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Foi cargueiro, navio militar e até biblioteca — hoje, navio mais antigo do mundo é hotel de luxo de US$ 18 mi na Indonésia

Publicado em 21/08/2025 às 16:18
SS Medina, Navio, Hotel de luxo
Doulos Phos The Ship Hotel fica em uma ilha em formato de âncora na Indonesia. — Foto: Reprodução/Instagram/@doulosphostheshiphotel
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Navio centenário SS Medina foi salvo da sucata e, após restauração milionária, virou o luxuoso Doulos Phos The Ship Hotel na Indonésia

O que já foi considerado o navio de passageiros mais antigo do mundo ganhou uma nova vida em terra firme. Construído em 1914, o SS Medina passou por diferentes fases antes de se transformar no atual Doulos Phos The Ship Hotel, localizado na ilha de Bintan, na Indonésia.

Ao longo de mais de um século, a embarcação foi cargueiro, serviu em operações militares, fez viagens de cruzeiro e até se tornou uma biblioteca flutuante missionária.

Agora, após um processo de restauração que consumiu anos e milhões de dólares, virou um hotel de luxo fixado em solo, mantendo parte de sua memória preservada.

Uma história marcada por mudanças

O SS Medina iniciou sua trajetória transportando cebolas e outros produtos. Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, foi incorporado ao exército americano. Mais tarde, virou navio de passageiros e, em seguida, um cruzeiro de luxo.

Nos últimos anos de navegação, o navio foi batizado como MV Doulos, passando a operar como biblioteca flutuante missionária. Chegou a visitar mais de 100 países, levando livros e evangelização.

Durante essa fase, também viveu momentos de risco. Em 1991, separatistas muçulmanos atacaram o navio nas Filipinas com granadas. Dois evangelistas morreram no atentado.

O salvador do navio

Em 2010, sem condições de navegar e prestes a ser desmontado, o SS Medina foi leiloado. O empresário de Cingapura Eric Saw, então com 74 anos, decidiu arrematar a embarcação por 900 mil euros, cerca de US$ 1,1 milhão.

Ele conta que gastou 15 anos e sua própria fortuna para impedir que o navio fosse transformado em sucata.

Se eu não tivesse esse projeto, talvez tivesse uma Ferrari e uma Lamborghini na garagem. Mas senti que era um chamado de Deus”, disse em entrevista à CNN.

A partir da compra, iniciou-se um longo processo de restauração. Em 2015, com guindastes, rolos de ar e uma plataforma de concreto especialmente construída, o navio foi levado para terra firme.

Detalhes da restauração

O projeto custou cerca de US$ 18 milhões, quase 100 milhões de reais. O hotel mistura modernização com preservação da memória do passado.

Sistemas de segurança, elevadores e novos encanamentos foram instalados. Porém, elementos originais permanecem.

Seis botes salva-vidas ainda estão pendurados nas laterais. O motor antigo foi mantido intacto e parte das cabines originais foi preservada.

A hélice gigante, antes submersa, agora fica exposta. O casco de 130 metros de comprimento continua chamando atenção, construído com placas de aço presas por rebites.

A experiência do hóspede

Os corredores de teto baixo levam a cerca de 100 cabines e suítes. Algumas mantêm as tradicionais janelas redondas, enquanto outras receberam varandas privativas voltadas para o mar.

As diárias variam entre US$ 105 e US$ 235. A ideia é oferecer tanto a sensação de estar em um navio do passado quanto o conforto de um resort moderno.

Apesar dos valores cobrados, Saw afirma que não recebe salário, apenas US$ 1 simbólico por ano. Todo o lucro do hotel, segundo ele, é destinado a causas sociais cristãs.

O legado do SS Medina

Transformado em Doulos Phos The Ship Hotel, o antigo navio centenário mantém viva sua história. De cargueiro a cruzeiro, de navio missionário a hotel de luxo, a embarcação atravessou guerras, ataques e mudanças de propósito.

Ela é só uma massa de aço. O que fazemos com ela é o que dá significado”, disse Saw, chamando carinhosamente o transatlântico de “a grande dama dos mares”.

Hoje, no coração da ilha de Bintan, visitantes podem experimentar um pedaço dessa trajetória singular. O que um dia quase se tornou sucata, agora é destino turístico de quem busca uma hospedagem marcada por memória e exclusividade.

Com informações de G1.

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Romário Pereira de Carvalho

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