O FPSO Carioca afretado pela Petrobras, que irá operar no pré-sal, será a maior unidade do Brasil em complexidade e em volume de produção de petróleo
A Petrobras iniciou hoje, nesta segunda-feira (23/08), a produção de petróleo e gás natural do FPSO Carioca, primeiro sistema de produção definitivo instalado no campo de Sépia, no pré-sal da Bacia de Santos. Com essa unidade, a Petrobras soma 22 plataformas em produção no pré-sal, que juntas já respondem por 70% da produção total da companhia. Veja ainda esta notícia: Petrobras fecha contrato com a SBM Offshore para afretamento e prestação de serviços do FPSO Mero 4, que será instalado no pré-sal, na Bacia de Santos
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O FPSO Carioca, afretado pela Petrobras, que irá atuar no campo de Sépia, no pré-sal da Bacia de Santos
A plataforma, do tipo FPSO (unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência de petróleo e gás), está localizada a aproximadamente 200 km da costa do estado do Rio de Janeiro, em profundidade de água de 2.200 metros. Com capacidade para processar diariamente até 180 mil barris de óleo e comprimir até 6 milhões de m³ de gás natural, o FPSO Carioca, unidade afretada junto à Modec, contribuirá para o crescimento previsto da produção da Petrobras.
O projeto prevê a interligação de sete poços produtores e quatro poços injetores ao FPSO. O escoamento da produção de petróleo será feito por navios aliviadores, enquanto a produção de gás será escoada pelas rotas de gasodutos do pré-sal. Alinhado ao compromisso da Petrobras de redução de 32% na intensidade de carbono na área de Exploração e Produção até 2025, com investimento contínuo em pesquisa e desenvolvimento, o projeto também conta com sistema de remoção de CO2 presente no gás produzido e de reinjeção na jazida, reduzindo o lançamento de dióxido de carbono na atmosfera e melhorando a recuperação de óleo.
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A construção do FPSO
O FPSO foi construído parte na China e parte no Brasil e chegou ao Estaleiro Brasfels, em Angra dos Reis, em fevereiro de 2021 para a realização da verticalização do flare de 135 m – uma atividade especial de construção – bem como a finalização da integração e comissionamento da unidade. Essas atividades geraram em torno de 600 empregos diretos. Nesse estaleiro, durante a fase de construção, foram fabricados dois dos módulos que compõem o FPSO, o que contribuiu para o conteúdo local do projeto e gerou aproximadamente 400 empregos diretos.
A Petrobras prevê investir US$ 46,5 bilhões na produção de petróleo e gás no Brasil até 2025, atuando em parceria com outras companhias na área de E&P, com foco em águas profundas e ultraprofundas. O FPSO Carioca é a primeira das 13 novas plataformas da companhia previstas para entrar em produção entre 2021 e 2025. Até 2025, serão mais 12 novos sistemas de produção em águas profundas, que se somam às 60 plataformas já existentes e em operação pela Petrobras. Com esse grau de especialização, a companhia se torna cada vez mais eficientes na operação.
O campo de Sépia, operado pela Petrobras
Sépia é uma das áreas da cessão onerosa do pré-sal da Bacia de Santos. Em 17 de dezembro, o governo vai licitar – pela segunda vez – o volume excedente de petróleo para o projeto, junto com o campo de Atapu. A Petrobras já manifestou direito de preferência e será operadora da área com pelo menos 30% de participação.
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, já indicou que a expectativa do governo é que a concorrência de outras empresas no leilão será para atuar em conjunto com a Petrobras. Em entrevista à CNN, Bento diz que “Nenhuma empresa vai entrar nesse leilão sem ter participação da Petrobras, porque a Petrobras já está produzindo nesses campos. E ela é considerada a empresa de petróleo mais qualificada para fazer produção em águas profundas”.