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General Electric vai parar de construir usinas termelétricas movidas a carvão e decisão pode acarretar em fechamentos de instalações e cortes de empregos

Escrito por Flavia Marinho
Publicado em 22/09/2020 às 14:50
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GE deseja se concentrar em turbinas a gás para centrais térmicas ou turbinas a vapor para centrais nucleares, bem como em energias renováveis, uma vez que, Termelétrica a carvão é uma forma de energia cada vez menos competitiva

GE deseja se concentrar em turbinas a gás para centrais térmicas ou turbinas a vapor para centrais nucleares, bem como em energias renováveis, uma vez que, Termelétrica a carvão é uma forma de energia cada vez menos competitiva

O desejo de focar mais em fontes de geração de energias renováveis, pode acarretar em desinvestimentos, fechamentos de instalações e cortes de empregos na multinacional General Eletric, se concretizada a decisão de não construir usinas termelétricas movidas a carvão. Julgamento de ação contra venda de refinarias da Petrobras é suspenso pelo STF

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A GE- General Eletric informou ontem (21/09) ao mercado a nova decisão. A multinacional já havia expressado seu desejo em focar menos em combustíveis fósseis e mais em energias renováveis, refletindo a crescente aceitação de fontes limpas pelas companhias elétricas.

De acordo com a Kathy Hipple, analista financeira do Institute for Energy Economics and Financial Analysis, “a saída da GE da construção de novas termelétricas movidas a carvão – após décadas como líder nesse segmento – é um reconhecimento de que o crescimento do setor de energia não será mais pelo carvão”.

O novo conceito da companhia em focar mais em fontes renováveis de geração de energia torna o portfólio da GE mais focado em ESG (sigla em inglês para práticas ambientais, sociais e de governança), uma vez que o negócio em carvão e vapor é relativamente corresponde cerca de US$ 1 bilhão da receita anual da General Eletric

A empresa deseja se concentrar em turbinas a gás para centrais térmicas ou turbinas a vapor para centrais nucleares, bem como em energias renováveis. “À medida que a GE continua se transformando, estamos focando em negócios de geração de energia que oferecem um modelo comercial atraente e perspectivas de crescimento”, assinalou Russell Stokes, diretor da divisão de energia da gigante industrial.

Termelétrica a carvão é uma forma de energia cada vez menos competitiva frente a alternativas como gás e energia eólica. O consumo de carvão nos Estados Unidos se encontra no menor nível em 40 anos, segundo a Agência Americana de Informação Energética.

Confira alguns fatos surpreendentes sobre a empresa que tem trazido “coisas boas para a vida” desde 1892:

  • Um avião com turbinas GE decola a cada dois segundos: A empresa tem mais de 36.000 motores a jato em serviço ao redor do mundo, e esse número deve chegar a 46.000 até 2020, com mais de 15.000 unidades já encomendadas
  • Equipamentos da GE Healthcare geram 16.000 diagnósticos a cada minuto: O foco de muitos dos 3.000 engenheiros de software dessa área atualmente são o combate ao câncer e doenças neurológicas e as soluções de internet industrial da GE para conectar e armazenar na nuvem os dados médicos de 500.000 máquinas de diagnóstico por imagem usadas em todo o mundo.
  • Está saindo do segmento de eletrodomésticos: As baixas margens de lucro tornaram a operação pouco vantajosa, e a chinesa Haier acabou abocanhando-a por US$ 5,4 bilhões.
  • Sua tecnologia gera um terço da eletricidade do mundo: Sua tecnologia gera um terço da eletricidade do mundo; com 25.000 turbinas eólicas instaladas, tornou-se um dos maiores fornecedores do mundo.
  • Seus produtos geram dados em tempo real: Sensores estão sendo embutidos em todos os produtos da GE, de aerogeradores a locomotivas, passando por turbinas e produtos para soluções em iluminação. Esses produtos informam em tempo real o que está acontecendo com eles, enviando dados de temperatura, pressão e vibração, por exemplo. Esses dados vão automaticamente para ferramentas de análise avançada, tornando possível prever quando uma máquina vai apresentar algum problema. Na prática, isto significa aumentar a vida útil de um ativo, reduzir o tempo de paralisações não programadas e minimizar riscos operacionais.

Flavia Marinho

Flavia Marinho é Engenheira de Produção pós-graduada em Engenharia Elétrica e Automação, com vasta experiência na indústria de construção naval onshore e offshore. Nos últimos anos, tem se dedicado a escrever artigos para sites de notícias nas áreas da indústria, petróleo e gás, energia, construção naval, geopolítica, empregos e cursos, com mais de 7 mil artigos publicados. Sua expertise técnica e habilidade de comunicação a tornam uma referência respeitada em seu campo. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal.

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