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GasBrasiliano inicia as operações do 1º gasoduto isolado de distribuição de biometano que abastece 3 municípios do interior paulista

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 06/02/2023 às 11:59
Os municípios Presidente Prudente, Narandiba e Pirapozinho são beneficiados pelo abastecimento de biometano graças a gasoduto isolado de distribuição da GasBrasiliano.
Foto: GasBrasiliano

Os municípios Presidente Prudente, Narandiba e Pirapozinho são beneficiados pelo abastecimento de biometano graças a gasoduto isolado de distribuição da GasBrasiliano.

O gasoduto isolado de distribuição da GasBrasiliano, que está conectado à Usina Cocal, permitiu a chegada do abastecimento de gás biometano a Presidente Prudente, Narandiba e Pirapozinho, municípios do interior de São Paulo.

Conheça um pouco mais sobre a GasBrasiliano

Fonte: GasBrasiliano

Gasoduto isolado da GasBrasiliano abastece municípios do interior paulista

A GasBrasiliano deu início, no final de janeiro, às operações do primeiro sistema isolado de distribuição de biometano do Brasil.

O projeto usa o combustível renovável gerado pelo grupo Cocal e abastece os municípios de Presidente Prudente, Narandiba e Pirapozinho, situados no interior de São Paulo.

Esses municípios do interior paulista estão localizados a uma distância de 200 km do Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol), circunstância que demonstrava ser economicamente inviável a implantação de um projeto convencional de conexão à rede integrada da GasBrasiliano.

Apesar disso, o gasoduto trouxe uma opção de suprimento aos municípios.

A planta de biometano da Usina Cocal produz o combustível por meio do processamento de resíduos da cana-de-açúcar, tais como vinhaça, palha e torta de filtro, suportando uma produção de até 25 mil m³/dia.

A interligação da fonte de suprimento foi feita pela construção de cerca de 65 km de rede de distribuição, da Usina Cocal, em Narandiba, ao mercado consumidor industrial, em Presidente Prudente.

O projeto totalizou um investimento de R$ 180 milhões, dos quais R$ 30 milhões foram destinados à construção da rede exclusiva de distribuição da GasBrasiliano.

Por sua vez, a Cocal aplicou R$ 150 milhões na planta de biogás para a produção do biometano.

As indústrias da região são as primeiras a serem abastecidas pelo projeto. Como exemplo, a Liane, empresa do segmento alimentício, visa atingir uma meta de 30% de bioenergia em sua matriz energética e usará o biometano em fornos e caldeiras.

Até 2022, 70% da matriz da empresa era constituída por energia elétrica convencional, 10% por gás liquefeito de petróleo (GLP) e 20% por óleo combustível BPF. A redução dos custos mensais em cerca de 30% é uma pretensão da empresa.

Potencial de produção do biometano

O Brasil dispõe de potencial para produzir em torno de 30 milhões de m³/dia de biometano até 2023, conforme diz a Associação Brasileira do Biogás (Abiogás).

A Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás) e a Abiogás consideram que a produção nacional de biometano tem capacidade de atingir 2,2 milhões de m³/dia até o ano de 2027, estimativa 5,5 vezes superior aos patamares atuais.

Na hipótese desse potencial exibir-se como o esperado, o setor de biometano trará uma contribuição com um “gás novo” de 1,8 milhão de m³/dia em cinco anos.

Além da Cocal, empresas como Gás Verde (Urca Energia), Orizon, Raízen Geo Biogás e a Ecometano, do grupo MDC, estão entre os agentes protagonizantes da produção.

A geração desse combustível de biogás está crescendo a passos curtos, porém seu cunho sustentável tem atraído a atenção de indústrias interessadas na pegada ambiental.

De outro modo, o biometano surge como uma oportunidade para as empresas de gás canalizado reduzirem sua dependência da Petrobras.

Seguindo como exemplo a iniciativa da GasBrasiliano, o investimento por outras empresas em projetos de gasodutos de abastecimento de municípios com biometano traz um enfoque positivo acerca da preocupação ambiental para a imagem institucional, além de configurar opção de insumos além do fornecimento pela Petrobras.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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