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Fim da Ford? CEO da empresa faz alerta de que a Ford pode desaparecer e o motivo é claro: o avanço chinês

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 03/07/2025 às 18:23
CEO da Ford alerta para o risco de desaparecimento da montadora diante do avanço chinês nos veículos elétricos. Entenda os desafios do setor.
CEO da Ford alerta para o risco de desaparecimento da montadora diante do avanço chinês nos veículos elétricos. Entenda os desafios do setor.
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CEO da Ford faz alerta sobre futuro da montadora diante do avanço chinês, destacando desafios da indústria automotiva global, inovação tecnológica e estratégias para manter competitividade no mercado internacional.

O alerta emitido pelo CEO da Ford, Jim Farley, durante o Aspen Ideas Festival, acendeu um sinal vermelho no setor automotivo internacional.

Segundo o site Notícias Automotivas, conforme o executivo, a continuidade da Ford como protagonista global está diretamente ameaçada pelo rápido crescimento das montadoras chinesas de veículos elétricos (EVs).

Farley afirmou que, caso a empresa norte-americana não consiga acompanhar o ritmo da China, o futuro da tradicional montadora pode estar seriamente comprometido.

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Avanço chinês desafia montadoras tradicionais

Farley expôs sua avaliação a partir de visitas recentes ao território chinês, destacando a capacidade produtiva e tecnológica que diferencia as empresas asiáticas.

De acordo com o CEO, a China já responde por 70% da produção mundial de veículos elétricos.

O impacto desse domínio ficou ainda mais evidente após a divulgação dos números do novo SUV elétrico YU7 da Xiaomi, que recebeu 200 mil pedidos em pouco tempo e apresenta preço inicial de US$ 35 mil.

Segundo ele, não é apenas o volume de produção que surpreende, mas também o avanço dos sistemas embarcados, que proporcionam experiências digitais inovadoras ao condutor e aos passageiros.

Além da eficiência industrial, Farley ressaltou que tecnologias de empresas como Huawei e Xiaomi já permitem ao usuário acessar uma série de funcionalidades digitais sem a necessidade de emparelhamento com smartphones, tornando a experiência a bordo mais fluida e intuitiva.

Essa integração, combinada ao custo-benefício dos EVs chineses, representa, segundo o executivo, um desafio significativo para as montadoras tradicionais dos Estados Unidos e da Europa.

O CEO definiu o que viu nas fábricas chinesas como “a coisa mais humilhante” em termos de inovação e capacidade técnica.

Estratégias da Ford diante do domínio da China

Esse cenário pressionou a Ford a rever sua estratégia global.

Apesar da urgência do contexto, a montadora americana decidiu apostar, por ora, em uma linha de veículos híbridos, buscando atender ao perfil de consumo predominante no mercado dos Estados Unidos, onde ainda existe resistência à migração completa para veículos totalmente elétricos.

Em 2025, essa decisão refletiu positivamente nas ações da companhia, que apresentaram valorização superior a 9% de acordo com dados da Business Insider.

O movimento da Ford, porém, ocorre em um ambiente de competição global acirrada.

Montadoras chinesas, apoiadas por políticas industriais robustas e investimentos em inovação, conseguiram acelerar o desenvolvimento de carros elétricos, superando rivais tradicionais tanto em tecnologia quanto em escala de produção.

O avanço chinês é atribuído, em parte, à cadeia produtiva consolidada, acesso facilitado a matérias-primas como lítio e cobalto, essenciais para a fabricação de baterias, e à rápida adoção de tecnologias digitais nos veículos.

Desafios do setor automotivo global

No mesmo evento, Farley destacou que as grandes montadoras ocidentais enfrentam desafios estruturais para implementar mudanças de forma tão ágil quanto as empresas asiáticas.

Entre os obstáculos, estão os altos custos de transição, o tempo de adaptação das fábricas e a necessidade de qualificação da mão de obra para lidar com sistemas elétricos e conectividade avançada.

Por outro lado, a China aproveitou o cenário de transformação da mobilidade global para se posicionar como líder em inovação e volume.

A escolha da Ford de priorizar modelos híbridos também reflete a realidade do consumidor norte-americano, que, embora demonstre interesse crescente por EVs, ainda considera aspectos como autonomia das baterias, infraestrutura de recarga e valor final dos carros antes de optar pela eletrificação completa.

Segundo a Associação Nacional dos Concessionários de Automóveis dos Estados Unidos, a participação dos veículos elétricos nas vendas totais ainda não ultrapassou 10% até o primeiro semestre de 2025, enquanto os híbridos apresentam crescimento sustentado.

Impacto global do domínio da China

O avanço da China no setor de veículos elétricos não é restrito ao mercado doméstico.

Empresas como BYD, Nio e XPeng expandem suas operações para a Europa, América Latina e outras regiões, elevando o grau de competitividade internacional.

A presença global dessas marcas é impulsionada por estratégias agressivas de preço, lançamento contínuo de novos modelos e tecnologia embarcada de ponta, fatores que vêm mudando o equilíbrio do setor automotivo.

Diante desse cenário, o desafio para empresas como a Ford é duplo: manter a relevância no mercado interno dos Estados Unidos enquanto buscam acompanhar o ritmo frenético de inovação imposto pelas montadoras chinesas.

A liderança de Jim Farley destaca o risco de inércia, ao afirmar que, caso não haja adaptação rápida, a Ford poderá perder espaço de forma irreversível no mercado global de veículos elétricos.

A situação da Ford levanta uma discussão sobre o futuro da indústria automotiva ocidental diante do domínio tecnológico e produtivo da China.

A montadora americana, com mais de um século de história, passa a ser símbolo de um dilema enfrentado por outras empresas tradicionais que buscam sobreviver em um mercado cada vez mais orientado pela digitalização, eficiência e sustentabilidade.

Como as montadoras ocidentais devem responder à pressão chinesa e garantir sua sobrevivência diante de uma transformação tão profunda no setor automotivo? Sua opinião pode ajudar a enriquecer o debate sobre o futuro da mobilidade global.

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, passagens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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