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Fim do petróleo? Brasil pode ter que importar petróleo caso ‘novo pré-sal’ não seja liberado pelo Ibama

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 20/02/2025 às 11:45
Brasil pode precisar importar petróleo em 10 anos se exploração na Margem Equatorial não for liberada pelo Ibama.
Brasil pode precisar importar petróleo em 10 anos se exploração na Margem Equatorial não for liberada pelo Ibama.
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Brasil pode perder sua autossuficiência em petróleo! Se o Ibama não liberar a exploração na Margem Equatorial, o país poderá que importar o recurso. A Petrobras alerta para riscos energéticos e ambientais, enquanto ambientalistas tentam barrar os avanços.

O futuro energético do Brasil pode estar em jogo, e poucos estão atentos a isso, informou o jornal Diário Centro do Mundo.

O país, historicamente autossuficiente em petróleo, enfrenta um dilema que pode comprometer sua produção interna e obrigá-lo a depender da importação do recurso nos próximos anos.

A decisão do Ibama sobre a exploração da Margem Equatorial pode definir se o Brasil continuará como potência petrolífera ou se precisará buscar fornecedores no exterior.

Segundo a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, a Margem Equatorial representa uma nova fronteira energética para o Brasil.

A região, que se estende do Rio Grande do Norte ao Amapá, é considerada promissora para a extração de petróleo e comparada ao pré-sal devido ao seu potencial de reservatórios de grande porte.

Conforme o jornal, se a exploração não for liberada, o país pode enfrentar dificuldades de abastecimento em até uma década.

A importância da Margem Equatorial

A Petrobras já perfurou mais de 700 poços na região, sempre seguindo protocolos rigorosos de segurança e impacto ambiental.

Apesar disso, a extração enfrenta forte oposição de ambientalistas, que alertam para os riscos ao ecossistema marinho e às comunidades locais.

Atualmente, a Petrobras tem autorização para perfurar dois poços na costa do Rio Grande do Norte.

No entanto, o Ibama negou pedidos para perfuração em outras áreas estratégicas, como a Bacia da Foz do Amazonas.

A estatal aguarda uma reconsideração da agência ambiental para seguir com seus planos de exploração.

Além da questão ambiental, há também desafios logísticos e tecnológicos que podem impactar a viabilidade da exploração na Margem Equatorial.

A profundidade da região e as condições climáticas adversas exigem equipamentos de ponta e altos investimentos.

Sem as licenças, esses investimentos ficam paralisados, prejudicando o avanço da pesquisa e desenvolvimento na área.

Impactos e desafios da falta de licenciamento

A falta de licenças ambientais representa um entrave significativo para a empresa e para o país.

Mesmo que as autorizações sejam concedidas em breve, a Petrobras estima que a perfuração na região só começaria a partir de 2025, devido ao tempo necessário para mobilização e transporte dos equipamentos.

Cada dia sem exploração representa não apenas atrasos operacionais, mas também impactos financeiros severos.

Para atender às exigências ambientais, a Petrobras está investindo na criação de centros de reabilitação de fauna, essenciais para mitigar danos em caso de derramamento de óleo.

Um desses centros já está em operação no Pará, e outro será inaugurado no primeiro trimestre de 2025 em Oiapoque, no Amapá.

O Brasil tem buscado alternativas para manter sua autossuficiência energética, incluindo o investimento em fontes renováveis como energia solar e eólica.

No entanto, a dependência do petróleo ainda é alta, especialmente para setores como transporte e indústria petroquímica.

A não exploração da Margem Equatorial pode acelerar a necessidade de importação de petróleo e derivados, impactando diretamente a economia nacional.

O que está em jogo para o Brasil?

A questão vai além da Petrobras. Se o Brasil não explorar seus próprios recursos, terá de recorrer ao mercado internacional para suprir sua demanda.

Isso pode encarecer combustíveis, impactar a economia e aumentar a dependência de países exportadores de petróleo.

Além disso, a Petrobras tem investido em tecnologias que reduzem a emissão de CO₂ na produção de petróleo, alinhando-se às metas globais de transição energética.

O impasse ambiental pode atrasar a modernização do setor e afetar a posição do Brasil no cenário energético mundial.

Especialistas alertam que, sem novos investimentos na exploração e produção de petróleo, o Brasil pode enfrentar um declínio na produção interna a partir de 2035.

Isso tornaria o país dependente de importações, afetando a balança comercial e aumentando a vulnerabilidade diante das oscilações do preço do barril no mercado internacional.

A capacidade de refino também precisaria ser ampliada para atender à nova realidade de importação, o que demandaria investimentos bilionários.

O futuro da exploração na Margem Equatorial

A decisão final sobre a concessão das licenças para exploração na Margem Equatorial ainda está pendente.

Enquanto isso, a Petrobras continua pressionando por uma resposta do Ibama, alegando que a exploração responsável pode garantir a autossuficiência energética do Brasil sem comprometer o meio ambiente.

Se a liberação não ocorrer, o país pode enfrentar desafios sem precedentes no setor energético.

A dúvida que fica é: o Brasil conseguirá equilibrar preservação ambiental e necessidade de produção, ou caminhará para um futuro dependente de petróleo estrangeiro?

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, passagens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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