inovadora existe e já está disponível no Brasil.
Foto: Faperj

Mauro Serra detalha que, ao entrar no reservatório, a água é pressurizada pelo sistema, passando por uma mini usina que está estrategicamente posicionada na saída de água. Essa pressão é então convertida em eletricidade, suficiente para alimentar aparelhos como lâmpadas, geladeiras e computadores, mas não é recomendada para equipamentos de alto consumo energético como chuveiros ou secadores de cabelo.

Embora a quantidade de energia gerada varie conforme o tamanho da caixa e o consumo de água, em sistemas de abastecimento maiores, como o municipal, poderia ser dimensionada para suprir a iluminação pública, ou mesmo locais com alto consumo de água, como restaurantes ou indústrias. O sistema também permite o armazenamento de energia excedente para uso posterior, oferecendo uma independência parcial da rede elétrica.

Inscreva-se
Notificar de
guest
Para confirmar a sua inscrição e receber notificações quando alguém responder seu comentário, coloque o e-mail no-reply@clickpetroleoegas.com.br na lista de contato confiáveis, as vezes a mensagem pode cair na caixa de lixo/spam, então verifique nestas pastas também.
20 Comentários
Mais antigos
Mais recente Mais votado
Feedbacks
Visualizar todos comentários
João Antonio Celestino
João Antonio Celestino
Visitante
14 de abril de 2024 08:40

Meu filho fez esse projeto no SENAI mecatrônica em São Caetano do Sul -SP , uns 8 anos atrás. A idéia lhe deu um prêmio de um tablet na época. – Eu fico feliz que outras empresas invistam em renovação e sonhos de algumas pessoas.

Gianluca
Gianluca
Visitante
Responder a  João Antonio Celestino
14 de abril de 2024 20:18

Fiz um projeto desse completo no Senai CIC em Curitiba em 2017. Professores questionaram a tese, tive q defende-la publicamente no TCC.. Tenhos até hj o projeto aqui, comecei o projeto usando desvio na rede onde é mais forte a pressão e retornando a rede em seguida, mas por questões de legislação tive de por na rede após o relógio e reduzir a turbina, modelo igualzinho ao da materia..
até parece q copiaram kkkkkkkk
Nosso grupo ganhou o prêmio de maior inovação no Senai, e eu como mentor da ideia, fiquei mto feliz pelo acerto..
Q legal q tiraram do papel.. show

Fausto Odilon
Fausto Odilon
Visitante
14 de abril de 2024 15:44

Incrível, não sei por que nunca fizeram isso antes! Existe um grande desperdício de energia em todas as etapas dos processos de distribuição, e esse tipo de solução não é uma “geração” propriamente dita, mas uma compensação de uso dessa energia. Ainda que o benefício aparente ser somente para o usuário final, o simples fato dele não usar tanta energia da rede já justifica o investimento. É uma economia sustentável para todo o sistema. Essa mentalidade precisa crescer, é semelhante àquela ideia de captar energia do vento dos corredores de ônibus e carros. Só assim conseguiremos um rendimento mais sustentável das nossas fontes de energia, com mínimo desperdício. Parabéns pela reportagem!

Marne Calazans
Marne Calazans
Visitante
14 de abril de 2024 16:49

Onde moro em um bairro Manaus ,agora nesse momento estamos sem luz , com essa descoberta seria maravilhoso

Giuliasno
Giuliasno
Visitante
14 de abril de 2024 18:28

Na verdade, pagamos por todo o processo.

Se a instalação usar a pressão interna (gravidade e pressão atmosférica), como o peso da água e/ou a sua queda, não haverá roubo de energia.

Mas, se a instalação utilizar a pressão externa para alimentar os geradores, isto deve gerar uma “contra-pressão”, aumentando o gasto energético da companhia de abastecimento, e o lucro seria proporcional ao prejuízo causado para a companhia.

É uma pena que muitas pessoas não entendam!

Giuliasno
Giuliasno
Visitante
Responder a  Giuliasno
14 de abril de 2024 19:10

Digo, pagamos pelo gasto que a companhia tem para bombear a água (não pagamos apenas pela água), e se todo mundo usar algum tipo de mecanismo que dificulte a passagem de água (como hélices ou pás de geradores, que são, sim, obstáculos) a companhia sentirá um impacto financeiro e aumentará o valor do serviço de abastecimento, e então teremos um trade off: pagaremos menos na conta de luz, mas pagaremos mais na conta de água.

Frank
Frank
Visitante
Responder a  Giuliasno
14 de abril de 2024 21:36

Por isso eu afirmei que se a origem for uma fonte natural e não vier de companhia de abastecimento, ok. Também pode ser uma boa opção para prédios onde existem mecanismos para redução de pressão para os andares mais de baixo. Nesse caso, esse equipamento gerador poderia gerar energia enquanto reduz a pressão… Ai blz! Só teria que entender se a quantidade de energia gerada é considerável o suficiente para valer a pena o investimento nesse equipamento.

