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Funcionários da Gerdau entram em greve contra fechamento de setor e denunciam risco de 400 demissões em Pindamonhangaba

Publicado em 15/09/2025 às 16:39
A greve na Gerdau em Pindamonhangaba protesta contra o fechamento da linha de cilindros. O Sindicato dos Metalúrgicos denuncia risco de 400 demissões diante da pressão do aço importado sobre a indústria nacional.
A greve na Gerdau em Pindamonhangaba protesta contra o fechamento da linha de cilindros. O Sindicato dos Metalúrgicos denuncia risco de 400 demissões diante da pressão do aço importado sobre a indústria nacional.
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Greve em Pindamonhangaba protesta contra o encerramento da linha de cilindros da Gerdau, que pode cortar 20% dos empregos da unidade.

Segundo a CBN Vale, a fábrica da Gerdau em Pindamonhangaba (SP) viveu nesta segunda-feira (15) o início de uma greve por tempo indeterminado. O movimento é liderado pelo Sindicato dos Metalúrgicos e tem como foco a tentativa de impedir o fechamento da linha de cilindros até dezembro, medida que pode resultar em 400 demissões diretas. A decisão da companhia, segundo nota oficial, estaria relacionada à pressão da entrada de aço importado e à busca por maior rentabilidade em seus ativos.

Atualmente, a planta conta com 2 mil empregados diretos e 400 terceirizados.

Caso a dispensa seja confirmada, a perda representaria 20% da mão de obra própria, com efeitos significativos na economia local.

Para os sindicalistas, a decisão ameaça não apenas os trabalhadores da unidade, mas também toda a cadeia produtiva regional que depende da siderúrgica.

Contexto da decisão da Gerdau

A Gerdau confirmou que a linha de cilindros será encerrada até o fim de 2025, justificando a medida pelo “cenário desafiador da indústria nacional do aço”, fortemente afetada pela concorrência de importados, especialmente da China.

Nos últimos anos, a entrada de aço estrangeiro a preços mais baixos reduziu margens de lucro e forçou siderúrgicas brasileiras a rever operações e cortar custos.

Para a empresa, a paralisação de setores menos rentáveis faz parte de uma estratégia global de foco em ativos mais competitivos.

Apesar disso, a companhia declarou que mantém diálogo com o sindicato e que está comprometida em “cuidar das pessoas afetadas pela decisão”, sem detalhar planos concretos de realocação ou compensação.

Posição do sindicato e reivindicações

O Sindicato dos Metalúrgicos afirma que não houve negociação efetiva para preservar empregos. Propostas como o remanejamento dos trabalhadores para outros setores da planta ou alternativas de produção não foram aceitas pela companhia.

Para a entidade, o fechamento representa uma ameaça à estabilidade de centenas de famílias e enfraquece a base industrial da região.

Segundo os representantes dos trabalhadores, a greve continuará até que a empresa apresente medidas concretas que evitem as demissões em massa.

A mobilização, que já atinge toda a unidade, busca pressionar a direção da Gerdau a rever a decisão e abrir espaço para soluções que garantam segurança e previsibilidade para os empregados.

Impactos regionais e risco de precedentes

A planta da Gerdau em Pindamonhangaba é considerada estratégica para o município e figura entre os principais empregadores locais.

O corte previsto de 400 postos preocupa não apenas os trabalhadores, mas também autoridades municipais e fornecedores, que veem na redução de atividades um impacto em cadeia sobre o comércio e os serviços.

Especialistas alertam que o caso pode servir de precedente para novos cortes em outras unidades da empresa, caso a pressão dos importados e as dificuldades da indústria siderúrgica se mantenham.

Para os trabalhadores, a greve representa a última tentativa de manter empregos e evitar que a decisão amplie ainda mais a instabilidade no setor.

Você acredita que a Gerdau deveria rever a decisão e negociar alternativas para evitar as 400 demissões? Como avalia o impacto de medidas como essa na indústria nacional e nas cidades que dependem da siderurgia?

Deixe sua opinião nos comentários queremos ouvir a sua visão sobre esse tema.

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Maria Heloisa Barbosa Borges

Falo sobre construção, mineração, minas brasileiras, petróleo e grandes projetos ferroviários e de engenharia civil. Diariamente escrevo sobre curiosidades do mercado brasileiro.

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