Calor extremo no Rio de Janeiro atingiu níveis alarmantes e fez um trem da SuperVia descarrilar devido à dilatação dos trilhos. A temperatura nos trilhos chegou a 71°C, comprometendo a estrutura ferroviária.
As temperaturas elevadas registradas no Brasil nas últimas semanas não afetam apenas a saúde e o bem-estar da população, mas também comprometem a infraestrutura essencial para o transporte público.
No Rio de Janeiro, um trem da SuperVia descarrilou na quinta-feira (20.fev.2025) devido à dilatação dos trilhos provocada pelo calor intenso.
O fenômeno, conhecido como flambagem, ocorre quando o metal se expande excessivamente, comprometendo a segurança das vias férreas.
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O incidente aconteceu no ramal Guapimirim, nas proximidades da estação Parque Estrela, em Magé, na Baixada Fluminense.
Segundo a SuperVia, concessionária responsável pelo serviço, a temperatura nos trilhos atingiu impressionantes 71°C, superando os limites suportáveis pela estrutura ferroviária e provocando a deformação da linha férrea.
A composição, que realizava o trajeto entre Saracuruna e Guapimirim, foi afetada pelo problema e descarrilou.
Apesar do impacto, a empresa garantiu que todos os passageiros foram retirados em segurança e não houve feridos.
Técnicos foram imediatamente acionados para avaliar os danos e iniciar os reparos necessários, a fim de restabelecer a circulação no trecho afetado.
SuperVia explica o fenômeno da flambagem
Nas redes sociais, a SuperVia divulgou um vídeo explicando as causas do descarrilamento e detalhando o fenômeno chamado de “ensarilhamento”, termo utilizado para descrever a deformação dos trilhos em função das altas temperaturas.
Esse tipo de ocorrência não é exclusiva do Brasil e já foi registrada em outros países durante ondas de calor severas.
A concessionária ressaltou que monitora regularmente as condições da via férrea e reforçou a importância de medidas preventivas para evitar novos episódios semelhantes. O calor excessivo pode comprometer a estabilidade da estrutura ferroviária, exigindo atenção redobrada das equipes de manutenção.
Enquanto os reparos continuam, a SuperVia informou que os passageiros devem consultar os canais oficiais para obter atualizações sobre a normalização do serviço.
Onda de calor atinge recordes no Brasil
O descarrilamento no Rio de Janeiro ocorre em um momento em que o Brasil enfrenta uma intensa onda de calor, com temperaturas acima da média em diversas regiões do país.
Segundo o Climatempo, a Organização Meteorológica Mundial considera uma onda de calor quando os termômetros registram temperaturas pelo menos 5°C acima da média durante cinco dias consecutivos.
Nos últimos dias, a região Sudeste tem sido particularmente afetada, com recordes de temperatura registrados no estado do Rio de Janeiro.
Conforme dados meteorológicos, sete das maiores temperaturas máximas registradas no Brasil na segunda-feira (17.fev) foram no território fluminense.
A onda de calor, que inicialmente estava restrita ao Sudeste, já se espalhou para o Sul, Centro-Oeste e Nordeste, elevando ainda mais as preocupações sobre seus impactos na infraestrutura, saúde e qualidade de vida da população.
Meteorologistas alertam que as temperaturas elevadas devem persistir até pelo menos segunda-feira (24).
Impactos do calor extremo no transporte ferroviário
O transporte ferroviário é uma das áreas mais afetadas por ondas de calor severas.
Quando a temperatura dos trilhos sobe além do esperado, ocorre a dilatação do metal, provocando deformações que podem comprometer a estabilidade dos trens e aumentar os riscos de descarrilamento.
Em países com clima extremamente quente, como Austrália e Índia, medidas preventivas são adotadas para minimizar os efeitos do calor sobre as ferrovias.
Entre as soluções, estão sistemas de resfriamento dos trilhos, uso de materiais resistentes ao calor e monitoramento contínuo das temperaturas na via férrea.
No Brasil, episódios como esse mostram a necessidade de modernização da infraestrutura ferroviária para lidar com o aumento das temperaturas.
Especialistas alertam que, diante das mudanças climáticas, eventos desse tipo podem se tornar cada vez mais frequentes, exigindo investimentos em novas tecnologias e estratégias para garantir a segurança do transporte público.
Mudanças climáticas e o futuro do transporte no Brasil
A ocorrência no Rio de Janeiro reforça um alerta já feito por climatologistas: as mudanças climáticas estão alterando padrões de temperatura e tornando eventos extremos mais frequentes e intensos.
No Brasil, onde a malha ferroviária já enfrenta desafios estruturais, o impacto do calor sobre trilhos e equipamentos pode trazer prejuízos significativos.
O governo federal e concessionárias privadas precisarão discutir formas de adaptar a infraestrutura de transporte para enfrentar um cenário climático mais rigoroso.
Além da questão ferroviária, rodovias e aeroportos também podem sofrer impactos com temperaturas elevadas, comprometendo a mobilidade e segurança da população.
A SuperVia ainda não divulgou um prazo definitivo para a conclusão dos reparos, mas técnicos seguem trabalhando para restabelecer a operação no ramal Guapimirim.
Enquanto isso, passageiros devem se preparar para possíveis atrasos e alterações nos horários dos trens.