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Ford e Toyota baixam preços dos seus automóveis após surpreendente redução nos impostos, alegrando quem está procurando por um novo veículo

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 03/09/2024 às 16:40
Ford e Toyota baixam preços dos seus automóveis após surpreendente redução nos impostos, alegrando quem está procurando por um novo veículo
Ford e Toyota baixam preços dos seus automóveis após surpreendente redução nos impostos, alegrando quem está procurando por um novo veículo

Redução nos impostos tem impacto imediato nos preços de carros da Toyota e Ford, beneficiando os consumidores locais.

Uma surpreendente redução nos preços dos automóveis está dando o que falar. Em meio a uma crise econômica que parecia não ter fim, o governo deu um passo ousado ao reduzir o imposto PAIS, um dos principais tributos que incidem sobre os veículos no país.

Essa mudança impactou diretamente as montadoras Toyota e Ford, que rapidamente ajustaram seus preços, acendendo uma esperança para os consumidores da Argentina. Mas o que isso significa para o Brasil? Será que o nosso país deveria considerar uma medida semelhante para aliviar o bolso dos brasileiros?

No final de agosto de 2024, a Argentina anunciou uma redução significativa no imposto PAIS, que passou de 17,5% para 7,5%.

Esse imposto, instituído em dezembro de 2019 pelo então presidente Alberto Fernández e elevado pelo atual presidente Javier Milei em 2023, incide sobre as importações realizadas com o “dólar oficial” vendido pelo Banco Central da Argentina.

A redução visa aliviar o setor automotivo, tanto em peças quanto em veículos, e já começou a mostrar efeitos imediatos no mercado.

Toyota dá o pontapé inicial na redução de preços

No dia 2 de setembro, a Toyota foi a primeira montadora a responder à nova alíquota, reduzindo os preços de seus veículos produzidos na Argentina, como a picape Hilux, o SUV SW4 e o furgão Hiace.

De acordo com o Motor1.com Argentina, os preços caíram em média 2% para os modelos fabricados localmente e 4% para os importados. Essa medida trouxe alívio para os consumidores que buscam modelos populares como a Hilux e a SW4, que também são importados para o Brasil.

Por exemplo, a versão Chassi Cabine da Hilux, muito popular entre os argentinos e brasileiros, caiu de 29.789.000 pesos (cerca de R$ 175,2 mil) para 29.193.000 pesos (R$ 171,7 mil), uma redução de 596.000 pesos (R$ 3,5 mil).

Já a versão GR-Sport, mais robusta, passou de 68.812.000 pesos (R$ 404,9 mil) para 67.436.000 pesos (R$ 396,9 mil), uma queda de 1.376.000 pesos (R$ 8 mil).

Ford segue a estratégia da Toyota

Logo após o anúncio da Toyota, a Ford decidiu seguir a mesma estratégia, reduzindo os preços de toda a sua linha na Argentina a partir do dia 3 de setembro.

Entre os modelos que mais interessam ao mercado brasileiro está a Ranger, cuja versão XL 4×4 teve uma redução significativa de 1.281.730 pesos (R$ 7,5 mil), caindo de 42.731.000 pesos (R$ 251,4 mil) para 41.449.070 pesos (R$ 243,9 mil).

Essa competição acirrada no mercado argentino está beneficiando os consumidores locais, mas ainda não há indícios de que essas reduções de preço sejam refletidas no Brasil.

Impacto no mercado brasileiro: devemos esperar por algo semelhante?

A redução no imposto PAIS e a consequente queda nos preços dos veículos na Argentina levantam uma questão importante: será que o Brasil deveria considerar uma medida semelhante?

Com uma carga tributária que pesa no bolso dos consumidores, principalmente no setor automotivo, a possibilidade de redução de impostos como IPI e ICMS poderia trazer alívio para quem deseja adquirir um novo veículo.

No entanto, essa possibilidade parece distante no atual cenário econômico brasileiro, que enfrenta desafios fiscais e um mercado volátil.

O que dizem os especialistas?

Especialistas em economia e tributos afirmam que uma redução nos impostos sobre veículos no Brasil poderia estimular o mercado automotivo, aumentar as vendas e gerar um impacto positivo na economia como um todo.

Porém, eles também alertam para as consequências fiscais de uma medida dessa natureza. Conforme o economista José da Silva, uma diminuição dos impostos automotivos no Brasil teria que ser cuidadosamente planejada para evitar desequilíbrios no orçamento do governo e impactos negativos em outros setores.

Será que o Brasil deveria seguir o exemplo da Argentina?

A decisão do governo argentino de reduzir impostos e a rápida resposta das montadoras Toyota e Ford trazem à tona um debate relevante para o Brasil.

Com o aumento constante dos preços de veículos no país, uma medida similar poderia beneficiar os consumidores brasileiros e estimular o mercado.

Mas, será que o governo brasileiro estaria disposto a sacrificar parte de sua arrecadação para aliviar o peso dos impostos sobre os automóveis? Essa é uma questão que, certamente, merece ser discutida.

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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