A mineradora Bamin recebeu concessão para concluir obras de instalação da ferrovia que vai ligar Ilhéus a Caetité, na Bahia
O contrato de concessão para a conclusão da fase I, da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), deve gerar de 50 a 60 mil postos de trabalhos diretos e indiretos, conforme estimativa do CEO de Ferrovias da mineradora, Sérgio Márcio de Freitas Leite. Ele participou do Programa Política & Economia, apresentado pelo jornalista Donaldson Gomes, que discutiu as últimas novidades sobre o andamento do projeto na Bahia que deve movimentar até 2026, investimentos de R$ 3,3 bilhões. Leia ainda esta notícia: Bracell projeta investir R$ 250 milhões na construção de nova ferrovia, no estado de São Paulo
O projeto da ferrovia, no estado da Bahia
Com 537 quilômetros de extensão, a ferrovia Fiol I, na Bahia vai ligar Ilhéus a Caetité, passando pelos municípios de Ilhéus, Uruçuca, Aureliano Leal, Ubaitaba, Gongogi, Itagibá, Itagi, Jequié, Manoel Vitorino, Mirante, Tanhaçu, Aracatu, Brumado, Livramento de Nossa Senhora, Lagoa Real, Rio do Antônio, Ibiassucê e Caetité.
“Quando começamos o projeto da Companhia Siderúrgica do Pecém, no Ceará por exemplo, nosso desafio era privilegiar o cearense. Hoje, essa unidade conta com 85% de mão de obra cearense. Essas pessoas chegaram no mercado de trabalho sem qualquer experiência. Mas em processo seletivo baseado na vontade, a gente tem certeza que isso vai se concretizar aqui na Bahia também”, comparou Leite. Em projetos de ferrovias que começam do zero, essa é uma das principais preocupações e com o esforço de capacitação e formação.
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Obras da Fiol I
Outro ponto que o CEO de Ferrovias da Bamin destacou foi sobre a previsão de conclusão da obra da ferrovia, que deve ficar pronta no início de 2026. Nos próximos seis meses, antes de retomar a finalização do trecho, Sérgio Márcio de Freitas Leite, afirmou – que está sendo feito um estudo bem detalhado sobre todo o projeto. “O contrato foi assinado há pouco mais de um mês, nós estamos agora mergulhados no trabalho de refinamento dos números para que quando a obra começar a acontecer, efetivamente, tenha um início bem harmônico”.
A ferrovia Fiol I foi arrematada em abril desse ano, pela mineradora que opera a Mina Pedra de Ferro, em Caetité, com lance único no valor de R$ 32,73 milhões, pela outorga. O contrato assinado no mês passado tem prazo de vigência de 35 anos. A operação do corredor logístico vai significar um aumento da capacidade de oferta de minério pela Bamin, de 1 milhão para 18 milhões de toneladas. A Bamin, inclusive, já pediu autorização para ampliar sua produção que começou em janeiro desse ano.
Confira ainda esta notícia: Mineradora projeta investir R$1,2 bilhão na construção e operação de nova ferrovia na Bahia
O estado da Bahia pode ganhar uma nova ferrovia e um terminal ferroviário privados, muito em breve. Os empreendimentos estão previstos em projeto protocolado no Ministério da Infraestrutura (MInfra), por meio do instrumento da autorização ferroviária estabelecido no Marco Legal do setor. A proposta pertence à empresa Brazil Iron. A mineradora projeta investir R$ 1,2 bilhão na construção de 120 quilômetros de novos trilhos e implantação do terminal. Todo o projeto será desenvolvido em três etapas.
Inicialmente, a mineradora quer executar segmento de 70 quilômetros, entre os municípios de Abaíra, local do terminal ferroviário que pretende estruturar e Brumado. O trecho conectará a mina Mocó, em Piatã (BA), e outros direitos minerários que a empresa possui no estado, ao entroncamento com a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), próximo a Brumado.
A segunda etapa do projeto da construção da ferrovia e a mineradora, contempla o carregamento na região da mina, incluindo acesso às áreas de estocagem de minério e suas estações de carregamento, em percurso estimado em 50 quilômetros. Por fim, o projeto da Brazil Iron inclui estudos técnicos em andamento para que a empresa amplie os trilhos e conecte suas minas também à Ferrovia Centro-Atlântica (FCA).