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Ford rompe com o Fordismo e cria “árvore de montagem” para fabricar elétricos mais baratos e com baterias de longa duração

Publicado em 11/08/2025 às 19:20
Ford, Veículos elétricos, Linha de montagem
Imagem: Unsplash
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Nova estratégia combina montagem modular, atualizações remotas e baterias LFP para criar elétricos mais rápidos, baratos e eficientes, começando por uma picape de US$ 30 mil

A Ford anunciou nesta segunda-feira (11) uma mudança importante em sua estratégia de fabricação. A montadora apresentou um novo modelo de montagem que promete reduzir custos e acelerar a produção de veículos elétricos.

A novidade combina plataformas adaptáveis e integração de software com atualizações remotas, permitindo que o mesmo sistema fabrique desde SUVs até caminhões.

Além disso, a empresa rompe com o conceito tradicional de linha única de montagem, adotando o que chama de “árvore de montagem”. Nesse formato, múltiplas linhas funcionam simultaneamente e se unem no final do processo.

Plataforma universal e produção no Kentucky

Durante a coletiva, a Ford confirmou que a nova estrutura será implementada em sua fábrica no Kentucky, Estados Unidos.

A meta é criar uma “família” de veículos elétricos de baixo custo, todos construídos sobre uma plataforma universal.

Essa base será escalável, adaptando-se a diferentes categorias de veículos, como picapes, vans, SUVs e caminhões. Com isso, a empresa busca otimizar o uso das instalações e simplificar a produção.

Outro diferencial está na definição dos veículos por software. Isso significa que ajustes de desempenho e atualizações poderão ser feitos de forma remota, dispensando a necessidade de levar o carro à concessionária.

O fim do modelo de linha única

A Ford se tornou conhecida mundialmente pelo Fordismo, o sistema de produção em massa com linha única.

Agora, a empresa aposta em um esquema diferente. No lugar de uma esteira contínua, três subconjuntos trabalharão separadamente: dianteira, traseira e a parte central, onde fica a bateria.

Essas partes se unem no final, formando o veículo completo. O design foi desenvolvido do zero, inspirado na linha clássica, mas adaptado para maior flexibilidade e eficiência.

O investimento total para viabilizar o projeto chega a US$ 5 bilhões, garantindo 4 mil empregos no estado. Somente para a planta do Kentucky serão destinados US$ 2 bilhões.

Mais rapidez e menos custos

Segundo a montadora, a plataforma modular e a árvore de montagem utilizam 20% menos peças do que um veículo produzido de forma tradicional. O processo também exige 25% menos fixadores e 40% menos estações de trabalho.

O mais importante é que o tempo total de montagem será 15% mais rápido. Isso representa ganho direto de produtividade e redução de custos.

A Ford estima que o custo de propriedade dos novos elétricos, ao longo de cinco anos, será menor do que o de um Tesla Model Y usado com três anos de rodagem.

Baterias mais baratas e duráveis

As novas baterias terão componentes químicos de fosfato de ferro e lítio (LFP). Essa tecnologia promete maior durabilidade, custo mais baixo e carregamento mais rápido.

Como a bateria é o item mais caro de um carro elétrico, essa mudança deve contribuir de forma significativa para a redução do preço final.

Outro ganho está na simplificação do sistema elétrico. A nova plataforma permite uma rede de fios e cabos mais enxuta, reduzindo peso e facilitando reparos.

Primeiro modelo: picape acessível

Embora a montadora não tenha divulgado todos os detalhes, confirmou que o primeiro veículo da nova linha será uma picape de médio porte com quatro portas. O preço estimado é de US$ 30 mil, cerca de R$ 160 mil na conversão direta.

A produção está prevista para 2027. E, mesmo com o foco no custo mais baixo, a Ford garante que não abrirá mão da performance.

A promessa é de aceleração de 0 a 100 km/h em aproximadamente 4,5 segundos, desempenho comparável ao de alguns modelos Mustang.

Com essa estratégia, a Ford busca ampliar o acesso a veículos elétricos e, ao mesmo tempo, se reposicionar em um mercado cada vez mais competitivo.

Com informações de Olhar Digital.

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Romário Pereira de Carvalho

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