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Ferrovia não suporta calor de 71°C e trem tomba no Rio de Janeiro; vídeo

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 21/02/2025 às 19:58
Trem da SuperVia descarrila no Rio de Janeiro após calor extremo deformar os trilhos. Empresa confirma que não houve feridos. (Imagem ilustrativa criada por IA)
Trem da SuperVia descarrila no Rio de Janeiro após calor extremo deformar os trilhos. Empresa confirma que não houve feridos. (Imagem ilustrativa criada por IA)
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Calor extremo no Rio de Janeiro atingiu níveis alarmantes e fez um trem da SuperVia descarrilar devido à dilatação dos trilhos. A temperatura nos trilhos chegou a 71°C, comprometendo a estrutura ferroviária.

As temperaturas elevadas registradas no Brasil nas últimas semanas não afetam apenas a saúde e o bem-estar da população, mas também comprometem a infraestrutura essencial para o transporte público.

No Rio de Janeiro, um trem da SuperVia descarrilou na quinta-feira (20.fev.2025) devido à dilatação dos trilhos provocada pelo calor intenso.

O fenômeno, conhecido como flambagem, ocorre quando o metal se expande excessivamente, comprometendo a segurança das vias férreas.

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O incidente aconteceu no ramal Guapimirim, nas proximidades da estação Parque Estrela, em Magé, na Baixada Fluminense.

Segundo a SuperVia, concessionária responsável pelo serviço, a temperatura nos trilhos atingiu impressionantes 71°C, superando os limites suportáveis pela estrutura ferroviária e provocando a deformação da linha férrea.

A composição, que realizava o trajeto entre Saracuruna e Guapimirim, foi afetada pelo problema e descarrilou.

Apesar do impacto, a empresa garantiu que todos os passageiros foram retirados em segurança e não houve feridos.

Técnicos foram imediatamente acionados para avaliar os danos e iniciar os reparos necessários, a fim de restabelecer a circulação no trecho afetado.

SuperVia explica o fenômeno da flambagem

Nas redes sociais, a SuperVia divulgou um vídeo explicando as causas do descarrilamento e detalhando o fenômeno chamado de “ensarilhamento”, termo utilizado para descrever a deformação dos trilhos em função das altas temperaturas.

Esse tipo de ocorrência não é exclusiva do Brasil e já foi registrada em outros países durante ondas de calor severas.

A concessionária ressaltou que monitora regularmente as condições da via férrea e reforçou a importância de medidas preventivas para evitar novos episódios semelhantes. O calor excessivo pode comprometer a estabilidade da estrutura ferroviária, exigindo atenção redobrada das equipes de manutenção.

Enquanto os reparos continuam, a SuperVia informou que os passageiros devem consultar os canais oficiais para obter atualizações sobre a normalização do serviço.

Onda de calor atinge recordes no Brasil

O descarrilamento no Rio de Janeiro ocorre em um momento em que o Brasil enfrenta uma intensa onda de calor, com temperaturas acima da média em diversas regiões do país.

Segundo o Climatempo, a Organização Meteorológica Mundial considera uma onda de calor quando os termômetros registram temperaturas pelo menos 5°C acima da média durante cinco dias consecutivos.

Nos últimos dias, a região Sudeste tem sido particularmente afetada, com recordes de temperatura registrados no estado do Rio de Janeiro.

Conforme dados meteorológicos, sete das maiores temperaturas máximas registradas no Brasil na segunda-feira (17.fev) foram no território fluminense.

A onda de calor, que inicialmente estava restrita ao Sudeste, já se espalhou para o Sul, Centro-Oeste e Nordeste, elevando ainda mais as preocupações sobre seus impactos na infraestrutura, saúde e qualidade de vida da população.

Meteorologistas alertam que as temperaturas elevadas devem persistir até pelo menos segunda-feira (24).

Impactos do calor extremo no transporte ferroviário

O transporte ferroviário é uma das áreas mais afetadas por ondas de calor severas.

Quando a temperatura dos trilhos sobe além do esperado, ocorre a dilatação do metal, provocando deformações que podem comprometer a estabilidade dos trens e aumentar os riscos de descarrilamento.

Em países com clima extremamente quente, como Austrália e Índia, medidas preventivas são adotadas para minimizar os efeitos do calor sobre as ferrovias.

Entre as soluções, estão sistemas de resfriamento dos trilhos, uso de materiais resistentes ao calor e monitoramento contínuo das temperaturas na via férrea.

No Brasil, episódios como esse mostram a necessidade de modernização da infraestrutura ferroviária para lidar com o aumento das temperaturas.

Especialistas alertam que, diante das mudanças climáticas, eventos desse tipo podem se tornar cada vez mais frequentes, exigindo investimentos em novas tecnologias e estratégias para garantir a segurança do transporte público.

Mudanças climáticas e o futuro do transporte no Brasil

A ocorrência no Rio de Janeiro reforça um alerta já feito por climatologistas: as mudanças climáticas estão alterando padrões de temperatura e tornando eventos extremos mais frequentes e intensos.

No Brasil, onde a malha ferroviária já enfrenta desafios estruturais, o impacto do calor sobre trilhos e equipamentos pode trazer prejuízos significativos.

O governo federal e concessionárias privadas precisarão discutir formas de adaptar a infraestrutura de transporte para enfrentar um cenário climático mais rigoroso.

Além da questão ferroviária, rodovias e aeroportos também podem sofrer impactos com temperaturas elevadas, comprometendo a mobilidade e segurança da população.

A SuperVia ainda não divulgou um prazo definitivo para a conclusão dos reparos, mas técnicos seguem trabalhando para restabelecer a operação no ramal Guapimirim.

Enquanto isso, passageiros devem se preparar para possíveis atrasos e alterações nos horários dos trens.

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, passagens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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