Pesquisadores da Universidade de Stanford identificaram o niobofosfeto como um condutor ultrafino que supera o cobre em eficiência para eletrônicos avançados.
Na corrida para tornar a tecnologia cada vez menor e mais eficiente, surge um novo candidato que promete revolucionar o setor de eletrônica: o fosfeto de nióbio. Cientistas da Universidade de Stanford descobriram que este material não convencional supera o cobre em condutividade elétrica quando reduzido a filmes ultrafinos.
Isso representa um avanço importante na fabricação de dispositivos cada vez mais compactos.
Um material além do convencional
O cobre, amplamente usado em eletrônica, enfrenta limitações em escalas nanométricas. Quando reduzido abaixo de 50 nanômetros, sua condutividade diminui drasticamente, comprometendo sua eficiência em dispositivos modernos.
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Mas o fosfeto de nióbio, classificado como um semimetal topológico, inverte essa lógica. Conforme o Dr. Asir Intisar Khan, principal autor do estudo, o material demonstra um comportamento único: sua resistividade diminui conforme sua espessura é reduzida, permitindo uma condutividade superior mesmo em dimensões menores que 5 nanômetros.
A propriedade única do fosfeto de nióbio está em sua estrutura eletrônica. Suas superfícies externas são intrinsecamente mais condutoras do que o interior, uma característica rara que o torna altamente eficiente para transportar sinais elétricos em filmes finos. “Essa descoberta redefine os limites dos condutores metálicos em nanoeletrônica“, afirma Khan.
Impacto prático
A aplicabilidade desse material vai além da teoria. O professor Yuri Suzuki, coautor do estudo, explicou que a fabricação de filmes ultrafinos de fosfeto de nióbio é possível em temperaturas de apenas 400 °C, bem mais baixas que as exigidas por materiais cristalinos tradicionais.
Isso facilita sua integração nos processos já existentes de fabricação de chips baseados em silício.
A capacidade de produzir condutores em temperaturas mais baixas não apenas reduz custos, mas também abre caminho para dispositivos mais eficientes.
Essa inovação pode impactar diretamente setores como data centers, onde a densidade de chips exige soluções energeticamente eficientes. “Em larga escala, mesmo pequenos ganhos de eficiência podem gerar economia substancial de energia”, ressalta Khan.
Desafios e avanços técnicos
Embora o fosfeto de nióbio tenha sido estudado anteriormente, adaptá-lo para uso em eletrônica ultrafina apresentou desafios significativos.
A equipe precisou desenvolver técnicas específicas para criar filmes não cristalinos com propriedades elétricas superiores. Essa abordagem desafiou o paradigma tradicional de que materiais cristalinos são indispensáveis para alta condutividade.
Ao otimizar substratos e condições de deposição, os cientistas conseguiram produzir fios compatíveis com as demandas da nanoeletrônica.
Essa inovação é um marco na busca por materiais que combinem eficiência elétrica com viabilidade de fabricação.
Próximos passos e novas fronteiras
O estudo de Stanford marca apenas o começo da exploração do potencial do fosfeto de nióbio. Os pesquisadores estão atualmente transformando os filmes em fios e testando sua durabilidade em condições reais.
Além disso, materiais semelhantes estão sendo investigados para identificar propriedades ainda melhores.
Xiangjin Wu, doutorando envolvido na pesquisa, destaca que o foco está em alcançar condutividade ainda maior. “Queremos levar essa classe de materiais ao limite. O fosfeto de nióbio é só o início do que pode ser uma revolução no design de condutores ultrafinos.”
Essa descoberta pode inaugurar uma nova era na eletrônica, onde eficiência energética e miniaturização caminham lado a lado. Com avanços futuros, o fosfeto de nióbio e seus “primos” podem moldar a próxima geração de dispositivos, oferecendo desempenho superior sem os gargalos dos materiais tradicionais.
Os resultados completos foram publicados na revista Science.
O Estado de Minas Gerais ainda detém 49% da mina de nióbio de Araxá.
Aí está, o Brasil simplesmente podendo ser o quebrador de barreiras ao destruir todos os oligopólios de empresas estrangeiras de cobre ao desenvolver esse novo material a fim de explorar seus recursos próprios com as próprias mãos.
Ao invés disso, vende a terra para empresa privada de outro país basicamente render e exportar NOSSO RECURSO NACIONAL, é lastimável o nível de entreguismo e viralatismo brasileiro.
Vende a preço de bannanna você quis dizer. E o dinheiro ainda some, vai saber onde vai parar….
O gráfico não deveria fazer isso? Agora é o niobio? Kkkk
Vocês quis dizer grafeno? Se sim, o motivo é que grafeno é difícilmente separado do resto do grafite, e quando é, é em poucas quantidades, entendeu?