Além de destruírem florestas, os incêndios trazem sérias consequências à saúde física, mental e à segurança alimentar das populações atingidas
Os incêndios florestais representam uma ameaça crescente em todo o mundo. Eles não afetam apenas o meio ambiente, mas também atingem diretamente a saúde das pessoas e o funcionamento da economia. Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde, as consequências desses eventos são de curto, médio e longo prazo, com efeitos que vão além da destruição imediata.
Esses incêndios são descontrolados, ocorrem na natureza e muitas vezes têm origem humana. Além disso, as condições climáticas, como altas temperaturas e períodos secos, favorecem sua rápida propagação.
Durante a estação seca, o risco de o fogo se espalhar de forma descontrolada aumenta consideravelmente, tornando os danos ainda mais graves.
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Nas Américas, observou-se um aumento na frequência, gravidade e duração dos incêndios florestais. Eles estão se tornando mais intensos não apenas pelo número de hectares queimados, mas também pela duração e pela força com que avançam. Esses fatores têm gerado uma preocupação crescente com seus efeitos sobre a saúde pública.
Calor extremo agrava o cenário
O calor extremo também é um fator associado. Um relatório recente aponta que a população foi exposta a temperaturas médias de 38°C, com algumas regiões ultrapassando os 40°C. Comparado ao período entre 1986 e 2005, o aumento registrado desde a década de 1980 é de pouco mais de 2°C.
Efeitos diretos na saúde física
Os efeitos dos incêndios florestais sobre a saúde são diversos. A fumaça e as cinzas liberadas durante a queima de vegetação e materiais de construção podem causar desde irritação na pele até o agravamento de doenças respiratórias e cardíacas já existentes.
Além disso, há riscos diretos, como queimaduras, lesões físicas, exaustão pelo calor e, em casos extremos, até a morte.
Outro problema sério é a interrupção de serviços médicos. Muitas vezes, as pessoas são obrigadas a abandonar suas casas rapidamente e não conseguem levar seus medicamentos. Além disso, os incêndios podem danificar infraestruturas de saúde, dificultando o acesso a tratamentos e medicamentos.
Sintomas comuns da exposição à fumaça
A fumaça dos incêndios florestais é uma combinação de gases e pequenas partículas que pode prejudicar qualquer pessoa, mesmo aquelas sem problemas de saúde prévios.
O CDC dos Estados Unidos listou uma série de sintomas comuns em pessoas expostas à fumaça: Tosse, dificuldade para respirar normalmente, ardência nos olhos, irritação na garganta, coriza, irritação dos seios da face, chiado no peito, falta de ar, dor no peito, dores de cabeça, crises de asma, cansaço e aceleração dos batimentos cardíacos.
Consequências psicológicas prolongadas
Além dos problemas físicos, os impactos psicológicos também são significativos. A perda de propriedades e o deslocamento forçado podem gerar estresse pós-traumático, depressão e insônia.
Muitas vezes, essas condições de saúde mental não são diagnosticadas ou tratadas, o que agrava ainda mais o sofrimento das vítimas.
Riscos de insegurança alimentar
Os incêndios florestais também afetam a segurança alimentar. A destruição de plantações pode causar escassez de alimentos, aumentando o risco de desnutrição e de insegurança alimentar em diversas regiões. Esse quadro se soma aos desafios enfrentados pelas populações deslocadas, que já lidam com a perda de seus lares e rotinas.
Desafios que exigem atenção contínua
Diante da frequência crescente desses eventos, torna-se ainda mais importante compreender e enfrentar todos os seus efeitos, tanto na saúde física quanto mental, assim como nas condições econômicas e sociais das comunidades afetadas.
Com informações de Tempo.com.