A operação de busca e captura dos espiões norte-coreanos, desencadeada pelo encalhe de um submarino na Coreia do Sul em 1996, envolveu 40.000 soldados ao longo de 49 dias, revelando a intensidade das tensões e o alto nível de preparação militar entre as duas Coreias.
Em uma operação dramática que se estendeu por quase dois meses, forças da Coreia do Sul mobilizaram mais de 40.000 soldados na busca por espiões norte-coreanos, após o encalhe acidental de um submarino norte-coreano na costa sul-coreana. A operação expôs não apenas a intensa vigilância militar entre as duas nações, mas também a extrema preparação dos espiões para evitar a captura a qualquer custo.
Em 18 de Setembro de 1996, um episódio inusitado marcou a já tensa relação entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul. Um submarino norte-coreano, após uma missão de espionagem mal-sucedida, encalhou próximo à costa sul-coreana. O incidente desencadeou uma das maiores operações de busca na história recente do país, envolvendo um efetivo de 40.000 soldados, além de policiais e agentes de segurança.
Ao final, apenas um dos espiões do submarino norte-coreano foi capturado vivo; ele mais tarde se tornou instrutor na Marinha da Coreia do Sul
Os 26 tripulantes do submarino norte-coreano, todos militares, abandonaram a embarcação e tentaram fugir para o norte. No entanto, sua presença foi rapidamente detectada por um taxista local que notou algo suspeito e alertou as autoridades. O que se seguiu foi uma caçada humana intensa e letal que durou 49 dias.
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A operação teve momentos de grande violência. Inicialmente, um grupo de soldados norte-coreanos foi encontrado morto com tiros na cabeça, em um aparente ato de suicídio coletivo para evitar a captura. Outros confrontos entre as tropas sul-coreanas e os fugitivos resultaram em várias baixas de ambos os lados. Ao final, apenas um dos espiões foi capturado vivo; ele mais tarde se tornou instrutor na Marinha da Coreia do Sul.
Questões sobre a eficácia dos métodos de vigilância e a prontidão das forças sul-coreanas
O custo da operação foi astronômico, estimado em cerca de 187 milhões de dólares na época, e levantou questões sobre a eficácia dos métodos de vigilância e a prontidão das forças sul-coreanas. Além disso, o incidente ilustrou o extremo treinamento e a determinação dos agentes norte-coreanos, que estavam preparados para morrer em vez de se renderem.
Este episódio ressalta não apenas as complexidades da vigilância e espionagem militar na península coreana, mas também a persistente hostilidade e desconfiança entre as duas Coreias. Ainda hoje, essas relações continuam a influenciar a segurança e a política na região Ásia-Pacífico.