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Finlândia descobre o combustível do futuro que supera o hidrogênio e já está secretamente produzindo-o sob o Ártico

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 29/08/2024 às 09:01
Atualizado em 03/09/2024 às 18:54
Foto: Reprodução

Finlândia encontra o combustível do futuro, muito mais eficiente que o hidrogênio, e inicia produção secreta sob o Ártico para liderar a nova era de energia sustentável

A Finlândia estabeleceu um marco significativo ao ultrapassar economias como Estados Unidos, Japão e China na corrida pelo combustível do futuro. Este novo combustível, diferente do hidrogênio e do etanol, promete revolucionar a matriz energética global.

O país nórdico apresentou uma fonte de energia que capturou a atenção de especialistas em todo o mundo e já está sendo utilizada nos primeiros motores desenvolvidos, indicando uma tendência imparável que pode colocar a Finlândia na vanguarda como líder no uso de combustíveis renováveis.

A nova aposta da Finlândia no campo do combustível do futuro é a amônia renovável, um componente que foi recentemente integrado em uma instalação de grande escala em Kokkola.

Esta instalação é o resultado da colaboração entre as empresas Hy2Gen e Flexens, e representa um passo gigantesco em direção a um futuro sustentável, proporcionando uma solução viável para a escassez de recursos energéticos renováveis.

Localizada estrategicamente no Parque Industrial de Kokkola, a planta tem a capacidade impressionante de produzir 760.000 toneladas métricas de amônia renovável anualmente. Utilizando 1 GW de eletricidade proveniente de fontes renováveis para a produção de hidrogênio, a Plug Power executa operações em um local próximo, enfatizando a sinergia entre as tecnologias de combustível do futuro.

Este projeto inovador não só visa reduzir as emissões de carbono, mas também implementar uma infraestrutura energética eficiente e sustentável.

Hidrogênio é o futuro?

A planta se destina a produzir 85 toneladas métricas de hidrogênio líquido renovável diariamente, utilizando eletrolisadores PEM de 1 GW fornecidos pela Plug Power.

Este hidrogênio é um elemento crucial na fabricação de 760.000 toneladas métricas de amônia renovável, destacando-se como um pilar na estratégia de exportação devido à proximidade com o porto de Kokkola, facilitando o transporte marítimo internacional.

Planejada para iniciar as operações até o final de 2027, a planta de hidrogênio e amônia renováveis é uma promessa para o futuro de baixo carbono da Finlândia.

A Flexens, um dos principais parceiros, planeja desenvolver um projeto adicional de hidrogênio verde e amônia na mesma área, ampliando a influência e o alcance deste empreendimento.

O projeto Kokkola é notável por várias características: a capacidade de produção de amônia renovável é uma das mais altas globalmente, com uma redução anual estimada de até 1.220.000 toneladas métricas de CO2.

O complexo será erguido em um terreno de 55 hectares, com a colaboração de parceiros como Hy2Gen, Plug Power, Flexens, KIP Infra, Kokkolan Energia, Gasgrid Finland e Nordion Energi, todos comprometidos com o avanço do hidrogênio como combustível do futuro.

A utilização de amônia como combustível para veículos abre novas perspectivas para o combustível do futuro, particularmente no setor de transporte, onde o hidrogênio já desempenha um papel fundamental.

Veículos movidos a amônia prometem ser uma alternativa mais verde em comparação com os combustíveis convencionais, com potencial para reduzir significativamente as emissões de gases de efeito estufa e alinhando-se às crescentes demandas ambientais dos consumidores.

Embora a implementação completa ainda seja uma visão futura, o otimismo permeia a indústria automotiva, motivada pelas inovações finlandesas no uso de hidrogênio e amônia.

Com a crescente necessidade de soluções sustentáveis para a crise energética e ambiental, as montadoras ao redor do mundo estão intensificando suas pesquisas e desenvolvimento de alternativas inovadoras.

Uma dessas alternativas é o uso da amônia como combustível. Tradicionalmente associada ao setor marítimo, onde já vem sendo testada para a propulsão de embarcações, a amônia está agora ganhando atenção como um potencial combustível para veículos terrestres.

Com seu perfil livre de carbono, a amônia poderia não apenas revolucionar o transporte marítimo, mas também abrir caminho para a criação dos primeiros motores de automóveis especificamente desenvolvidos para funcionar com este novo combustível.

Se essa transição ocorrer, a amônia poderá desempenhar um papel crucial na transformação do cenário energético global, oferecendo uma solução viável e sustentável para a descarbonização do setor de transporte.

As implicações são vastas, podendo reconfigurar a infraestrutura de abastecimento e catalisar uma mudança significativa em direção a um futuro mais limpo e eficiente.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail flclucas@hotmail.com.

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