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Início Gás de cozinha se torna insumo doméstico mais caro nos últimos 12 meses, ultrapassando até mesmo as tarifas de energia elétrica

Gás de cozinha se torna insumo doméstico mais caro nos últimos 12 meses, ultrapassando até mesmo as tarifas de energia elétrica

17 de agosto de 2022 às 20:14
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Gás, energia, tarifas
Foto: reprodução pixabay.com

O preço do gás de cozinha, tanto encanado quanto o de botijão, disparou mais de 20% em 12 meses e se tornou mais caro do que a tarifa de energia no orçamento dos brasileiros

gás de cozinha substituiu as tarifas de energia elétrica e se tornou o vilão do orçamento doméstico dos brasileiros. Nos últimos 12 meses, o gás encanado acumula alta de 26,29%, enquanto o gás de botijão possui uma alta de 21,36%. O preço dos dois subiram mais que o dobro da inflação no período (10,07%).

Para os consumidores de energia e gás, a saída tem sido escolher estratégias para diminuir os custos, do banho cronometrado, ou até mesmo gelado, à comida feita pela air fryer. A distribuição de botijão de gás já caiu 4% no período entre janeiro e julho, de acordo com dados do Sindigás (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo).

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Na residência da professora Sibele Goulart, em Curitiba, por exemplo, a air fryer e o micro-ondas substituíram o forno e o fogão na maioria das refeições feitas na casa. Para economizarem energia, a alternativa foi adotar banhos mais frios e com horários marcados para economizar.

Sibele afirmou: “Às vezes, tenho a sensação de que se tivesse fogão a indução gastaria menos que com o fogão a gás, o qual a conta saiu por R$ 240 este mês. No final do ano passado, o preço do gás variava entre R$ 60 e R$ 80 — diz a professora. Já o valor da tarifa de energia, tem vindo entre R$ 80 e R$ 100.

Em 2021, por conta da seca, tarifas de energia aumentaram exponencialmente

No ano passado, frente à maior seca em 90 anos, as tarifas de energia aumentaram gradualmente, com o acionamento de emergência de todo o parque de termelétricas no Brasil.

Em 2022, com o aumento do volume de chuvas e a aprovação no Congresso de um limite de 17% (ou 18%, dependendo do estado) sobre o ICMS de combustíveis e energia elétrica, aconteceu uma redução nas tarifas de conta de energia. No período de 12 meses, a diminuição foi de 10,77% nas tarifas de energia elétrica residencial.

As economias do restaurante Tasca Miúda, localizado na Zona Sul do Rio, têm sentido de perto essa variação nas tarifas de energia. Em 2021, por exemplo, para economizar nas tarifas de energia, os eletrodomésticos foram substituídos por modelos à gás.

O sócio André Korenblum comenta que executou um investimento grande, visando à economia a longo prazo, o que não ocorreu com os aumentos sucessivos do gás encanado, que tiveram um reajuste trimestral e, este ano, aumentou 12,81%, aproximadamente o triplo da inflação no período.

Diminuição dos impostos sobre gás e combustíveis ajudaram na redução dos preços

No mês de julho, a Petrobras estabeleceu duas reduções no preço do diesel e três no da gasolina. O limite no ICMS também auxiliou no alívio da pressão. Porém, no caso do gás, Sérgio Bandeira de Mello, presidente do Sindigás, afirma que a queda do imposto não teve impacto tão grandioso.

Proprietário de duas revendedoras de gás na Zona Norte do Rio de Janeiro há 14 anos, Celso Miguez, de 54 anos, confirmou uma queda de 30% nas vendas de gás este ano. De acordo com ele, os consumidores pedem para pagar no cartão de crédito ou parcelar o valor do botijão de gás.

Desde o início de Agosto, uma parcela das famílias que recebem o Auxílio Brasil, no valor de R$ 600 deste mês até o fim do ano, começaram a receber o vale-gás no seu valor integral. No total, 5,6 milhões de casas no Brasil vão receber o vale no valor de R$ 110 a cada dois meses para a compra do botijão de 13kg.

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