FGTS em risco: Ministério do Trabalho confirma que mais de 80 mil empregadores foram notificados por não recolher o fundo de domésticos; veja como checar se os depósitos estão sendo feitos corretamente
O FGTS é um direito constitucional de todos os trabalhadores com carteira assinada, incluindo domésticos, rurais e temporários. Ele garante a formação de uma reserva financeira em casos como demissão sem justa causa, compra de imóvel ou doença grave. No entanto, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) revelou que mais de 80 mil empregadores deixaram de recolher o fundo de seus empregados domésticos, o que coloca em risco a segurança financeira de milhares de famílias.
A notificação oficial está sendo feita pelo Domicílio Eletrônico Trabalhista (DET), plataforma que concentra a comunicação do governo com os empregadores. O objetivo é regularizar os depósitos em atraso, mas a situação acende um alerta: muitos trabalhadores podem estar perdendo valores sem perceber.
Como saber se o FGTS está sendo pago corretamente
Uma das maiores preocupações é que o trabalhador nem sempre acompanha se os depósitos do FGTS estão realmente caindo na conta vinculada.
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A falta de atenção pode gerar prejuízos irreversíveis, já que o fundo só pode ser usado em situações específicas.
Para se proteger, é fundamental consultar regularmente o saldo. Isso pode ser feito pelo aplicativo do FGTS, disponível para Android e iOS, onde é possível gerar extratos em PDF e verificar todos os contratos ativos e inativos.
Clientes da Caixa Econômica Federal também podem checar pelo Internet Banking, acessando a opção “Extrato do FGTS”.
Existe a possibilidade de receber alertas gratuitos por SMS, que informam mensalmente os depósitos realizados e semestralmente o saldo atualizado.
Por que o problema afeta especialmente os trabalhadores domésticos
Embora todos os empregados formais tenham direito ao FGTS, o MTE destacou que o problema é mais recorrente no setor doméstico.
Isso se deve, em parte, à informalidade ainda presente nesse segmento e à falta de acompanhamento mais próximo por parte dos trabalhadores.
O risco é duplo: perda do benefício e dificuldades futuras em caso de demissão ou necessidade emergencial.
Outro ponto crítico é que muitos empregadores desconhecem as penalidades. A ausência do recolhimento pode gerar multas, encargos e até processos trabalhistas.
Já para o trabalhador, a única forma de garantir seus direitos é acompanhar os extratos e, se necessário, procurar a Delegacia Regional do Trabalho (DRT) para denunciar irregularidades.
O que fazer se o depósito não estiver sendo feito
Caso o saldo não corresponda aos valores devidos, o trabalhador deve agir rapidamente.
O primeiro passo é conversar com o empregador e solicitar a regularização. Se não houver solução, é possível formalizar denúncia junto ao Ministério do Trabalho, que tem poder de fiscalização e pode aplicar sanções.
É importante lembrar que o depósito do FGTS corresponde a 8% do salário mensal e deve ser feito obrigatoriamente pelo empregador.
Qualquer falha nesse processo prejudica diretamente a segurança financeira do empregado.
O episódio mostra que a atenção ao FGTS precisa ser constante. O governo identificou milhares de casos, mas cada trabalhador tem o dever de acompanhar sua conta para não ser surpreendido.
Afinal, trata-se de um patrimônio construído mês a mês, que pode fazer diferença em situações decisivas da vida.
Você já consultou seu extrato do FGTS este ano? Acredita que essa falha dos empregadores é mais falta de informação ou descaso? Deixe sua opinião nos comentários — queremos ouvir quem vive essa realidade na prática.