A entrada na vida adulta tem sido um choque para muitos jovens da geração Z. Além das contas, surgem as comparações com quem parece ter uma rotina mais leve e sem preocupações financeiras. Essa diferença de experiências, mesmo entre pessoas da mesma realidade econômica, tem provocado frustração e questionamentos.
A Geração Z está preparada para a vida adulta? Muitos deles estão percebendo que precisam pagar muitas contas com o seu salário.
Uma cena viraliza nas redes sociais: uma jovem da geração Z, aos 18 anos, aparece revoltada ao perceber que a vida adulta chegou. “Eu ganho para pagar boleto, mãe”, desabafa.
O vídeo foi analisado no canal Gêmeos Investem, comandado pelos irmãos Renan e Matheus — dois gêmeos brasileiros que compartilham conteúdo sobre educação financeira e investimentos.
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Eles aproveitaram o momento para promover uma conversa sincera, bem-humorada e crítica sobre os desafios enfrentados por quem está começando a vida por conta própria.
“É boleto atrás de boleto”
A jovem, que aparenta viver em um ambiente confortável, com sacada gourmet e sofá bem posicionado, revela que 70% do que ganha vai direto para contas.
A mãe reage com risadas, mas a filha está claramente angustiada.
A discussão no canal vai além do desabafo: os Gêmeos levantam hipóteses sobre que tipo de boletos são esses — academia, faculdade, plano de celular, quem sabe até aluguel.
O que incomoda muitos jovens da geração Z pode ser o peso da comparação.
É comum ver pessoas da mesma faixa etária e classe social gastando com roupas, perfumes e lazer, enquanto outros precisam lidar com contas fixas e responsabilidades crescentes.
Essa diferença no uso do dinheiro, mesmo entre quem tem rendas parecidas, gera frustração e sensação de injustiça — um conflito que se intensifica nas redes sociais, onde tudo parece mais fácil para os outros.
Quando a geladeira da mãe parece hotel
Outro trecho traz o relato de um rapaz da geração Z que, ao visitar os pais, estranha o novo padrão da casa.
A geladeira, antes vazia, agora está lotada de frutas, refrigerantes, frios e até isotônicos. “Parece até hotel”, brinca.
Ele lembra que, quando morava lá, mal havia uma Coca-Cola. Agora, com o custo do filho fora de casa, os pais conseguem manter um padrão melhor.
Esse tipo de descoberta é comum entre os jovens que saem de casa. E, segundo os Gêmeos, o choque é inevitável.
Quando se passa a viver sozinho, surgem gastos nunca antes imaginados: sabão, pano de chão, fronha, travesseiro, taxa de incêndio, saco de lixo. “Ninguém avisou que ia ter que comprar panela”, reclama um deles.
Liberdade com fatura
Durante o episódio, os irmãos lembram como muitos jovens cresceram com a falsa impressão de que dinheiro era infinito. “A criança vê os pais passando o cartão e acha que é só isso”, comentam.
A realidade, claro, é outra: vem fatura, juros e inadimplência.
E quando a liberdade chega, ela cobra caro. Aluguel, conta de luz, água, internet, gás e até produtos de limpeza pesam no orçamento.
O jovem sai de casa esperando comprar um tênis novo ou ir ao barzinho, mas descobre que a prioridade vira comprar detergente e arroz.
Comparações e privilégios silenciosos
A conversa avança para outro ponto importante: a falsa ideia de que todos os jovens vivem as mesmas condições. “Tem gente que sai da casa dos pais, mas com tudo pago pelo papai: aluguel, comida, transporte”, comentam. Outros precisam se virar com o que têm.
Para os Gêmeos, o desconforto dessa garota da classe média premium é justamente perceber que os amigos têm mais liberdade porque não têm que pagar nada. E aí vem o desequilíbrio: ela paga os boletos, enquanto os outros se divertem.
Adulto compra panela
Um dos momentos mais engraçados — e verdadeiros — do episódio é quando os apresentadores começam a listar os objetos esquecidos da vida adulta.
Pano de chão, sabão em pó, lâmpada queimada, esponja elétrica, saco de lixo. “Quem sabia que precisava comprar isso tudo?”, pergunta um dos irmãos. A resposta é clara: ninguém avisa.
A conclusão é que essa nova geração, apesar das críticas, tem algo que outras não tinham: voz. Hoje, os jovens falam mais sobre as dificuldades e se expõem com mais liberdade. Antes, muita gente sofria em silêncio.