Após anos de força, Fundo Monetário Internacional aponta que a moderação da demanda e o impacto de tarifas de importação acendem um alerta sobre o crescimento e a inflação.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou nesta quinta-feira que a economia dos EUA está exibindo claros sinais de pressão. Após um longo período de resiliência, a demanda doméstica está se moderando e o crescimento do emprego desacelera, indicando novos e importantes desafios para o cenário econômico do país.
Demanda em baixa e freio no emprego: os sintomas do desaquecimento
A economia dos EUA, que se mostrou bastante resistente nos últimos anos, começa a dar sinais de esgotamento. Segundo a porta-voz do FMI, Julie Kozack, “a demanda doméstica tem se moderado nos EUA, e o crescimento do emprego está desacelerando”.
A confirmação desse cenário veio com dados do governo americano. Foi informado que, nos 12 meses até março, foram criados 911 mil empregos a menos do que o estimado anteriormente. Essa revisão, classificada pelo FMI como “um pouco maior” que a média, indica que o mercado de trabalho já estava estagnado antes da imposição de tarifas agressivas.
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Como as tarifas de importação se tornaram uma ameaça inflacionária
Um fator central de preocupação são as tarifas impostas às importações. De acordo com o FMI, essas taxas aumentam os riscos de alta para a inflação, que caminha para a meta de 2% estabelecida pelo Federal Reserve (Fed), o banco central americano.
Julie Kozack explicou que a antecipação de importações no início do ano, como forma de evitar as tarifas, gerou volatilidade na atividade econômica. Agora, o efeito dessas taxas sobre os preços se torna um risco concreto e iminente.
A recomendação do FMI ao banco central americano sobre os juros
Diante da combinação desses fatores, o FMI enxerga espaço para o Federal Reserve reduzir a taxa de juros. No entanto, a instituição faz uma ressalva importante: qualquer decisão deve ser tomada com cautela.
A orientação é que o Fed acompanhe de perto os dados econômicos emergentes antes de realizar qualquer alteração, buscando equilibrar o estímulo à economia dos EUA com o controle dos riscos inflacionários.
Números revisados do emprego confirmam a nova realidade econômica
A significativa revisão para baixo nos números de emprego funciona como uma prova do desaquecimento. A constatação de que o crescimento de vagas já estava em ritmo mais lento reforça o cenário de moderação e sugere que a economia dos EUA enfrenta desafios estruturais que vão além das políticas comerciais recentes.

                        
                                                    
                        
                        
                        
                        

        
        
        
        
        
        
        
        
        
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