País está entre os 10 mais inovadores do mundo, segundo o Índice Global, e oferece apoio a startups e talentos que queiram se desenvolver na Europa
Destino promissor para brasileiros no exterior, a Finlândia é o país certo para fundadores de startups que desejam estabelecer ou realocar os negócios no mercado de tecnologia. O Mapeamento do Ecossistema de Inovação no Exterior: Finlândia de 2023 aponta que o país possui mais de 3.821 startups, e tem um valor de mercado combinado de 48,2 bilhões de euros.
O país nórdico também é o 13º ecossistema emergente mais promissor para startups, segundo Global Startup Ecosystem Index 2023, por isso, a Work in Finland está acolhendo talentos internacionais, incluindo brasileiros, para explorar oportunidades no país.
Já no ranking que avalia os ecossistemas globais de inovação de acordo com 80 indicadores, a Finlândia é o sexto país do mundo com o melhor ambiente para inovação, de acordo com o Índice Global de Inovação – GII 2023. Todavia, apesar do bom desempenho, o país nórdico quer se tornar ainda mais competitivo mundialmente e por isso, busca atrair startups brasileiras inovadoras.
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Sendo um país com uma população de 5,5 milhões de habitantes, a Finlândia tem histórias de sucesso globais, incluindo o domínio dos telemóveis Nokia, o primeiro monitor de frequência cardíaca, a caixa-preta dos aviões, o 5G e o sistema operativo Linux. Os setores-chave incluem o jogo, a bioeconomia, as tecnologias limpas e inteligentes, a saúde e o bem-estar, as TIC e a digitalização, e as viagens e o turismo.
SLUSH 2023
Para promover este ecossistema, Helsinki, capital da Finlândia, promove de 30 de novembro a 1 de dezembro, o principal evento de startups do mundo: SLUSH 2023. O evento, que deverá reunir mais de 13.000 pessoas, contará com 5.000 startups e 3.000 investidores nacionais e internacionais em busca de oportunidades e conhecimento sobre o ecossistema de inovação finlandês.
A brasileira Ana Camargo, 29 anos, é designer de jogos e deixou a carreira consolidada no Brasil para se arriscar no mercado de trabalho finlandês em 2021. Além de criar anúncios de minigames para grandes estúdios como freelancer, ela abriu sua própria startup de produtos digitais interativos para crianças. “Participei de uma palestra em uma das incubadoras, apresentei meu projeto, eles gostaram e me incentivaram a montar minha própria empresa e me ajudaram a colocar os planos em prática. além de uma assessora do setor empresarial que me orientou em todo o processo”, afirma.
Entusiasmada com as oportunidades de negócios no país, é presença confirmada na SLUSH e está ansiosa pelas oportunidades. “É meu primeiro ano na Slush, então minha expectativa para o evento é me conectar com o maior número de pessoas possível, fazer networking e receber feedback de especialistas sobre o meu negócio”, afirma Ana.
Incentivos
Para favorecer o ambiente de negócios para empresas que iniciam a jornada no mercado de tecnologia, a Finlândia oferece financiamento para pesquisa e desenvolvimento de produtos e oportunidades, especialmente para pequenas e médias empresas. O financiamento destina-se às empresas estabelecidas e sediadas na Finlândia.
“Os fundadores de startups brasileiras consideram o ecossistema da Finlândia interessante porque o ambiente de negócios é estável, a sociedade é segura e transparente, com um nível de burocracia relativamente baixo. O que posiciona o país como um dos lugares mais favoráveis aos negócios do mundo”, afirma Hanna Riski, da Work in Finland.
O Brasil foi considerado um dos países prioritários para a estratégia de atração de talentos finlandesa, e o escritório Business Finland em São Paulo tem implementado atividades de atração de startups no país.
Oportunidades na Finlândia
A Finlândia também reduz a burocracia no processo de concessão do “Startup Permit”, visto de residência para equipes de startups que tenham uma ideia de negócio inovadora e escalável.
Segundo Alessandra Leone, Gerente de Talentos da Work in Finland, unidade do Business Finland, “com o foco da Finlândia nos mercados de energia renovável, alimentos, bioeconomia, computação quântica, defesa, telecomunicações, saúde e jogos eletrônicos, o país certamente pode ser o próximo passo para as mais de 13 mil startups brasileiras, que já estão vivenciando o amadurecimento do mercado brasileiro e têm condições de explorar o mercado internacional”.
Um dos conselhos que Ana dá a quem quer fazer negócios além das fronteiras é pesquisar primeiro sobre o país, tendo em conta o mercado local, que, no caso da Finlândia, tem forte presença na educação e na tecnologia. “Tenha em mente o que você procura. Pesquise as empresas que já existem para não competir com quem já está bem estabelecido e, por fim, procure os serviços que os órgãos públicos estão oferecendo para fundadores de startups e talentos internacionais”, conclui a designer de jogos.