Os últimos ativos da MMX, mineradora de Eike Batista, serão leiloados em agosto, em mais um capítulo do desmonte do antigo império do empresário que já foi o homem mais rico do Brasil.
Os ativos que a massa falida da MMX, mineradora fundada por Eike Batista, ainda detém no Porto do Sudeste, em Itaguaí (RJ), irão a leilão no dia 19 de agosto. O lance mínimo para os títulos e ações foi fixado em R$ 60 milhões, em um processo que representa um dos últimos capítulos do desmonte do antigo Império X.
De acordo com matéria publicada pela Agência O Globo, o leilão é parte do processo de falência da MMX, decretada em 2021. Enquanto a justiça vende as “sobras” de seu antigo império, Eike Batista já trabalha em uma nova empreitada, desta vez focada em combustíveis verdes e criptoativos.
O que está sendo leilado? As “sobras” da mineradora MMX
O leilão, que será conduzido pelo leiloeiro Erick Soares Teles, engloba a participação que a MMX, empresa de mineração de Eike Batista, ainda possuía no Porto do Sudeste.
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Os ativos incluem 9.519.226 debêntures (títulos de dívida que podem ser convertidos em ações) e 6.336.766 ações do porto. Juntos, esses ativos foram avaliados em R$ 57,88 milhões, mas o lance mínimo no leilão foi definido em R$ 60 milhões.
A história do Porto do Sudeste: o projeto que afundou com o Império X
O Porto do Sudeste, localizado na Baía de Sepetiba, foi um projeto ambicioso, projetado para escoar a produção de minério de ferro da MMX em Minas Gerais.
No entanto, com a derrocada do grupo EBX, holding de empresas de Eike Batista, a mineradora entrou em recuperação judicial. Em 2014, o controle do porto foi vendido para a gigante holandesa de commodities Trafigura e para o fundo soberano de Abu Dhabi, o Mubadala. A falência da MMX foi decretada em 2021.
Os detalhes do leilão: como vai funcionar a venda?
O leilão dos ativos de Eike Batista será realizado presencialmente no dia 19 de agosto, na 4ª Vara Empresarial da Justiça do Estado do Rio de Janeiro.
O processo utilizará um sistema conhecido como “stalking horse offer”. O fundo Planck Investimentos em Infraestrutura já foi definido como o primeiro proponente e tem a preferência para levar os ativos pelo valor mínimo. Outros interessados terão que apresentar propostas maiores, e o Planck terá o direito de cobrir a melhor oferta.
Onde anda Eike Batista? A aposta em combustível verde e criptoativos
Enquanto seu antigo império é leiloado, Eike Batista já trabalha para voltar à cena dos grandes negócios. Condenado na Justiça e pela CVM, o empresário agora aposta em combustível verde.
Seu novo projeto visa a produção de etanol a partir de uma “supercana-de-açúcar”, que seria usado também para fabricar combustível sustentável de aviação (SAF) e embalagens biodegradáveis. Para financiar a empreitada, Eike Batista planeja levantar US$ 100 milhões com a venda de um criptoativo, o “Eike token”, que teve sua comercialização barrada pela CVM no Brasil.
O legado de Eike Batista: do auge à queda
O leilão dos ativos da MMX é mais um passo no longo processo de desmonte do que já foi um dos maiores conglomerados empresariais do Brasil. Para Eike Batista, que já foi o sétimo homem mais rico do mundo, o evento representa o fim de um ciclo e a tentativa de um recomeço em uma área totalmente nova.
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