Tratamento inédito corrige visão em 1 minuto sem cortes ou lasers. Técnica de remodelação da córnea é vista como marco na oftalmologia moderna.
A oftalmologia pode estar diante de uma das maiores revoluções da sua história. Pesquisadores apresentaram um tratamento inédito corrige visão em 1 minuto, sem necessidade de incisões ou uso de laser, utilizando apenas uma pequena corrente elétrica e um molde de platina capaz de remodelar a córnea. A técnica, chamada de Remodelação Eletromecânica (EMR), já é considerada por especialistas um marco na área médica, pois representa uma alternativa menos invasiva ao LASIK, cirurgia que ainda é a principal opção para quem deseja abandonar os óculos.
O problema dos métodos atuais: quando a cirurgia ainda “talla” o olho
O LASIK é hoje o procedimento mais utilizado no mundo para correção de miopia, hipermetropia e astigmatismo. No entanto, o método remove tecido corneal, o que não pode ser regenerado. Além disso, a cirurgia depende da espessura da córnea e nem todos os pacientes têm estrutura adequada para o corte realizado pelo laser.
É justamente nesse ponto que surge a nova proposta: uma tecnologia sem cortes para corrigir visão, moldando o tecido sem destruí-lo.
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Como funciona a remodelação da córnea
A córnea, camada transparente que cobre a frente do olho, é composta principalmente de colágeno, mantido rígido por ligações iônicas.
A pesquisa descobriu que, ao aplicar um pequeno potencial elétrico sobre a córnea, ocorre uma eletrólise que altera temporariamente o pH do tecido, tornando-o maleável. Com isso, é possível usar uma lente de platina como molde para ajustar a curvatura e corrigir defeitos de refração.
Após a aplicação da corrente elétrica, que dura cerca de um minuto, o pH retorna ao normal e a córnea recupera sua rigidez, mas agora já adaptada ao novo formato. Nos testes realizados em globos oculares de coelhos, a técnica corrigiu miopia de forma rápida e precisa, sem a necessidade de cortes ou lasers.
Fim dos óculos já é realidade?
Ainda que a técnica desperte entusiasmo, especialistas ressaltam que há um longo caminho até que o fim dos óculos já é realidade para milhões de pessoas. O estudo ainda está em fase experimental e os testes foram feitos em olhos ex vivo.
O próximo passo é a realização de experimentos em animais vivos, seguidos de ensaios clínicos em humanos, o que pode levar anos. Além disso, a aprovação da FDA será fundamental para validar a segurança do procedimento antes de sua aplicação em larga escala.
Inovação médica para corrigir problemas de visão
A inovação não está apenas na velocidade do procedimento, mas também na redução de custos e no acesso. Como não exige equipamentos complexos, a técnica pode ser mais barata que o LASIK, ampliando o alcance a pacientes em países com menos recursos.
Outra possibilidade em estudo é o uso da EMR para reverter opacidades corneais causadas por produtos químicos, um problema que hoje só pode ser tratado com transplante de córnea.
Tratamento ocular sem laser aprovada por médicos: promessas e limites
O professor Michael Hill, do Occidental College, e o cirurgião Brian Wong, da Universidade da Califórnia, lideram a pesquisa e afirmam que a técnica é promissora justamente por moldar a córnea em vez de destruir tecido.
Ainda assim, o próprio grupo reconhece que serão necessários anos de pesquisa até que a EMR se torne um tratamento ocular sem laser aprovado por médicos e utilizado em hospitais e clínicas.
Grande parte da motivação por trás dessas inovações vem da demanda estética e de comodidade. Muitas pessoas buscam alternativas para abandonar os óculos, seja por motivos profissionais, de autoimagem ou até esportivos. A nova técnica se insere nesse contexto, oferecendo a possibilidade de corrigir a visão em menos de um minuto, sem riscos de complicações associadas a cortes ou ao uso de laser.
Nova técnica da oftalmologia moderna pode mudar o futuro dos tratamentos
Se comprovada em humanos, a EMR poderá se consolidar como uma nova técnica da oftalmologia moderna, revolucionando o modo como problemas de visão são tratados no mundo.
Mais do que substituir cirurgias caras e invasivas, ela pode democratizar o acesso a um tratamento seguro, rápido e eficaz, trazendo benefícios para milhões de pessoas.
E você, acredita que essa inovação será capaz de substituir definitivamente os óculos e mudar os rumos da oftalmologia nos próximos anos?