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Frigol aposta em energia renovável para tornar suas operações mais limpas e menos poluentes ao meio ambiente

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 25/07/2022 às 20:06
Atualizado em 31/07/2022 às 20:11
O Brasil lidera a capacidade de geração de energia renovável na América Latina. A busca por novas fontes de energias renováveis nunca foi tão grande como agora e o Brasil é o país que está na liderança da capacidade de geração de energia limpa na América Latina.
Foto: Pixabay

O Frigol, quarto maior frigorífico do país, decide apostar em energia limpa para processar carne bovina e suína. O frigorífico, que em 2021 processou 181 mil toneladas de carne de boi resolveu entrar na era da energia renovável para evitar a emissão de poluentes.

Nesta segunda-feira, (25/07), o Frigol anunciou que apostará em energia renovável para as suas operações totais, principalmente para processar carne bovina e suína. O quarto maior frigorífico do Brasil tenta conseguir, por meio da energia limpa, o controle da redução das emissões de gases poluentes no meio ambiente.

Frigol vai apresentar seu relatório de GEEs no primeiro trimestre de 2023

Nesse sentido, dentro de alguns meses, logo no primeiro trimestre do ano que vem, o frigorífico vai apresentar seu primeiro relatório de GEEs (Gases do Efeito Estufa). O Frigol lançou em abril deste ano a sua primeira apresentação de sustentabilidade e busca cada vez mais reduzir suas emissões.

A empresa com sede em Lençóis Paulista (SP), e faz parte do ranking Forbes Agro100, está entre as quatro maiores indústrias frigoríficas do Brasil, e possui operações também no Pará.

Em 2021, o frigorífico fez o processo de 181 mil toneladas de carne bovina e 8,7 mil toneladas de carne suína, o que contou com um faturamento de R$ 3,1 bilhões, um aumento de 29% acima do ano de  2020. E além disso, desse total, as exportações partiram para cerca de 60 países e tiveram o rendimento de R$ 1,2 bilhão. Toda a corrida por uma produção limpa faz parte de estratégias para se preparar para o futuro.

É válido salientar que os relatórios de GEEs são uma ferramenta de suma importância de estímulo à energia renovável e também à eficiência energética nas organizações. Dessa forma, a transição energética para fontes mais limpas foi um dos principais temas na mais recente cúpula do clima da ONU. “A Europa, por exemplo, ainda não demanda por relatórios de GEEs, mas nós estamos nos adiantando”, aponta o administrador Carlos Eduardo Simões Corrêa, diretor de sustentabilidade e administrativo da Frigol.

Além disso, a Irena (Agência Internacional para as Energias Renováveis) indica que 38 novas tecnologias estão aptas à implantação no momento, incluindo energia eólica, solar fotovoltaica e geotérmica. Com isso, o Pacto Climático estabelece a redução global das emissões de dióxido de carbono em 45% até 2030.

A empresa já possui um programa de energia renovável e planeja expandir ainda mais

A companhia começou a desenvolver o programa ainda em 2016, com as primeiras compras de energia renovável, uma questão de mercado em crescimento ao longo dos anos. Além disso, houve um barateamento das energias de modo geral, com o preço da energia eólica mais competitivo e, especialmente, mais competitividade no preço da energia solar, por causa de projetos cada vez mais disponíveis em volume de energia para o mercado.

Os dados confirmam que ao longo dos próximos anos, a energia solar deve ultrapassar até mesmo a energia hidrelétrica em disponibilidade, muito provavelmente. Por isso, a empresa vem aumentando cada vez mais a contratação de energia renovável, com objetivo de migrar para uma matriz ainda mais limpa. O Frigol confirma que a energia pode vir de fontes eólicas, solar e também de pequenas centrais hidrelétricas

Além do mais, neste ano, 70% da demanda da empresa é coberta por renováveis e a expectativa é que a partir de 2023 seja de 100%. A previsão inicial, que está no compromisso da companhia firmado no relatório de sustentabilidade, era em 2025. Entretanto, o frigorífico conseguiu antecipar em dois anos o início da matriz com 100% de energia renovável.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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