Diversas usinas termelétricas estão sendo reativadas por conta do cenário de crise hídrica no país, de acordo com o MME e a ONS
De acordo com uma estimativa feita pelo Ministério de Minas e Energia (MME), com base em simulações do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o aumento do uso das usinas termelétricas, provocado pelo cenário de crise hídrica, custará neste ano R$ 13,1 bilhões para os consumidores, ante estimativa anterior, informada em junho, que previa custo de R$ 9 bilhões.
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Com ativação das usinas termelétricas, o aumento nas contas é previsto
Tal cálculo utilizado na estimativa do MME é baseado em simulações do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), considerando o uso adicional das usinas termelétricas entre os meses de janeiro e novembro deste ano. O aumento no custo da geração de energia é repassado aos consumidores por meio da bandeira tarifária, taxa extra aplicada à conta de luz.
O MME e a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) informaram ao G1 que tais ações adotadas pelo governo são para preservar a água dos reservatórios das hidrelétricas, levando ao acionamento de mais usinas termelétricas, garantindo o fornecimento de energia. Com o acionamento, a previsão de custo do uso da energia térmica ao longo deste ano passou de R$ 9 bilhões para R$ 13,1 bilhões, aumento de 45%.
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Ativação das térmicas diante da crise hídrica no país
O governo publicou no dia 7 de junho uma medida que autoriza, em caráter excepcional e temporário, condições regulatórias diferenciadas para permitir o acionamento de usinas termelétricas sem contrato por um período de até seis meses, que ainda poderá ser prorrogado. A iniciativa, divulgada pelo MME no Diário Oficial da União, vem em meio à seca histórica que tem pressionado o nível dos reservatórios das hidrelétricas, principal fonte de geração no país, e levantado preocupações sobre a oferta de energia.
A autorização, que já havia sido sinalizada diante das condições das usinas hidrelétricas, mas que teria foco apenas nas unidades a gás, foi oficializada pelo Governo, de maneira que o suporte do setor térmico à crise hídrica fique mais amplo, convocando usinas termelétricas de outras fontes e mais caras.
Veja ainda: Usina termelétrica no Mato Grosso do Sul será reativada e ajudará no fornecimento de energia diante de crise hídrica
A usina termelétrica William Arjona, situada no estado do Mato Grosso do Sul, poderá voltar às operações ainda em junho deste ano. A usina termelétrica, localizada no Distrito Imbirussu, foi assumida pelo Grupo Delta Energia. O empreendimento permaneceu 4 anos parado sem qualquer tipo de operação e, hoje, ajudará o país diante de uma crise hídrica.
No mês de maio, empresários e diretores do Grupo Delta Energia se reuniram com a Agepen (Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos) para informar que estão em negociações com a Petrobras, operadoras TBG e distribuidoras MSGás, para dar andamento à resolução de todos os procedimentos operacionais necessários na usina termelétrica.