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Formigas não dormem como humanos: centenas de cochilos de um minuto, colônia ativa 24 horas e rainha com sono profundo garantem sobrevivência

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 26/09/2025 às 11:27
Formigas não dormem como nós: fazem cochilos de 1 minuto, mantêm a colônia ativa 24 horas e a rainha desfruta de sono profundo que garante longevidade.
Formigas não dormem como nós: fazem cochilos de 1 minuto, mantêm a colônia ativa 24 horas e a rainha desfruta de sono profundo que garante longevidade.
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As formigas não dormem como humanos: elas repartem o descanso em centenas de cochilos de cerca de um minuto, mantêm a colônia operando 24 horas e reservam à rainha um sono mais profundo, estratégia que maximiza vigilância, eficiência energética e sobrevivência

Quando ouvimos que formigas não dormem, o que está por trás não é insônia, mas uma arquitetura de descanso singular. Em vez de um bloco contínuo de sono, as operárias intercalam microssonos de aproximadamente um minuto, somando de quatro a cinco horas de repouso distribuído ao longo do ciclo de 24 horas. Esse padrão polifásico permite que o formigueiro nunca “desligue”, mantendo tarefas críticas em andamento sem colapsar o sistema social.

A rainha, por sua vez, adota uma lógica oposta. Enquanto as operárias alternam atividade e cochilos curtos, a rainha realiza menos pausas, porém mais longas e profundas, comportamento associado à sua longevidade e à estabilidade reprodutiva do ninho. Em conjunto, esses regimes distintos explicam por que formigas não dormem à maneira humana e, ainda assim, performam em alto nível.

Cochilos polifásicos: por que o descanso das operárias é fragmentado

Formigas não dormem como humanos: centenas de cochilos de um minuto, colônia ativa 24 horas e rainha com sono profundo garantem sobrevivência

O trabalho de uma operária acontece em ciclos intensos de busca de alimento, cuidado com a prole, limpeza e defesa. Para sustentar essa rotina sem “turno zero”, o descanso é quebrado em centenas de microssonos de cerca de 1 minuto, suficientes para recuperar energia e manter alta responsividade a estímulos. Durante esses intermédios, a atividade metabólica cai e o corpo fica imóvel, mas a vigilância permanece.

Esse arranjo soma de quatro a cinco horas de repouso diário, distribuído em picos e vales. Não há “hora certa” universal: o relógio da colônia é a própria tarefa, guiado por necessidades do ambiente, fluxo de feromônios e demanda do ninho. É assim que “formigas não dormem”, no sentido humano, sem abrir mão do descanso fisiológico.

Colônia em modo 24/7: revezamento, produtividade e alerta

Ao escalonar cochilos em ondas, sempre existe um contingente ativo e outro descansando, o que garante continuidade operacional. A colônia mantém postos de vigilância, rotas de forrageamento e assistência às larvas sem interrupção, diluindo riscos de predadores e perdas de alimento. Esse revezamento evita gargalos e mantém o “coração” do formigueiro batendo dia e noite.

Além da produtividade, o modelo reforça a resiliência: se um grupo é interrompido por ameaça ou variação ambiental, outro assume. É a logística do descanso transformada em vantagem competitiva para um organismo social complexo.

Rainha: sono mais profundo, pausas mais longas e vida útil estendida

A rainha vive muito mais que as operárias (podendo chegar a décadas) e carrega a função reprodutiva central. Por isso, seus episódios de descanso são mais longos e profundos, reduzindo interferências no eixo hormonal e garantindo regularidade na postura de ovos. Enquanto as operárias otimizam responsividade, a rainha otimiza estabilidade.

Esse “duplo regime” do sono social minimiza conflitos de energia dentro do ninho. A rainha conserva recursos para reprodução, e as operárias, para manutenção e defesa, compondo uma divisão de trabalho que faz o sistema inteiro durar mais.

Sinais, gatilhos e coordenação: como o ninho organiza o sono

A coordenação desses padrões depende de feromônios, toques antenais e leitura do ambiente. Quando o estoque de alimento cai ou a temperatura muda, o fluxo de tarefas e de cochilos se reprograma quase em tempo real. Essa plasticidade é a cola que permite à colônia operar sem um “apito final” de expediente.

Outro pilar é a distribuição de papéis. Operárias mais ligadas à criação e limpeza tendem a cochilar perto do berçário, enquanto forrageadoras intercalam repouso ao longo das rotas. O resultado é um mosaico dinâmico no qual formigas não dormem em bloco, mas descansam o necessário, no lugar certo, na hora certa.

Energia, risco e evolução: por que esse modelo venceu

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O descanso polifásico reduz janelas de vulnerabilidade: não existe “noite” coletiva em que tudo para. Predadores encontram resistência o tempo todo, e a colheita de recursos não depende da luz do dia. Em termos energéticos, microssonos frequentes evitam quedas profundas de desempenho, mantendo as operárias aptas a responder a ameaças e oportunidades.

Evolutivamente, foi essa engenharia de tempo que consolidou o sucesso das formigas em quase todos os biomas. Ao provar que se pode descansar sem parar, elas mostram que “formigas não dormem” é menos um mito e mais um convite a entender a inteligência coletiva de um superorganismo.

O que isso nos ensina sobre ritmos biológicos e trabalho escalonado

Em vez de buscar um “horário universal”, o formigueiro alinha sono e tarefa. Trabalho por demanda, descanso granular e comunicação eficiente formam um triângulo que sustenta a performance do grupo. Para ciência do comportamento e sistemas distribuídos, o caso das formigas é um laboratório vivo sobre como conciliar alerta contínuo e recuperação fisiológica.

Para o leitor curioso, fica a provocação: e se o segredo não fosse dormir mais, mas dormir melhor, no momento certo, pelo tempo certo? Nas formigas, o relógio é coletivo, mas o cochilo é individual, e a soma das partes mantém o todo de pé.

“Formigas não dormem” como nós porque não precisam de um bloco único de sono. Elas repartem o descanso em microssonos, mantêm a colônia ativa 24 horas e reservam à rainha um sono profundo, combinação que maximiza eficiência e sobrevida do ninho.

Para você que observa natureza, ciência ou até gestão de equipes: o que mais chama sua atenção nesse modelo — os cochilos de 1 minuto, a colônia ativa 24/7 ou o sono profundo da rainha? Já viu comportamentos parecidos em outros insetos, abelhas ou cupins? Conte nos comentários como essa estratégia mudaria sua visão sobre organização, turnos e produtividade no mundo real.

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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