O Ford Pinto foi um subcompacto produzido e vendido nos Estados Unidos entre 1971 e 1980, disponível nas configurações hatchback de três portas, fastback de duas portas e uma perua de duas portas.
O Ford Pinto entrou no mercado em 1970, em um contexto de crescente procura por veículos compactos e econômicos, impulsionado pela invasão de carros estrangeiros como o Volkswagen Beetle e o Toyota Corolla. A Ford, percebendo essa tendência, lançou um projeto ambicioso para criar um veículo compacto e barato. O engenheiro Lee Iacocca liderou o desenvolvimento do Ford Pinto, que deveria pesar menos de 2.000 libras e custar menos de 2.000 dólares.
No início, o Ford Pinto chamou atenção pelo seu design simples e atual, com faróis circulares, uma grade de refrigeração do motor estilosa e para-choques cromados. As versões incluíam hatchback de três portas e fastback de duas portas, cada uma com suas peculiaridades no design e funcionalidade.
Primeiros anos de sucesso do Ford Pinto
Os primeiros anos do Ford Pinto foram promissores. Em seu primeiro ano de vendas, o subcompacto da Ford já tinha vendido mais de 350.000 unidades. O sucesso continuou com a introdução da Station Wagon em 1972 e a versão Sprint, aumentando ainda mais as vendas para mais de 480.000 unidades naquele ano.
- Carros populares da Ford, Renault, Fiat e outros usados custam menos que uma TV 4K: descubra as pechinchas que estão movimentando o mercado de seminovos!
- Por R$ 90 mil, novo SUV compacto da Toyota faz 21 km por litro e chega para tirar o reinado do Toyota Yaris
- Novos radares de trânsito se tornam o terror dos motoristas: agora, eles registram muito mais do que velocidade! Descubra tudo que eles podem captar na sua direção!
- Mototáxis sob novas regras! Nova lei de trânsito surpreende e propõe regulamentação rigorosa em todo o Brasil — só quem seguir as normas poderá rodar. Entenda o que muda!
O motor do Ford Pinto
Por dentro do capô, o Ford Pinto oferecia duas opções de motor inicialmente. O primeiro era um motor britânico de quatro cilindros e 1.6L, gerando 76 cavalos de potência. O segundo era um motor alemão de quatro cilindros e 2.0L, capaz de produzir 101 cavalos de potência. Ambos os motores eram conhecidos por serem relativamente econômicos, o que contribuiu para o apelo inicial do Pinto.
Com o passar dos anos, as opções de motor do Ford Pinto foram evoluindo. Em 1974, foi introduzido um motor de 2.3L projetado nos Estados Unidos, oferecendo 85 cavalos de potência. No ano seguinte, um motor V6 de 2.8L, projetado na Europa, foi adicionado, oferecendo 97 cavalos de potência.
A crise do petróleo em 1973 destacou a eficiência dos motores do Ford Pinto, tornando-o uma escolha popular durante os períodos de escassez de combustível. No entanto, as mudanças na medição de potência, de bruta para líquida, resultaram em uma aparente redução da potência, com o motor de 1.6L caindo para 54 cavalos e o de 2.0L para 76 cavalos.
Problemas e controvérsias
Mas nem tudo foi tranquilo para o Ford Pinto. Um dos principais problemas que afetaram suas vendas foram os inúmeros casos de incêndio. A má localização do tanque de combustível, instalado atrás do eixo traseiro e próximo ao para-choque, fazia com que, em colisões traseiras, o tanque fosse empurrado, resultando em vazamento de combustível e, eventualmente, incêndios. Apenas a perua estava livre desse risco devido à sua traseira mais longa.
A controvérsia e os problemas de segurança começaram a afetar a imagem do Ford Pinto, com uma drástica queda nas vendas. Em 1975, apenas 223.000 unidades foram vendidas, uma queda significativa comparada aos anos anteriores.
Mudanças e tentativas de recuperação
A Ford tentou recuperar o terreno perdido introduzindo melhorias, como uma blindagem plástica no tanque de combustível e um gargalo de abastecimento mais robusto. Em 1977, o Ford Pinto ganhou uma nova grade de refrigeração do motor, luzes de direção redesenhadas e a versão curiosa do Cruising Wagon, uma perua customizada. Porém, essas mudanças não foram suficientes para reverter a tendência de queda nas vendas.
Fim da linha
Em 1980, com várias tentativas de renovação e pacotes de customização, o Ford Pinto não conseguiu recuperar seu antigo sucesso. A produção foi encerrada em julho daquele ano, com o carro sendo lembrado mais por seus problemas de segurança do que por seus méritos iniciais.
O Ford Pinto é um exemplo de como um design inovador e promissor pode ser arruinado por falhas críticas na segurança. Se a Ford tivesse adotado uma localização mais segura para o tanque de combustível, a história do Ford Pinto poderia ter sido bem diferente.
E aí, curtiu conhecer a história do Ford Pinto? Não esqueça de deixar seu comentário e compartilhar suas impressões sobre esse subcompacto que marcou época.