Projeto logístico quer conectar o Pacífico ao Atlântico e transformar o eixo de exportação sul-americano
O Brasil está negociando com a China a construção de uma ferrovia transoceânica que ligará o porto de Chancay, no Peru, ao estado da Bahia. O empreendimento faz parte de um corredor bioceânico terrestre e conta, até o momento, com um investimento inicial de US$ 1,3 bilhão aplicado pela China no porto de Chancay, ponto de partida do projeto. A proposta busca facilitar o transporte de mercadorias entre os oceanos Pacífico e Atlântico e fortalecer o papel do Brasil no comércio internacional.
Brasil negocia apoio chinês para obra de infraestrutura estratégica
Segundo informações publicadas pela Forbes Brasil, a ferrovia, que já conta com investimentos chineses no porto de origem, pretende se conectar à Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL), atualmente em fase de expansão no território brasileiro. O traçado deverá passar pelo Acre e Tocantins, até chegar ao porto de Ilhéus, na Bahia.
A ministra do Planejamento, Simone Tebet, confirmou que o projeto está na fase técnica e pode levar entre cinco a oito anos para ser concluído. A obra será pauta na próxima viagem oficial do presidente Lula à China, reforçando o peso geopolítico da iniciativa. O interesse chinês vai além da engenharia: trata-se de um eixo comercial que pode reduzir em até 10 mil quilômetros o trajeto de exportação do Brasil para a Ásia.
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Investimento pode mudar a lógica logística do Brasil
O porto de Chancay, construído com um aporte de US$ 1,3 bilhão por empresas chinesas, é o ponto de partida dessa nova rota. A expectativa, conforme detalhado pela Forbes Brasil, é que a ferrovia atue como facilitadora para a circulação de commodities, grãos e minerais brasileiros rumo ao mercado asiático.
A Reuters também ressaltou que o Brasil optou por um traçado que evita a floresta amazônica, priorizando uma alternativa mais sustentável e com menor impacto socioambiental. Essa escolha reforça o compromisso do país com o desenvolvimento equilibrado, respeitando áreas protegidas e comunidades indígenas.
Nova rota fortalece papel do Brasil na América do Sul
O corredor bioceânico pretende integrar regiões menos industrializadas do Brasil, promovendo oportunidades econômicas no interior do país. Com a conexão à FIOL, que cruza estados estratégicos da produção agrícola e mineral, a ferrovia vai potencializar o escoamento de produtos até o litoral.
Essa conexão também deve posicionar o Brasil como protagonista na integração continental, oferecendo à América do Sul uma alternativa logística frente às rotas marítimas tradicionais. O governo brasileiro acredita que a iniciativa consolidará o país como elo-chave entre o Atlântico e o Pacífico.
Próximos passos incluem assinatura de acordos bilaterais
A visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China nos próximos dias deve selar o avanço das negociações. Simone Tebet acompanhará a comitiva presidencial com o objetivo de apresentar os estudos técnicos da ferrovia e discutir os aportes chineses no trecho brasileiro.
A expectativa do governo, segundo a Forbes Brasil, é que os termos do acordo sejam oficializados ainda em 2025. A consolidação dessa ferrovia poderá redefinir os fluxos comerciais do Brasil, atrair investimentos e abrir caminho para novos pactos de cooperação internacional.