General Motors (GM) e Ford estão afastando centenas de funcionários temporariamente devido à greve de quase um mês nos Estados Unidos.
A Ford e General Motors afastaram temporariamente mais de 500 colaboradores de suas funções em consequência da greve em curso nos três maiores fabricantes de automóveis dos Estados Unidos, segundo informações das duas empresas. A GM e Ford enviaram para casa empregados que ficaram sem ter como trabalhar devido à paralisação decidida pelo sindicato United Auto Workers (UAW) há mais de 15 dias em diversas fábricas de montagem por demandas salariais.
Entenda a paralisação da General Motors e Ford
A UAW começou uma greve em 15 de setembro em fábricas da GM, Ford e Stellantis, as três grandes de Detroit, com algumas fábricas paralisadas, apesar da maioria dos membros sindicalizados da organização continuar suas atividades.
Na sexta-feira, a UAW estendeu o movimento pela segunda vez, ordenando paralisações adicionais de trabalho em fábricas da GM e Ford, entretanto deixando de lado a Stellantis devido a avanços nas negociações. A GM afirmou que a greve do UAW em Wentzvile, Missouri e Lansing, em Michigan, continua gerando efeitos dominó negativos.
- Grave! Caminhoneiro é condenado à prisão após despejar ilegalmente 19 mil litros de óleo diesel no chão, causando danos graves ao meio ambiente
- Crise sem fim! Volkswagen enfrenta demissões em massa e crise tecnológica: será o próximo caso Kodak e Nokia?
- Umas das maiores BR do Brasil será transformada! Rodovia terá duplicação de 221km e R$ 7 bi em investimentos, podendo gerar até 100 MIL empregos
- Noruega investe R$ 350 milhões em energia solar no norte de Minas Gerais
A General Motors está enviando para casa 130 trabalhadores em Parma, Ohio, e 34 em Marion, Indiana, que não possuem trabalho para fazer, segundo um porta-voz da companhia em um e-mail. A Ford, por sua vez, pediu a 330 empregados em Chicago, Illinois e Lima, em Ohio, que não fossem trabalhar.
Seu sistema de produção está altamente interconectado e isso explica que algumas fábricas se vejam indiretamente afetadas pela greve, segundo informações da Ford em uma declaração nesta segunda-feira.
As três empresas já haviam enviado para casa cerca de 3 mil trabalhadores, que não conseguem realizar suas funções devido à greve. Agora, o número total vai a 3.500 pessoas. O movimento de greve supera os 25 mil trabalhadores convocados pela UAW.
GM faz contraproposta ao UAW
A General Motors afirmou nesta quinta que fez uma contraproposta ao UAW, sindicato que representa trabalhadores dos Estados Unidos e Canadá, para tentar encerrar a greve da categoria. A paralisação, que começou no dia 15 de setembro contra as montadoras GM, Ford e Chrysler, interrompeu a produção de mais de 24 mil veículos semanais. O presidente da UAW, Shawn Fain, utiliza as redes sociais para fazer atualizações semanais da greve das negociações.
Fain revelou na segunda-feira que o sindicato fez uma oferta à General Motors, entretanto a montadora teria achado que permaneceram lacunas importantes. Segundo a Reuters, a GM afirmou que a contraproposta de hoje já é a sexta desde o começo da paralisação.
Uma fonte consultada sobre o assunto afirmou que há negociações importantes em andamento com a GM. A empresa afirma que a última oferta permite tanto a montadora quanto a equipe prosperassem no futuro. A estimativa do custo da greve para a marca é de US$ 200 milhões no primeiro semestre.
Sindicato exige aumento salarial
O UAW exige um aumento de salário imediato de 20%, seguido por quatro aumentos adicionais de 5% cada. No total, haverá um aumento de 46% no pagamento por hora ao longo dos quatro anos de vigência do contrato.
O UAW afirmou na sexta-feira que a GM e a Ford estão propondo aumentos de 10% na taxa salarial por hora nos próximos quatro anos em suas ofertas mais recentes, enquanto a Stellantis, que produz carros no mercado dos EUA sob as marcas Jeep, DODGE, RAM e Chrysler, está oferecendo aumentos de 14,5%. Em comentários aos membros, Fain chamou essas ofertas de ofensivas, dado os aumentos consideráveis nos lucros das montadoras nos últimos anos.