Elias de Oliveira Souza
Elias de Oliveira Souza
Visitante
Responder a  Giuliasno
14 de abril de 2024 22:47

Concordo com a sua opinião

Luiz
Luiz
Visitante
14 de abril de 2024 18:51

Você está certíssimo! A energia para giirar as turbinas vem da energia fornecida pelas bombas.
E se a elevação da água também é obtida através de bombeamento (a maioria esmagadora dos casos) também esta energia é fornecida pelas bombas, inclusive acionadss por combustível fóssil. De verde, não tem nada. Só o marketing.

Devanir
Devanir
Visitante
14 de abril de 2024 19:38

Como funciona o hidrômetro mesmo?
Semelhante a isto…
Já fiz isso a 25 atrás…queria montar na minha residência….mas…o difícil e caro e acumular essa energia para depois usar …para pequeno consumo funciona…mas não ainda e mais barato comprar energia da companhia…nos sítios onde vc tem uma queda de água , pode fazer uma mini hidrelétrica.

Jailson Medeiros
Jailson Medeiros
Visitante
Responder a  Devanir
14 de abril de 2024 21:04

O projeto é bom, mas precisa ser avaliado quanto ao investimento e o produto gerado à população.

Vamos avaliar qual a pressão que vai resultar depois da passagem pela turbina. Será qe o sistema de saneamento vai funcionar bem para atender ao abastecimento sob grande pressão para ass áreas de nível alto

Elias de Oliveira Souza
Elias de Oliveira Souza
Visitante
14 de abril de 2024 22:45

Isso é simplesmente copiar a antiguissima RODA D’ÁGUA, mas a OPEP que sempre mandou no petróleo mundial sempre foi contra usinas que não usem diesel. Se usar qualquer queda ou outra corrente para mover até um alternador de carro, teremos energia. E os cataventos?

Aristóteles ferreira
Aristóteles ferreira
Visitante
14 de abril de 2024 23:33

Isso só pode ser usado se o fluxo da água for gerado pela gravidade.
Se for gerado por bombas da concessionária, seria trocar seis por meia dúzia, pois iria causar maior consumo de energia das bombas dela.

Gaywilson breves
Gaywilson breves
Visitante
15 de abril de 2024 08:47

Senhores as bombas hoje já são utilizadas pelas companhias para levar água até às caixas e nenhuma parte dessa energia é aproveitada durante o consumo de água, a ideia aí é aproveitar enquanto consumimos a água geramos energia devolvendo o que foi gasto para levar a água até às caixas , hoje já existem gerados de energia por gravidade.
Nunca consegui investimento para colocar essa ideia em prática, a Sabesp já está instalando esses geradores em suas adutoras para reaproveitamento da energia consumida para abastecer a cidade.

Zaqueu
Zaqueu
Visitante
15 de abril de 2024 13:12

No caso de onde moro, a companhia eleva para um reservatório e depois distribui por gravidade sem necessidade de bomba, seria viável se eu não tivesse 3 andares rsrs, vai perder pressão para mim e aumentar para os vizinhos

Gilberto Pires
Gilberto Pires
Visitante
15 de abril de 2024 14:42

Infelizmente nao existe almoço grátis. Essas turbinas aumentam a resistência do fluxo de água, é de onde extraem a energia cinética pra depois converter em elétrica. Uma turbina nao significa nada, agora milhares de turbinas em um sistema de distribuição aumentará o esforço nas bombas da distribuidora pra manter a mesma pressão d’agua na ponta, aumentando o custo de operação, aumentando a conta de água. Kkkkkkkkk tira de um bolso pra botar no outro. Ideia legal, mas não é prática.

andre
andre
Visitante
15 de abril de 2024 17:48

E a perda de carga? Perde pressão, vazão fica comprometida. Demora mais para escoar.

Joaquim Rodrigues Pires joaquimrodriguespires30@gm
Joaquim Rodrigues Pires joaquimrodriguespires30@gm
Visitante
15 de abril de 2024 21:10

Excelente ideia, conheço um processo semelhante, de 1969.
Uma usina, doada por um abnegado senhor. Saudoso Jose Kessler para a instituição APMS . Hoje já não funciona. Mas gerava energia com a gravidade, uma tubulação que devia morro abaixo e passava por turbinas que geravam energia para o bairro todo na época. De sua construção.

Franklin
Franklin
Visitante
16 de abril de 2024 20:15

Muita gente já teve essa ideia. Fico surpreso de ser aceita em concurso, por que a Sabesp já prevê e proíbe isso em seus regulamentos. Aposto que as outras companhias tem regras similares.

Samuel Samuel Omar
Samuel Samuel Omar
Visitante
19 de abril de 2024 16:38

Como funciona este?

Relacionados
Mais recentes
COMPARTILHAR
20
0
Adoraríamos sua opnião sobre esse assunto, comente!x