Mudanças no planejamento da Copa podem ocorrer por causa das restrições migratórias nos EUA
A Fifa estuda uma alteração estratégica no cronograma da Copa do Mundo de 2026.
Diante das crescentes dificuldades enfrentadas para obter vistos de entrada nos Estados Unidos, a entidade considera transferir parte dos jogos para o Canadá.
A proposta surge como resposta às restrições consulares, intensificadas a partir do governo Trump, e que continuam afetando torcedores, delegações e profissionais da imprensa internacional.
Cresce a pressão por mudanças logísticas
Nos últimos meses, aumentou de forma expressiva a quantidade de relatos sobre atrasos na emissão de vistos norte-americanos.
A Fifa demonstrou preocupação com a espera, que pode ultrapassar 300 dias em determinados consulados.
Esse tempo representa um risco direto à presença de atletas, jornalistas, familiares e representantes das delegações envolvidas no torneio.
As restrições atingem cidadãos de ao menos 43 países, incluindo o Irã.
Esse cenário tem levado a entidade a considerar alternativas viáveis para manter o bom andamento do torneio.
O Canadá surge, portanto, como uma opção prática.
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Com políticas migratórias mais flexíveis e neutras, o país vizinho é visto como solução para reduzir os impactos das barreiras de entrada nos EUA.
Infantino tenta minimizar crise enquanto os prazos apertam
Apesar das dificuldades, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, adota um discurso público de tranquilidade.
Segundo ele, os Estados Unidos continuam sendo um país receptivo, e os preparativos da Copa seguem conforme o previsto.
Entretanto, nos bastidores, cresce a pressão para que parte dos confrontos seja deslocada para o Canadá, caso os entraves consulares persistam.
O governo dos Estados Unidos, por sua vez, reconheceu o problema.
Em julho de 2025, o Departamento de Estado afirmou que está modernizando os sistemas consulares com inteligência artificial.
O objetivo é acelerar os processos de emissão de vistos.
No entanto, ainda não há garantias de que as mudanças surtirão efeito antes do início da competição.
Casos concretos reforçam urgência por soluções
A preocupação se intensificou após o caso do brasileiro Hugo Calderano.
Em junho de 2025, o atleta não conseguiu o visto a tempo de competir nos Estados Unidos em um campeonato internacional de tênis de mesa.
O episódio chamou atenção da comunidade esportiva global e evidenciou os impactos negativos das exigências consulares atuais.
Além disso, diversos veículos de imprensa relataram dificuldades semelhantes.
Essas barreiras podem comprometer a cobertura ao vivo do torneio.
Isso impacta diretamente o alcance e a transmissão global dos jogos.
Por isso, cresce a pressão para garantir que jornalistas, equipes técnicas e torcedores consigam chegar aos locais das partidas sem contratempos burocráticos.
Canadá aparece como carta estratégica na manga
Embora os jogos estejam inicialmente divididos entre Estados Unidos, Canadá e México, a maioria deles está programada para o território americano.
Por esse motivo, a possível realocação de parte das partidas para o Canadá ganha força nos bastidores da Fifa.
A infraestrutura já existente e a facilidade de acesso fazem do país uma alternativa segura e viável.
Segundo fontes internas, uma decisão definitiva deve ser tomada até o fim de 2025.
Até lá, a Fifa segue avaliando riscos, capacidades logísticas e soluções diplomáticas.
Com patrocinadores, federações e torcedores atentos, a entidade busca garantir o sucesso da Copa sem comprometer a participação internacional.
Resta saber se os Estados Unidos conseguirão contornar a crise dos vistos a tempo ou se o Canadá assumirá um papel ainda maior na Copa de 2026.