Com apenas R$ 1.000, é possível investir em fundos imobiliários e começar a receber dividendos mensais. Mas será que todos os fundos rendem o mesmo? Uma simulação direta entre dois dos FIIs mais populares do mercado — MXRF11 e VGIR11 — mostra uma diferença importante nos resultados.
Num momento em que os fundos imobiliários voltam a atrair pequenos investidores, entender como o rendimento funciona na prática pode ajudar a tomar decisões melhores.
Dois dos fundos mais populares entre iniciantes, MXRF11 e VGIR11, têm características parecidas — cotação baixa, alta liquidez e pagamento de dividendos mensais.
Mas uma simulação simples mostra como os resultados podem ser bem diferentes mesmo com o mesmo valor investido.
-
Estes modelos de negócios chatos fazem milionários todos os anos nos EUA e vão continuar fazendo em 2026
-
Brasileiros podem ficar livres do IR até R$ 10 mil: Senado discute mudança histórica após aprovação unânime na Câmara
-
O banco central dos bancos centrais: o BIS, sediado na Suíça, não tem clientes, não abre contas, não concede crédito, mas controla todos os bancos do mundo e define juros, moedas e até o futuro do dinheiro digital em sigilo absoluto
-
Empreendedor quer faturar R$ 50 milhões vendendo curso de como fazer churrasco: bancada com Thiago Nigro, Bruno Perini, Érico Rocha e Leandro Ladeira desenha o “plano perfeito”
Rendimento prático com R$ 1.000 no MXRF11
Começando pelo fundo MXRF11: se um investidor aplicasse R$ 1.000 considerando o preço da cota, que está em R$ 9,30, ele conseguiria adquirir 107 cotas.
Com um Dividend Yield (DY) anual de 12,32%, isso geraria um rendimento de R$ 122,60 ao longo de 12 meses.
Esse retorno é obtido com base nos pagamentos mensais de dividendos proporcionais ao valor da cota e à quantidade adquirida.
O MXRF11 tem sido um dos fundos de papel mais procurados da bolsa, por manter uma rentabilidade constante e por oferecer acessibilidade — afinal, com menos de R$ 10 é possível comprar uma cota.
No entanto, quando se coloca lado a lado com um concorrente direto, como o VGIR11, o resultado muda.
E se os mesmos R$ 1.000 fossem aplicados no VGIR11?
Nesse mesmo cenário, se o investidor tivesse colocado seus R$ 1.000 no fundo VGIR11, com cotação de R$ 9,51, ele conseguiria comprar 105 cotas.
O número de cotas é um pouco menor, mas o DY anual informado é superior: 13,69%. Isso garante um rendimento maior ao fim de um ano.
Na simulação, os dividendos recebidos com esse investimento seriam de R$ 136,70 — um valor que supera em mais de R$ 14 os ganhos obtidos com o MXRF11, mesmo com menos cotas.
A explicação está no percentual de rendimento maior do VGIR11. Ou seja, apesar de aparentemente semelhante, esse fundo pagaria mais pelo mesmo valor investido.
Comparação direta: mais cotas nem sempre significam mais lucro
Esse exercício mostra que o número de cotas adquiridas não é o único fator relevante. O que realmente importa para o investidor é quanto de retorno cada cota entrega ao longo do tempo.
O VGIR11, mesmo com menos cotas e um preço unitário levemente maior, se destacou no resultado final devido ao DY mais elevado.
A diferença de R$ 14,10 no ano pode parecer pequena, mas em uma carteira maior ou no longo prazo, esse rendimento adicional faz diferença — especialmente para quem reinveste os dividendos mensalmente e aproveita o poder dos juros compostos.
Com os dois fundos operando com valores acessíveis e pagamentos mensais consistentes, a escolha entre MXRF11 e VGIR11 pode depender de mais do que apenas o rendimento anual. Mas, com base na simulação de R$ 1.000, o VGIR11 sai na frente.