Aumento foi confirmado por Camilo Santana e cobre 85% dos cursos privados no Brasil
O Ministério da Educação confirmou, na quarta-feira, 23 de julho de 2025, o aumento de 30% no teto do Fies para os cursos de Medicina.
Segundo o ministro Camilo Santana, o valor máximo por semestre saltou de R$ 60 mil para R$ 78 mil.
A mudança atende diretamente à alta dos custos dessas graduações nas instituições privadas.
O Comitê Gestor do programa aprovou a decisão e a anunciou por meio de um vídeo na plataforma X, antigo Twitter.
De acordo com Camilo, com essa atualização, 85% dos cursos de Medicina no país passam a estar totalmente contemplados com o novo teto.
Além disso, o ministro reforçou que os estudantes vinculados ao Fies Social continuam com 100% de cobertura, independentemente do valor do curso.
A medida representa um alívio para quem enfrenta mensalidades elevadas, sobretudo nas áreas da saúde, onde os valores costumam ultrapassar o financiamento anterior.
Entenda como funciona o financiamento estudantil
O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) é uma iniciativa do governo federal voltada para a concessão de crédito a estudantes de graduação em instituições privadas.
Embora o aluno não receba o valor diretamente em conta, o benefício é automaticamente aplicado no abatimento das mensalidades.
Dependendo do perfil socioeconômico do estudante, o financiamento pode chegar a até 100% dos custos totais.
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Logo após concluir a graduação, o beneficiário precisa começar a pagar o saldo devedor, dividindo-o em parcelas ajustadas conforme a renda mensal que declara.
No caso do Fies Social, voltado para famílias de baixa renda, as condições são ainda mais acessíveis.
Isso facilita o ingresso de públicos historicamente excluídos do ensino superior.
Fies 2025.5 oferece mais de 74 mil vagas
A instituição encerrou as inscrições para o segundo semestre de 2025 no último dia 18 de julho.
Ao todo, o MEC disponibilizou 74.500 vagas em faculdades privadas de todo o Brasil.
O Fies Social reservou 50% destas vagas, seguindo as diretrizes de democratização do acesso à educação superior.
A medida também visa a inclusão de jovens em situação de vulnerabilidade.
A distribuição das vagas respeita critérios de desempenho acadêmico e renda familiar.
O Ministério reforçou que, além do teto reajustado para Medicina, o foco permanece em garantir maior cobertura aos cursos com alto índice de empregabilidade.
Entre os cursos prioritários estão enfermagem, pedagogia, engenharia e tecnologia da informação.
Veja quem pode se inscrever no Fies
Embora o período de inscrição para esta edição já tenha sido encerrado, é importante lembrar que os critérios seguem os mesmos nas próximas janelas.
Para participar do programa, o estudante deve ter realizado o Enem a partir da edição de 2010.
Também é exigida média aritmética mínima de 450 pontos nas quatro provas objetivas.
Além disso, é necessário não ter zerado a redação.
Outro critério importante é apresentar renda familiar bruta mensal per capita de até três salários mínimos, o que atualmente equivale a R$ 4.554.
Com essas exigências, o Fies busca garantir que o financiamento seja direcionado a quem realmente precisa.
A iniciativa também visa manter o nível mínimo de desempenho acadêmico.
Expansão da cobertura impulsiona acesso à Medicina
Com o novo teto de R$ 78 mil por semestre, o programa se adapta à realidade financeira de cursos de Medicina em instituições privadas.
Esses cursos vêm registrando aumento significativo de custos nos últimos anos.
A decisão fortalece o acesso de estudantes que não dispõem de recursos próprios, mas que têm perfil e desempenho compatíveis com o curso.
Ainda conforme Camilo Santana, a ampliação vai impactar diretamente a formação de médicos no país.
A medida se alinha às metas do governo de aumentar a oferta de profissionais da saúde nas regiões mais carentes.
Ao garantir maior alcance do financiamento, o Fies cumpre sua função social.
Além disso, estimula a permanência de alunos em cursos estratégicos para o desenvolvimento do Brasil.