Pesquisadores da Universidade Carnegie Mellon desenvolvem tecnologia inovadora que usa a pele humana para carregar dispositivos sem baterias tradicionais.
A ideia de carregar dispositivos usando a própria pele parecia algo distante e até de ficção científica, mas agora está mais perto de se tornar realidade, graças aos pesquisadores da Universidade Carnegie Mellon, nos Estados Unidos. Eles desenvolveram uma nova tecnologia chamada Power-Over-Skin, que permite carregar dispositivos através da pele humana, sem o uso de baterias tradicionais.
Com essa tecnologia, a pele humana passa a ser uma fonte de energia para carregar diferentes tipos de dispositivos, oferecendo uma alternativa às baterias convencionais.
Como funciona a tecnologia power-over-skin?
A Power-Over-Skin usa a pele como um condutor de energia, transmitindo correntes elétricas através do corpo humano.
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O funcionamento é bastante simples: um transmissor alimentado por bateria envia energia através da pele para pequenos receptores localizados em dispositivos como anéis ou brincos.
Pesquisadores destacam que a energia viaja pela pele de forma similar a como o rádio transmite sinais por meio do ar
Isso significa que a pele humana, que normalmente usamos para sentir o mundo ao nosso redor, pode se tornar uma forma de carregar dispositivos, sem a necessidade de baterias externas.
De acordo com Andy Kong, um dos principais pesquisadores da Universidade Carnegie Mellon, “o objetivo da tecnologia Power-Over-Skin é permitir que a pele seja usada como um meio de transmissão de energia, assim como o ar transmite sinais para o rádio.”
Isso abre novas possibilidades para carregar dispositivos de baixo consumo de energia, como monitores de glicose no sangue, marcapassos, pulseiras fitness e até fones de ouvido, usando apenas a pele como uma “bateria viva”.
Desafios e avanços na transmissão de energia pela pele
Embora a tecnologia tenha mostrado um grande potencial, os pesquisadores sabem que ainda há muito a aprender sobre como otimizar a transmissão de energia pela pele.
Em suas pesquisas iniciais, os cientistas usaram ondas senoidais para transmitir a energia, mas descobriram que as ondas quadradas, com seu formato de pulso, são mais eficazes.
Essa descoberta foi feita acidentalmente, quando um erro de programação fez a máquina transmitir ondas quadradas, resultando em uma transmissão mais eficiente de energia.
Kong explica que as ondas quadradas, com seus ângulos retos, facilitam a transmissão de mais energia pela pele, o que é uma grande vantagem para a tecnologia Power-Over-Skin.
“Essa descoberta inesperada foi fundamental para melhorar a eficiência da transmissão de energia”, comenta Kong.
A equipe de pesquisadores agora está focada em aprimorar a tecnologia, com o objetivo de permitir que mais dispositivos possam ser carregados através da pele, sem a necessidade de baterias.
O potencial da pele como bateria do futuro
Apesar de a ideia de substituir todas as baterias por energia transmitida através da pele ser uma realidade distante, o avanço da Power-Over-Skin abre novas possibilidades para o futuro.
A pesquisa ainda está em seus estágios iniciais, mas os pesquisadores já estão explorando como aumentar a potência da energia transmitida pela pele.
“O próximo passo seria aumentar a potência em cerca de dez vezes”, diz Kong. Esse aumento poderia tornar a tecnologia mais viável para o uso em dispositivos mais exigentes, como fones de ouvido, abrindo caminho para uma nova geração de dispositivos portáteis carregados diretamente pela pele.
Ainda que não seja uma solução imediata para eliminar todas as baterias, a tecnologia Power-Over-Skin oferece um novo caminho para o carregamento de dispositivos e pode transformar a forma como lidamos com a energia no futuro.
Com o corpo humano funcionando como uma bateria viva, a pele se torna uma fonte de energia capaz de carregar dispositivos de forma eficiente e sem a necessidade de baterias externas.
A pele como fonte de energia?
Com o desenvolvimento da Power-Over-Skin, a tecnologia está caminhando para transformar a pele humana em uma bateria viva.
Isso representa um avanço em como pensamos sobre carregar dispositivos e usar a energia.