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Fim da era americana? Brasil busca na China a autonomia militar que os EUA negaram

Escrito por Carla Teles
Publicado em 08/08/2025 às 23:55
Fim da era americana? Brasil busca na China a autonomia militar que os EUA negaram
Por que o Brasil está enviando generais para a China? Descubra a nova estratégia de defesa do país, as ofertas de tanques e caças, e a busca por autonomia militar. Imagem: Caça Chengdu J-10
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Em junho de 2025, um decreto inédito envia generais para Pequim e abre portas para tanques, caças e tecnologia chinesa, redefinindo décadas de aliança militar com Washington.

Numa manobra geopolítica sem precedentes, o Brasil redefine sua estratégia de defesa, voltando-se para a China. A mudança foi selada com um decreto em junho de 2025, que autorizou pela primeira vez na história a presença permanente de generais brasileiros em Pequim. Esta decisão surge como resposta direta a décadas de frustração com os Estados Unidos, especialmente pela falta de transferência de tecnologia militar, um pilar que a nova parceria com o gigante asiático promete fortalecer.

Generais brasileiros em Pequim pela primeira vez

O ponto de virada na relação entre Brasil e China foi a oficialização, pela primeira vez na história, da presença fixa de oficiais-generais do Brasil na China. O decreto histórico determina que um general do Exército e outro da Marinha passarão a residir permanentemente em Pequim. A medida é um dos resultados mais concretos das reuniões setoriais iniciadas no final do ano anterior, sinalizando uma nova era de cooperação.

O histórico de influência estrangeira: da França aos Estados Unidos

A doutrina do Exército brasileiro foi moldada por duas grandes influências externas. A primeira, a francesa, durou de 1919 a 1940. A partir de então, iniciou-se a influência norte-americana, que começou com a cessão de bases no Nordeste em troca de equipamentos e treinamento. Ao longo das décadas, essa relação tornou as Forças Armadas brasileiras cada vez mais dependentes do Pentágono.

Décadas de dependência e pouca tecnologia

Apesar de vários acordos, como o de Assistência Militar de 1952 e o de Cooperação em Defesa de 2010, a parceria com Washington falhou em seu ponto mais sensível. Conforme fontes do setor, o mais importante – a transferência de tecnologia – praticamente não ocorreu. Um exemplo notório foi em 2020, quando negociações da Avibras com os EUA foram frustradas por questões de controle de exportação, baseadas no ITAR, a rígida legislação americana para armas e tecnologia.

As ofertas de Pequim: armamentos e cooperação estratégica

Imagem: Veículo de combate VN-20.

Em contraste com a postura americana, a aproximação com a China já rendeu propostas concretas. Pequim colocou sobre a mesa uma gama de armamentos avançados, incluindo:

  • O tanque de batalha principal VT-4.
  • O veículo de combate de infantaria VN-20.
  • Um obuseiro autopropulsado, capaz de usar munição padrão OTAN.
  • O caça Chengdu J-10, como alternativa suplementar à frota existente.

Além do campo militar, a parceria fortaleceu o programa de satélites CBERS e expandiu a cooperação para áreas como energia nuclear civil, inteligência artificial e biotecnologia.

Brasil e China: um caminho para a autonomia bélica

Esta nova direção não representa um alinhamento automático com Pequim. A estratégia brasileira é usar a competição entre as potências para criar oportunidades. Ao diversificar seus parceiros, o Brasil busca negociar melhores condições e, finalmente, ganhar, gradativamente, uma maior e mais sólida autonomia bélica no cenário global.

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Carla Teles

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