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Filhos terão que seguir novas regras com pais idosos? Descubra o que diz a proposta aprovada na Câmara que pouca gente conhece

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 06/09/2025 às 21:28
Câmara aprova marco regulatório que define deveres de filhos com pais idosos e reforça papel do Estado no cuidado da população.
Câmara aprova marco regulatório que define deveres de filhos com pais idosos e reforça papel do Estado no cuidado da população.
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Projeto aprovado na Câmara define responsabilidades de filhos maiores com pais idosos e reforça papel do Estado e da sociedade no cuidado com a população acima de 60 anos. Texto pode avançar ao Senado em breve.

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (4), o marco regulatório que define a responsabilidade dos filhos maiores de 18 anos em relação aos pais idosos.

A proposta faz parte do Projeto de Lei 2445/24, de autoria do deputado Duda Ramos (MDB-RR), e recebeu parecer favorável do relator Rafael Brito (MDB-AL).

As informações foram publicadas pelo portal Câmara Notícias.

O que estabelece o marco regulatório

Segundo o texto, os filhos adultos passam a ter a obrigação legal de garantir alimentação, moradia segura, acompanhamento médico regular e acesso a medicamentos.

Também devem assegurar condições de convivência comunitária, incluindo educação, cultura, esporte e lazer. Além disso, precisam proteger os pais contra qualquer forma de violência, negligência ou exploração.

De acordo com o portal Câmara Notícias, o objetivo é deixar mais claro o dever solidário entre família, Estado e sociedade para assegurar a subsistência, a saúde e o bem-estar das pessoas idosas, respeitando sua dignidade e garantindo o direito à vida.

Quando o Estado deve intervir

Caso os filhos não tenham recursos para arcar com essas responsabilidades, a proposta determina que eles acionem os serviços do Sistema Único de Assistência Social (Suas) e do Sistema Único de Saúde (SUS).

Esses sistemas, por sua vez, devem fornecer atendimento especializado, apoio psicológico, assistência social e incentivo à criação de redes comunitárias.

Ainda conforme a reportagem da Câmara Notícias, o texto prevê que os serviços públicos realizem busca ativa de famílias em situação de vulnerabilidade social.

Eles também devem oferecer apoio psicossocial tanto a idosos quanto a filhos que não consigam, sozinhos, garantir as condições básicas de cuidado.

Alterações do relator

O relator Rafael Brito promoveu ajustes técnicos, mantendo a essência do projeto.

Uma das mudanças foi a exclusão de um artigo que previa sanções, sob o argumento de que o dispositivo não deixava claro a quais normas administrativas, civis ou penais se referia.

Assim, eventuais punições seguem os instrumentos já existentes, como o Estatuto da Pessoa Idosa e o Código Penal.

Próximos passos na tramitação

A proposta tramitou em caráter conclusivo. Isso significa que seguirá para análise do Senado, a menos que haja recurso para votação em Plenário na própria Câmara.

O prazo para que parlamentares solicitem essa apreciação ainda está em aberto.

A Constituição já prevê, no artigo 229, que os filhos têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice ou em caso de enfermidade.

O artigo 230 complementa que família, sociedade e Estado devem proteger a dignidade da pessoa idosa.

Além disso, o Estatuto da Pessoa Idosa, de 2003, já garante direitos relacionados à vida, saúde, alimentação e convivência familiar.

O marco regulatório aprovado, portanto, não cria uma obrigação inédita.

Ele sistematiza e detalha deveres familiares, reforçando a corresponsabilidade do poder público quando os filhos não têm condições financeiras ou estruturais para oferecer suporte adequado.

Impacto na vida prática

Conforme destacou o portal Câmara Notícias, a medida pode facilitar a busca de apoio pelos familiares, ao prever de forma explícita a necessidade de acionar SUAS e SUS em casos de insuficiência de recursos.

A expectativa é de que a integração entre serviços sociais e de saúde reduza lacunas e amplie a proteção a idosos em situação de vulnerabilidade.

Em um país em processo de envelhecimento acelerado, a formalização dessas regras pode ajudar famílias a compreender com mais clareza seus deveres e os caminhos institucionais disponíveis para compartilhar responsabilidades.

Você acredita que a clareza legal desse marco regulatório pode, de fato, prevenir situações de abandono e negligência ou seria mais eficaz investir diretamente na ampliação da rede pública de cuidados?

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, passagens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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